De acordo com um relatório da empresa de consultoria Reports and Data, o mercado de robótica assistiva deve atingir US$ 25,16 bilhões em 2028, registrando uma taxa de crescimento anual composta de 22,1%.

Esse crescimento será impulsionado principalmente por avanços em inteligência artificial e na área da robótica, aponta o estudo. Além disso, a tecnologia não está mais limitada a pesquisas e testes com propósitos acadêmicos. 

As soluções voltadas à medicina, estão ganhando cada vez mais espaço em hospitais, sendo que algumas empresas já oferecem seguros de saúde que cobrem cirurgias robóticas e exoesqueletos médicos.

A robótica assistiva, como o próprio nome sugere, oferece suporte a bebês, pessoas com deficiência e idosos em tarefas diárias que podem envolver alguma dificuldade de serem realizadas. 

A tecnologia, portanto, utiliza sensores inteligentes e algoritmos para tomar decisões de forma independente, navegar com autonomia e interagir com as pessoas. 

A implementação de inteligência artificial é capaz de ampliar ainda mais esses recursos. De acordo com as previsões do relatório, em um futuro breve, a robótica incluirá visão de máquina, reconhecimento de fala e voz, controle de gestos e sensores táteis

Apoio aos profissionais de saúde durante cirurgias

Um problema já existente e que foi agravado pela pandemia é a solidão e o isolamento social da população idosa. O uso de sistemas de telepresença robótica, no entanto, tem mostrado sinais de interações sociais positivas com esses indivíduos.

Esse tipo de tecnologia permite que familiares e profissionais de saúde possam se comunicar e acompanhar os idosos com uma frequência maior, independentemente da sua localização, uma vez que essas visitas são remotas. 

Além da robótica assistiva apresentar uma alta demanda por parte dessa população mais velha nos próximos anos, o próprio setor de saúde já tem utilizado o recurso para oferecer mais flexibilidade, controle e precisão aos médicos durante cirurgias. 

O uso da robótica nesse caso costuma ser associado a cirurgias menos invasivas, uma vez que auxilia os profissionais de saúde a realizar procedimentos complexos e delicados. A tecnologia vem sendo adotada rapidamente na América do Norte e na Europa, principalmente.

Estados Unidos lideram o mercado de robótica assistiva

A América do Norte foi a região que apresentou o maior compartilhamento de receita em 2020 no setor de robótica assistiva. A expectativa é que o mercado continue a crescer nessa área, principalmente nos Estados Unidos. 

O crescimento, segundo o relatório da Reports and Data, será liderado por uma combinação de fatores, como a presença de grandes nomes do mercado, o surgimento de startups locais, e os crescentes investimentos na área da saúde para a reabilitação de pacientes. 

Os passos iniciais para implementar a tecnologia nesses contextos já estão sendo observados. A INF Robotics, uma empresa baseada nos Estado Unidos, por exemplo, lançou um novo sistema de robótica assistiva para ajudar idosos, pessoas com deficiência e veteranos de guerra a fim de reduzir as visitas a hospitais. 

Por fim, outros dados do relatório indicam que as principais aplicações da robótica assistiva até 2028 serão no apoio a cirurgias, suporte a idosos, interações sociais, auxílio às pessoas com deficiência, defesa e indústria.

Em relação à receita, o estudo mostra que a América do Norte, mais especificamente os EUA, deve se manter na liderança. A Europa ficou em segundo lugar, com a Alemanha ocupando a primeira posição. 

A América Latina ficou em quarto lugar, atrás da Ásia-Pacífico, com o Brasil contabilizando a maior parte da receita na região, de acordo com as previsões da Reports and Data. 

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