O governo da China tomou medidas em relação à segurança de dados no setor industrial e de tecnologia da informação no país. O ministério da Informação e Tecnologia divulgou um projeto com medidas sobre o gerenciamento das informações, indicando que as autoridades do país estão tentando reforçar ainda mais o controle sobre dados sensíveis.
O documento divide as informações em três categorias: dados gerais, que geram algum tipo de impacto social; dados vitais, que podem ameaçar o bem-estar econômico, social, cultural, cibernético, ecológico e nuclear da China e comprometer os interesses estrangeiros do país e dados essenciais que sejam fontes de ameaça para a segurança nacional e impliquem na ordem social e econômica.
A intenção do ministério é que as informações geradas pelos setores industriais e de tecnologia da informação na China sejam regulamentadas de acordo com as restrições propostas.
As novas medidas vão complementar a Lei de Segurança de Dados adotada em junho, que proíbe as empresas do país de fornecer informações a órgãos judiciais ou policiais estrangeiros sem permissão, além da Lei de Cibersegurança que busca aumentar a proteção de dados, a localização de dados e a segurança cibernética.
Fornecimento deve obedecer regras
O compartilhamento das informações e a quebra do regulamento podem resultar em multas, suspensão dos negócios e licenças comerciais das empresas envolvidas.
A norma também indica que, se o fornecimento de dados ao exterior for necessário, os mesmos deverão ser processados de acordo com as leis e os regulamentos.
Se o fornecimento de dados for necessário, eles deverão ser processados de acordo com as leis e os regulamentos. Será feita uma avaliação de segurança antes da saída das informações, na intenção de garantir a segurança, reforçar o rastreamento e o domínio das informações depois da transmissão.
A implementação de normas relacionadas à segurança de dados não é uma novidade no país asiático. Em julho deste ano, as autoridades chinesas investigaram a Didi Chuxing, conhecida como a “Uber chinesa”, a Full Truck Alliance, maior plataforma de digital do transporte da China e a Kanzhun, proprietária da plataforma de busca de emprego, Boss Zhipin.
As companhias foram ordenadas a suspender o registro de novos usuários durante o período de investigação com a finalidade de “garantir a segurança nacional e proteger os interesses públicos”, segundo uma agência responsável pela administração do ciberespaço do país.