Meta, a empresa controladora do Facebook, WhatsApp e Instagram, anunciou que está desenvolvendo uma luva cibernética para seus usuários “tocarem” o metaverso. Há mais de sete anos a empresa tem trabalhado de forma secreta no projeto, que permitirá que usuários reproduzir a sensação de tocar em objetos virtuais e “sentir” eles.

Embora a Meta afirme que o produto ainda não está pronto para ser lançado, ele foi anunciado com pompa nesta semana como parte integrante do futuro do metaverso que a empresa quer desenvolver.

O metaverso é um termo amplo, que basicamente faz referência a mundos virtuais que podem ser acessados por meio de realidade virtual ou realidade aumentada. No metaverso, ativos e “terrenos” virtuais podem ser comprados usando dinheiro real ou criptomoedas, explica a Reuters.

 A luva, na prática, funciona com uma série de pequenas almofadas plásticas que podem se inflar para criar a sensação de toque nas mãos do usuário, enquanto sensores detectam em tempo real a forma como os dedos estão se movendo para indicar onde eles estão “tocando.”

As almofadas se inflam de acordo com o que o usuário está tocando no mundo virtual, se inflando mais, se ele toca algo com mais força. Ou seja, se você está tocando algo, vai sentir uma pressão na ponta do dedo. Se estiver segurando um objeto, vai sentir a resistência da luva, como se estivesse fechando as mãos em torno deste objeto. 

Logo da empresa Meta.
Meta, a empresa controladora do Facebook, WhatsApp e Instagram, anunciou que está desenvolvendo uma luva cibernética para seus usuários “tocarem” o metaverso.

A companhia tem trabalhado desde 2014 na tecnologia, sendo que o primeiro protótipo foi lançado no ano seguinte, para consumo interno.

A tecnologia não é exatamente revolucionária, explica o site especializado em tecnologia The Verge. Controles de videogame há décadas têm simulado toque por meio de vibrações, e outras companhias já trabalharam em tecnologia que permite até simular a temperatura de objetos virtuais.

A luva também foi alvo de polêmica, como praticamente tudo que a Meta tem feito nos últimos tempos. A empresa HaptX, há anos neste mercado, afirma que a Meta se utilizou de designs para a luva que foram patenteados pela HaptX.

“A concorrência deve ser justa para que a indústria prospere ”, disse o fundador e CEO da HaptX, Jake Rubin, em um comunicado. “Embora ainda não tenhamos ouvido falar da Meta, estamos ansiosos para trabalhar com eles para chegar a um acordo justo e equitativo que atenda às nossas preocupações e lhes permita incorporar nossa tecnologia inovadora em seus futuros produtos.”

Mas ao contrário de outras empresas no mercado, explica o The Verge, a Meta não tem como objetivo vender estes produtos para outras companhias ou para o Exército Americano.

O objetivo declarado da Meta desde sempre foi trazer o metaverso para sua base massiva de usuários que estão no Facebook, então as luvas provavelmente serão o futuro “controle” para uma série de produtos que a empresa pretende lançar.

Ainda deve demorar bastante, porém, para as luvas chegarem às lojas. Elas precisarão se tornar mais precisas, e diminuir ainda de tamanho. De acordo com a engenheira do Meta trabalhando no projeto, Katherine Healy, o objetivo é que elas sejam tão leves ao ponto do usuário poder usá-las tanto no dia a dia quanto quando forem interagir com o metaverso.

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