Cópias e spin-offs de jogos populares não são novidade. Derivados dos aplicativos Temple Run e Flappy Bird já fazem parte da cultura pop. Com o boom repentino de Wordle, onde deve-se inserir letras e descobrir a palavra do dia, gêneros diferentes de jogos se misturaram à jogabilidade tradicional. É assim que surgiu Dungleon, game que mistura RPGs e Wordle. A seguir, saiba tudo sobre ele.
O que é o Dungleon?
Derivado dos termos Wordle e Dungeon (calabouço), o objetivo do jogo é adivinhar a sequência diária de personagens, no maior estilo de RPGs. Você tem vidas, moedas e uma varinha para te ajudar a combater os inimigos em até seis tentativas. Atualmente, o game está disponível no site em português, inglês, alemão e espanhol.
Certos spin-offs costumam deixar o histórico de jogos anteriores em fácil acesso, mas Dungleon segue a essência do gênero e somente deixa disponível o calabouço do dia para medir o progresso de cada jogador. Nesta última quinta-feira (07), por exemplo, houve o desafio de número 152. Para jogar mapas anteriores sem recompensas, é necessário digitar manualmente na barra de navegação o dia em questão: o primeiro desafio está no dungleon.com/1, e assim por diante.
O histórico não faz parte do lançamento do jogo, sendo uma função implementada no centésimo calabouço. Outras atualizações estão na thread do tweet de anúncio. Dentre as mais importantes está o modo daltônico, modo escuro, o cristal da dificuldade e a exibição dos nomes das peças.
Quem criou o jogo?
Felipe Dal Molin, designer do game, faz parte do estúdio brasileiro Aquiris, responsável também pela franquia multiplataforma Horizon Chase. Com sede em Porto Alegre (RS), eles contam em seu site que o Aquiris foi fundado em 2007. Explicado no mesmo tweet de anúncio do game, Felipe teve auxílio de Bruno Ruchiga (desenvolvimento) e Clément Dussol (arte), independentes do apoio do estúdio.
Como jogar Dungleon?
Tal qual outros Wordle-likes, há um prompt explicativo assim que abre-se o jogo no seu navegador. Mas, diferente de palavras (que seguem uma lógica de sílabas, ou de sonoridade), aqui o desafio está em adivinhar imagens. Ao invés de um teclado QWERTY, há 20 peças a inserir.
São cinco peças compondo o calabouço diário, obrigando a metodologia de “tentativa e erro” mais do que uma lógica externa – como tentar palavras existentes. Quando você insere uma sequência, surgem cores: peças verdes estão nos lugares certos; peças amarelas fazem parte e estão no lugar errado; peças vermelhas não fazem parte do calabouço.
O único “repertório” que o jogador deve ter é que aparecerá pelo menos um monstro e um herói em cada calabouço. Pares de peças também podem surgir, mas partem do engajamento de quem estiver jogando-o durante vários dias – além de se aprender quais peças aparecem em um lugar específico. Caso a peça apareça mais de uma vez, surgirá um “+” no canto direito dela.
Ao final, você pode compartilhar sua tentativa no Twitter (direto pelo site do jogo), ou copiar seu jogo via gerador de emojis.
Quais as outras versões de games que se inspiraram no Wordle?
Há dezenas de “cópias” e “sucessores espirituais” do (já) clássico Worlde. Em português, temos o Termo, Charada, Letreco e a Palavra do Dia. Aos poliglotas de plantão, há variações de idioma: russo, francês, espanhol e cantonês, por exemplo.
Para gamers, um dos mais populares é o Guess The Game, que traz uma captura de tela de um jogo qualquer. No High Score Day, você tem um tema e deve acertar a qual game ele pertence. Hoje (07), por exemplo, o tema era “Carecas dos games” e mostrou títulos como Hitman e God of War.
Para cinéfilos, há: Filmsaw (um quebra-cabeça com uma cena famosa), Moviedle (um filme inteiro roda rapidamente em um gif), Framed (diversas cenas de um único filme) e o Posterdle (pôster pixelizado de um filme).
Quem se garante em geografia, pode apostar no Worldle ou no Globle. Enquanto o primeiro te dá o desenho de um país (no dia 07 de julho, era o Brasil!), o segundo te mostra o globo terrestre e colore os países adivinhados de acordo com a proximidade.