Ataques de hackers à criptografia não são novidade, mas a invasão dos sistemas provoca sempre um choque entre os investidores do setor e as vítimas dos golpes. Com o mercado em alta, o ano de 2021 vem chamando a atenção pela aceleração crescente na quantidade de ataques virtuais no Brasil e no mundo. 

Dados mostram que o índice deste ano deve passar os do ano passado com facilidade.  Em 2020, invasões em sistemas de criptografia chegaram a 38, marcando o ano como o de maior número de incidentes de hacking e fraudes no segmento. Até o mês de agosto de 2021, a ocorrência de casos identificados já batia os 32. Com a alta no setor, a expectativa de que novos ataques aconteçam até o fim do ano é grande. 

De acordo com uma análise feita pelo Crypto Head, o número de violações tem aumentado de maneira consistente a cada ano desde 2017. O ano marcou o início de uma corrida memorável de touros no espaço criptográfico, por isso houve um salto considerável na quantidade de ataques em relação ao ano anterior. Em 2016, foram identificados apenas cinco casos de fraude, contra 21 em 2017. A ainda quatro meses do fim do ano e as explorações do DeFi (finanças descentralizadas) em ascensão, o número de ataques em 2021 pode superar 38. 

Ataques de 2017 tiveram os maiores saques

O ano de 2017, além de inaugurar um período de crescimento de violações às redes, bateu recorde também nos valores resultantes dos roubos. Em 2017, os invasores ganharam, em média, US$ 223,5 milhões, uma parcela pequena diante da quantidade roubada naquele ano – uma soma de US$ 4,7 bilhões. 

Embora tenha tido o maior número de ataques identificados, o ano de 2020 somou um total de US$ 1,8 bilhão no total. Em 2021, esse montante já está superado em pelo menos um bilhão. Até agora, os 32 ataques combinados do ano somam US$ 2,9 bilhões. 

Os ataques concentraram-se principalmente nas principais moedas do mercado de criptografia, que, aliás, também fornecem maior liquidez. Cerca de um terço das violações têm como alvo o bitcoin, criptomoeda líder do mercado. Em segundo lugar, vem a Ethereum, uma plataforma que permite a programação de aplicativos descentralizados, contratos inteligentes e transações da criptomoeda Ether e vários tokens, com 12,8.As moedas desconhecidas representam cerca de 9,2%, enquanto os tokens ERC-20 foram direcionados em 7,4% do tempo.

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