Uma nova tendência no ramo da tecnologia tem movimentado as discussões dentro do universo de tecnologia da informação (TI). Na intenção de manter a competitividade e atender às exigências dos usuários, empresas globais querem migrar aplicações de negócios para nuvem.
O número de companhias no mundo com essa intenção subiu de 15% em 2020 para 37% em 2021. No Brasil, o percentual é ainda maior: saltou de 27% para 54%.
Os dados fazem parte de um estudo anual da Equinix, que considera opiniões de 2.600 tomadores de decisão de TI nas Américas, Ásia-Pacífico e EMEA.
Apesar do aumento na quantidade de negócios que planejam migrar aplicações para a nuvem, há muitas preocupações a respeito de cibersegurança.
Maior desafio é evitar vazamento de dados
A ameaça de vazamentos de dados e ataques cibernéticos é encarada como um dos maiores desafios nas três regiões estudadas. Nas Américas, 52% dos entrevistados apontam esse medo como uma das maiores dificuldades. Na Ásia-Pacífico, o número chega a 50% e na EMEA, a 45%.
Atualmente, 47% da infraestrutura de TI usada pelos líderes do setor em todo o mundo está na nuvem.
“Migrar para a cloud está no centro dessa transformação. No entanto, muitos líderes digitais continuam inquietos com essa migração, com os tomadores de decisão de TI destacando os temores em torno do aumento de vazamentos de dados e violações de segurança”, diz Michael Montoya, diretor de segurança da informação da Equinix.
Ainda de acordo com a pesquisa, 80% dos tomadores de decisão de TI acreditam que digitalizar a infraestrutura de TI é prioridade, e 76% acreditam que é preciso melhorar a experiência do usuário. No Brasil, os números chegam, respectivamente, a 91% e 89%.
Quase metade (48%) dos entrevistados na média global e 56% no Brasil disseram acreditar que a ameaça de vazamentos de dados e ataques cibernéticos como resultado da migração para a cloud é um dos maiores desafios. E 81% dos líderes digitais disseram que estão priorizando a melhoria da segurança cibernética –aumento significativo em relação aos 70% da edição 2019-20 da pesquisa. No Brasil, o percentual alcançou 90%.