No mês de fevereiro, as ações da Meta despencaram, junto a outras Big Techs do mercado. Nestes próximos meses, haverá uma reforma considerável que, aparentemente, é uma resposta direta à queda: empresa está reduzindo a contratação de engenheiros em 30%, de acordo com um relatório da Reuters.
Em números mais precisos, isto significa que as contratações irão de 10 mil para algo entre 6 mil e 7 mil, até o final de 2022. Como informa uma publicação do Business Insider, um memorando vazado da Meta (em maio) indicou que a empresa congelaria as as contratações, mas este corte na entrada de engenheiros é a primeira vez que vemos uma prova concreta do crescimento lento da empresa.
A empresa, que tinha mais de 77,8 mil funcionários no final de março, também deixa vagas vazias e pretende “aumentar o calor” na gestão do desempenho, eliminando funcionários que não conseguem cumprir metas.
Mark Zuckerberg disse aos funcionários na quinta-feira (30) que antecipa “uma das piores crises que vimos nos últimos tempos”. Segundo a Bloomberg, a notícia veio de uma gravação de áudio, em uma sessão de perguntas e respostas entre funcionários da empresa e Zuckerberg.
Além desta mudança nos planos de contratação, Zuckerberg também afirma que isso também atinge os atuais funcionários da Meta, pois a companhia não seria capaz de preencher vagas deixadas em aberto por ex-funcionários. “De maneira realista, provavelmente há várias pessoas na empresa que não deveriam estar aqui”, diz o CEO. E prossegue:
“Parte da minha esperança, ao aumentar as expectativas e ter metas mais agressivas (…), é achar que alguns de vocês podem decidir que este lugar não é para vocês, e que esta auto-seleção é OK para mim”
No memorando que antecipou a reunião, Chris Cox (diretor de produtos da empresa) escreveu que a Meta deve “priorizar de forma implacável” e ser “mais enxuta”. “Estamos em tempos sérios e a corrente oposta é feroz. Precisamos performar com perfeição, em um ambiente de crescimento lento, onde as equipes não devem esperar pela entrada de novos engenheiros”, escreve Cox.
Já Dave Wehner, diretor financeiro da Meta, disse em fevereiro que a empresa esperava que o “número de funcionários acelerado” contribuísse para o crescimento das despesas em 2022. Por conta disso, a empresa teve 5,8 mil contratações no primeiro trimestre. Porém, a revisão do orçamento de gastos da empresa afetou estes planos, junto à desaceleração econômica ampla.
Tal medida segue um relatório de lucros otimista deste primeiro trimestre, mas a empresa alertou que a guerra na Ucrânia pesou nas vendas. Nesta sexta-feira (01), as ações da Meta caíram 1%, totalizando uma queda de 52% somente em 2022.