A Amazon apresentou ao mundo o Astro, robô doméstico que tem personalidade própria e o objetivo de levar a assistente pessoal Alexa para qualquer canto da casa. Promissor? Os programadores do aparelho dizem que não.

Um documento interno da imprensa que vazou para a imprensa mostra que os responsáveis pelo desenvolvimento do aparelho não parecem confiantes na novidade.

Um dos desenvolvedores do projeto teria dito que a criação é “um desastre” e afirmado que o robô não estaria pronto para ser lançado.

As fontes também entregam que o Astro não está preparado para encontrar escadas, é frágil e seus dispositivos já se partiram algumas vezes.

Os documentos, assim como vídeos das reuniões entre programadores durante o desenvolvimento do projeto, mostram que o sistema de reconhecimento facial do Astro é deficiente.

As fontes também revelam que o robô não é totalmente capaz de reconhecer as pessoas. Um dos desenvolvedores chama o robô de “um pesadelo de privacidade”.

Depois do vazamento das informações, a Amazon escreveu:

“Estas caracterizações do desempenho, qualidade e sistemas de segurança do Astro são simplesmente inexatas.

O Astro passou por rigorosos testes tanto de qualidade como de segurança, incluindo dezenas de milhares de horas de testes com participantes beta. Isto inclui testes exaustivos no sistema de segurança avançado do Astro, que foi concebido para evitar objetos, detectar escadas e parar o dispositivo onde e quando necessário”.

Robô é vendido por mil dólares

Documento interno mostra que colaboradores não estão confiantes com a novidade

A intenção da Amazon era lançar no mercado um robô capaz de circular dentro de casa, reconhecer divisões de ambientes e as pessoas que moram no local. 

Esta “Alexa móvel”, além de se deslocar para qualquer lado, consegue fazer gravações de videovigilância, tem integradas soluções de aprendizagem de máquina e é capaz de patrulhar a casa, investigar atividades e enviar notificações caso identifique algo fora do lugar.

 O Astro está à venda por mil dólares, mas, para adquiri-lo, o consumidor precisa preencher um documento que averigua se o robô é adequado para a casa daquele usuário.

Este relatório não é o primeiro sinal de que os desenvolvedores dão de que o robô pode não estar pronto para chegar ao mercado. Em março, já havia rumores de que o projeto da Amazon, que, de início, foi batizado de Vesta, estava em fase avançada de desenvolvimento.

Na época, as pessoas envolvidas no projeto temiam que o Astro acabasse se mostrando o mesmo fracasso de vendas do Fire Phone, lançado pela empresa em 2014. 

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