Na semana passada mais de US$ 100 milhões em “terrenos” no metaverso foram vendidos, diz a empresa de análise de tendências DappRadar.

O valor foi dividido entre quatro grandes metaversos ativos hoje, o The Sandbox, Decentraland, CryptoVoxels, e Somnium Space.

Os quatro mundos virtuais atraíram tráfego combinado de mais de 6 mil pessoas fazendo compra e venda na semana passada. O The Sandbox lidera, com o maior número de comerciantes e vendas e também o maior volume de negócios. Foram mais de US$ 86 milhões em vendas de terreno. 

O Decentraland ficou em segundo lugar, com mais de US$ 15 milhões negociados.

O The Sandbox é um videogame para celulares lançado em 2012. O jogo se chama “The Sandbox” porque dá aos usuários ferramentas para criar sua própria jogabilidade não linear, comumente conhecida como “modo sandbox”. Nela, o jogador cria seu próprio universo por meio da exploração de recursos como água, solo, relâmpago, lava, areia, vidro e muitos elementos mais complexos.

Desde 2018 a empresa passou a comercializar produtos por meio da blockchain, de forma a monetizar de forma mais eficiente, numa estratégia que parece estar tendo sucesso.

Cryptovoxels e Somnium Space movimentaram valores consideravelmente menores que a The Sandbox e a Decentraland, mas ainda assim relevantes, afirma o DappRadar. 

Equipamentos utilizados no Metaverso.
O metaverso é um termo amplo, que basicamente faz referência a mundos virtuais que podem ser acessados por meio de realidade virtual ou realidade aumentada.

O mais impressionante dos dados coletados pelo DappRadar é que o valor dos terrenos virtuais está na verdade aumentando. Na semana passada, um terreno na Decentraland foi vendido por US$ 2,4 milhões.

O metaverso é um termo amplo, que basicamente faz referência a mundos virtuais que podem ser acessados por meio de realidade virtual ou realidade aumentada. No metaverso, ativos e “terrenos” virtuais podem ser comprados usando dinheiro real ou criptomoedas, explica a Reuters.

De acordo com a DappRadar, o interesse por terrenos virtuais ganhou tração quando o Facebook mudou o seu nome para Meta.

“No entanto, esta é apenas a ponta do iceberg que empurrou o termo metaverso para o mainstream. Os mundos virtuais carregam um potencial enorme, e estamos apenas começando a ver toda a gama de casos de uso para a terra do metaverso”, escreveu o DappRadar. 

O potencial de uso destes terrenos é quase ilimitado, diz a empresa. Ela aponta que não se trata só de usar o terreno para construir “casas” virtuais, mas também colocar o terreno para servir de espaço para publicidade e marketing, ou alugar o terreno para eventos.

“Na verdade, nossa imaginação provavelmente é limitada e novos usos continuarão a surgir. Considerando isso, a demanda por terras no metaverso não é nada surpreendente.”

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