Na próxima quarta-feira (29), o iPhone faz 15 anos. A tela do primeiro modelo tinha apenas 3,5 polegadas e ele possuia uma câmera de sensor único, com 2 megapixels. Hoje, o maior e mais recente iPhone (13 Pro Max) possui uma tela duas vezes maior e uma câmera com trio de sensores de 12 megapixels.
Ao longo do tempo, o smartphone se adaptou às tecnologias introduzidas entre as dezenas de versões lançadas, seja com a assistente virtual Siri, o carregamento sem fio, ou o pagamento pelo celular. O que antes era importante ao usuário estava contido no dispositivo. Porém, de acordo com analistas de tendências da indústria, em um futuro próximo o celular da Apple pode depender de tecnologias que o rodearão. Conheça-as a seguir.
Wearables
Como compila o CNET, o iPhone pode evoluir para tornar-se um hub de dispositivos, como os AirPods e Apple Watches. O próximo passo, informa Runar Bjørhovde, analista da empresa de pesquisa de mercado Canalys, é “descobrir com o que ele se conectará a seguir“. Para ele, o smartphone ainda não atingiu seu potencial, mas como um dispositivo autônomo ele “está se aproximando cada vez mais do limite”, diz.
Veículos habilitados com o CarPlay podem ser apenas a ponta do iceberg. Outros elementos centrais, como a tela e os sistemas de carregamento, também devem receber melhorias, conta. Analistas acreditam que o iPhone permanecerá no centro.”O telefone será a âncora”, diz Gene Munster, sócio-gerente da empresa de investimentos em tecnologia Loup Ventures.
Realidades mistas
Além de um hub dos produtos já existentes, a Apple deve investir em outra frente: óculos inteligentes. Um relatório da Bloomberg indica que a fabricante do iPhone vender um headset de realidades mistas até 2023, suportando as tecnologias de realidade aumentada e virtual. Já o par de óculos inteligentes (de realidade aumentada) pode chegar até o final desta década, de acordo com eles.
Pagamentos
A Apple está gradualmente encorajando os donos de iPhone a deixar a carteira no bolso (ou em casa). No ano passado, novos recursos foram lançados para melhorar esta tendência, como IDs digitais da Apple Wallet e o Tap to Pay, que transforma o iPhone em um terminal de pagamento por aproximação.
Isso livra comerciantes de precisarem arcar com custos de hardware adicionais. “Há muito impulso nos serviços financeiros pela Apple, e acho que veremos mais avanços”, diz Nick Maynard, chefe de pesquisa da Juniper Research, em entrevista ao CNET.
Lidar
Lidar (tecnologia cuja sigla seria “detecção e alcance de luz”), é apenas um dos exemplos de como aconteceu a evolução tecnológica do iPhone. Ela provavelmente continuará sendo importante ao celular, à medida que a Apple se aprofundar na realidade aumentada.
A tecnologia chegou ao iPhone 12 Pro, em 2020, como forma de aumentar o desempenho de aplicativos em realidade aumentada, ao medir a distância e determinar quanto tempo leva para a luz refletir em um objeto e retornar.
“O que precisa acontecer é o mapeamento do mundo real ser mais preciso. E até que isso aconteça, a realidade aumentada não vai realmente existir”, diz Munster, da empresa que realiza pesquisas sobre realidade aumentada, virtual e sobre veículos autônomos.
Displays
O tal “iPhone dobrável” já dá o que falar em supostos vazamentos desde que a tecnologia tornou-se popular com a concorrente Samsung – e chegou até mesmo entre a Motorola, Huawei e Microsoft.
Contudo, especialistas ainda estão céticos sobre a entrada da Apple nesta corrida. Embora existam patentes para dispositivos móveis com telas flexíveis, isso não deve ser tomado como garantia de que isso está por vir. A grande aposta seriam nas telas de vidro “de verdade”, diz Munster.
O Galaxy Z Flip até tem uma tela de vidro, mas ela é combinada com um material extra para deixá-la mais resistente. “Na minha perspectiva, a peça que falta é como [a Apple] realmente faria isso”, afirma o especialista. Então é somente uma questão de tempo até esta evolução tecnológica (e todas as outras) avançarem, nestes próximos anos do iPhone.