Desde que Mark Zuckerberg mudou o nome do Facebook para Meta, em outubro do ano passado, a companhia tem investido tempo (e dinheiro) no tal metaverso. Horizon Worlds, a plataforma de interações sociais recém-lançada por eles, foi capaz de exibir o potencial da realidade virtual criada pelos usuários, mas esta abordagem não parou por aí.

Acontece que a Meta também comprou a Unity 2 Games, empresa britânica responsável pela criação da plataforma Crayta, e hoje (08) tivemos a primeira exibição palpável do que esperar em um futuro próximo. Confira o trailer de anúncio:

Utilizando o motor gráfico da Unreal, este derivado maduro de Roblox permite criar, compartilhar e jogar diretamente via Facebook Gaming, o serviço de streaming em cloud. Como informa o VentureBeat, Zuckerberg também disse que o Facebook Gaming expandiu seu alcance ao redor da Europa, com uma “infraestrutura fundamental para fornecer experiências do metaverso nas plataformas Meta”.

O que é Crayta?

Lançado em 2020 no Google Stadia (jogos via cloud) e na Epic Games Store (para PC) em 2021, o Crayta fornece acesso a jogos criados por usuários, com mundos virtuais aberto para criação e desenvolvimento. Independente do conhecimento técnico, há ferramentas de fácil acesso, permitindo que os games sejam criados de maneira colaborativa.

Como foi recém-adquirido pela Meta, não surpreende que esta união de conceitos se aproxima do que a empresa tem vendido como o próprio “metaverso”. Ainda que jogos como Roblox, VR Chat e Fortnite se estabeleceram há anos no mercado, a reformulação do “novo” Facebook funciona como reboot popularizado destas tendências.

Cloud e o futuro do metaverso

Imagem de Zuckenberg utilizando o Crayta na sede da Meta
Lançado em 2020 no Google Stadia (jogos via cloud) e na Epic Games Store (para PC) em 2021, o Crayta fornece acesso a jogos criados por usuários, com mundos virtuais aberto para criação e desenvolvimento

Para o anúncio de hoje, Zuckerberg juntou-se aos criadores da Crayta e construiu o pátio da sede da Meta, enfeitando o ambiente com minigames e atrações de parques de diversão. Ele e outros criadores discutiram o futuro do “ecossistema de criadores”, esta categoria emergente no metaverso, além de outros planos a longo prazo da empresa, o futuro do Facebook Gaming (e cloud) nas experiências do metaverso, dentre outros assuntos.

“Uma das coisas que realmente amo é a ideia de podermos projetar um espaço ou um jogo, dentro deste próprio espaço/jogo”, diz Zuckerberg.

Em relação à infraestrutura cloud, ele comenta: “historicamente, se quiséssemos ter algo assim executado em alta qualidade de ambiente 3D, seria difícil renderizar em um navegador de internet ou celulares, mas fazer isso com a infraestrutura cloud e, em seguida, enviá-la pela rede após a renderização na nuvem é um grande avanço.”

Outro ponto discutido foi o misto de metaverso 2D e 3D. Sobre este assunto, Zuckerberg diz que não necessariamente isso é restrito à realidade virtual, ou à realidade aumentada. “O que Crayta mostra é que você pode criar e aproveitar esse tipo de experiência com muita facilidade, em todos os ambientes 2D, bastando apenas acessar o aplicativo do Facebook em celulares e computadores.”

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