A Playboy quer colocar sua famosa mansão no metaverso, o CEO da empresa Ben Kohn anunciou em entrevista ao The Edge, um instituto de pesquisa de investimentos.

 “No metaverso ou na Mansão Playboy virtual, podemos atingir um público global e podemos fazer isso vendendo diferentes níveis de adesão. Eu acredito que os consumidores de hoje querem um estilo de vida, eles querem se divertir em suas vidas, especialmente depois de dois anos trancados em suas casas”, disse Kohn durante a entrevista.

O plano da Playboy é criar um ambiente virtual que permita aos membros da casa possam socializar, bebendo e conversando sem precisar sair de casa. Para ter acesso ao espaço, os usuários pagariam uma assinatura.

Seria, em suma, uma versão virtual da conhecida Mansão Playboy de Hugh Heffner, o criador da revista Playboy, falecido em 2017.

A mansão vive no imaginário popular como um local de festanças inesquecíveis, frequentadas por celebridades das décadas de 1970 a 1990. O mais marcante destas festas eram as imagens de mulheres caminhando pela mansão vestidas de “coelhinhas da Playboy.”

Kohn não especificou se a mansão virtual será uma cópia da versão física, e se ela contará com as famosas coelhinhas. Ele acredita, porém, que se tratará de um local ideal para receber grandes eventos virtuais, ao estilo do que é feito hoje no game Fortnite.

Além de shows de música, Kohn cita a possibilidade de eventos de stand-up comedy.

“Temos uma oportunidade única de entregar eventos da vida real, mas também eventos virtuais como Travis Scott fez com o Fortnite. De uma perspectiva de shows, realmente, estamos focados em construir a Mansão Playboy digital.”

Habitantes do "Metaverso" Playboy, os Rabbittars.
Habitantes do “Metaverso” Playboy, os Rabbittars.
Fonte: Playboy Rabbittars

O metaverso é um termo amplo, que basicamente faz referência a mundos virtuais que podem ser acessados por meio de realidade virtual ou realidade aumentada. No metaverso, ativos e “terrenos” virtuais podem ser comprados usando dinheiro real ou criptomoedas, explica a Reuters.

A entrada da Playboy no metaverso faz parte de um movimento maior que envolve grandes atores do mercado, cidades e até países. 

Por trás de tudo isto está o potencial financeiro do metaverso. A estimativa é de que ele pode acabar se tornando um mercado gerando receitas da ordem de até US$ 1 trilhão por ano, de acordo com um relatório da empresa Grayscale Investments, que se classifica como a maior empresa de investimentos do mercado de criptomoedas no mundo.

Além do metaverso, a Playboy está apostando em outras iniciativas tecnológicas para ganhar dinheiro. A empresa começou a vender NFTs com imagens de seus famosos coelhinhos.

Ela pretende também criar uma rede social para competir com o Only Fans, uma rede social que permite que usuários façam “assinatura” de feeds de outras pessoas. A Only Fans é muito utilizada por mulheres, que costumam postar fotos nuas para os seus assinantes, e se tem algo do qual a Playboy entende, é de mulheres nuas. 

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