A sustentabilidade já é tratada como nicho fundamental em boa parte do mundo corporativo. Nas operações de TI, não poderia ser diferente.

De acordo com um estudo realizado pela Paessler, empresa especializada em monitoramento de redes, o tema vem ganhando cada vez mais relevância e é considerado importante para 39% dos CIOs.

Desse total, 41% acreditam que a busca pela sustentabilidade é muito importante, mas apenas 37% dos gestores de TI estão engajados com programas que tratam do tema.

“A pesquisa mostra que mesmo os gestores de TI que ainda não iniciaram a jornada de sustentabilidade têm uma clara visão dos pontos a serem modificados em suas empresas”, analisa Luís Arís, gerente de negócios da Paessler LATAM.

A pesquisa foi feita a partir de entrevistas realizadas no primeiro semestre de 2021 com 1548 líderes do setor em empresas dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Austrália, Brasil e México.

O estudo mostra ainda que quase metade dos gestores de TI (45%) valoriza a possibilidade de reduzir o uso de hardware em suas empresas. Cerca de 40% apostam em soluções smart building (plataformas baseadas em sensores IoT) para reduzir o consumo de energia. Além disso, 50% deles acreditam que o maior desafio nos próximos dez anos será a gestão de ambientes com dispositivos IoT.

Outras soluções sustentáveis já estão no horizonte dos CIOs. O levantamento mostra que 36% entendem que migrar o data center para a nuvem é uma estratégia para fortalecer a sustentabilidade, enquanto 34% optaram por usar somente data centers “verdes”.

“A busca de sustentabilidade é um diferencial de negócios, influindo na decisão de compra dos consumidores. Os gestores de TI sabem disso e estão ativamente se preparando para fazer sua parte nesse avanço”, comenta Arís.

Percepção dos CIOs

A pesquisa mostra que os gestores de TI estão satisfeitos com resultados de gestão de infraestrutura implementada. A maioria se diz feliz quando percebe que o ambiente de TI está sob controle e afirma que consegue corrigir rapidamente qualquer falha na rede.

Por conta dessa estabilidade e controle, metade dos entrevistados consegue ter tempo para se dedicar a projetos de inovação. Dentre as áreas monitoradas, 70% dos CIOs elencaram pontos remotos como filiais, mobile computing e colaboradores em teletrabalho até o chão de fábrica, passando por todos os componentes digitalizados da empresa.

Outros 33% têm visibilidade e controle sobre partes de seus ambientes digitais e 9% monitoram o consumo de energia de seu ambiente. Os dados também revelam as frustrações dos líderes responsáveis por garantir a continuidade dos negócios por meio da gestão de ambientes heterogêneos e distribuídos de TI.

Quase metade diz sofrer quando algo de errado ocorre com a rede e eles não conseguem prever ou lamentam quando é um usuário que informa que há falhas no ambiente. 

Mais de um terço (33%) busca contornar os problemas trazidos pelos usuários que acessam, na “shadow IT”, portais web não homologados aumentando a vulnerabilidade dos sistemas a invasões e roubo de dados.

“As estatísticas acima são apenas a ponta do iceberg – a velocidade de transformação dos ambientes digitais é tal que o gestor está sempre olhando para o próximo desafio que terá de enfrentar”, finaliza Arís.

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