Neste ano, os NFTs caíram em gosto popular e tiveram um pico de popularidade em múltiplas indústrias ao redor do globo, indo de jogos a filmes, somadas às criações exclusivas do meio da arte digital.

Em suma, os colecionáveis utilizam toda a segurança e transparência do blockchain para funcionar, garantindo que você sempre tenha um item único. Projetos de diversos tipos (e coleções inteiras) foram leiloados, gerando um novo rumo à indústria.

Fato é que, somente em 2021, estima-se que 153 bilhões de reais tenham movimentado o mercado, dentre os dois contratos de Ethereum (criptomoeda) associados às vendas de NFTs. 

Desta estimativa, cerca de R$90 bilhões estaria relacionada ao OpenSea, atualmente o maior marketplace de NFTs. De acordo com o estudo recém-publicado pelo Chainalysis, há um incremento significativo tanto no volume enviado (ou seja, o dinheiro trocado em si) como também no tamanho das transações. 

A publicação também sugere que NFTs tornaram-se uma categoria de ativos com crescente valor, à medida que isso atrai novos usuários. Um dos picos de interesse pelo público surgiu em agosto deste ano, pois tivemos o lançamento de uma nova coleção do popular grupo NFTs, chamado Bored Ape Yacht Club. 

Porém, ainda que isto tenha nascido e crescido em 2021, o que podemos esperar sobre o ano que vem?

2022 e a queda de NFTs

Assim como há oscilação nos valores de criptomoedas, os mercados de NFT passam por períodos de alta e baixa, explica o Chainalysis. A constatação é recente, afinal, vimos um grande crescimento durante o começo do segundo semestre e uma retração nos meses seguintes. 

Como explica o VentureBeat, o primeiro sinal de crash seria uma “queda agregada nos preços mínimos”. Isso possui relação direta a como os NFTs são manejados por investidores. Eles estão tentando ganhar dinheiro rápido ou acreditam em NFTs, a longo prazo? 

O Chainalysis disse que “aqueles que optam por vender seus NFTs recém-criados o fazem mais rapidamente do que aqueles que compram um NFT já vendido”. Com isso, vemos um contraste firmado entre o mint (criação, do zero) e o mercado de revendas das artes.

Estima-se que 50% das primeiras vendas acontecem em até dois dias após a criação dos NFTs em blockchain. Depois, leva-se cerca de cinco dias para atingir essa mesma marca em vendas secundárias, após a compra.

(Reprodução) Cryptopunks
(Reprodução) Cryptopunks

Os CryptoPunks foram a coleção NFT mais popular durante o período estudado, com mais de R$17 bilhões em volume de transações desde março deste ano. Outros, por outro lado, dificilmente conseguiram atingir um patamar de popularidade consistente. 

Os números sugerem que, da mesma forma que a criptomoeda convencional, os NFTs alcançaram popularidade global, com nenhuma região em individual sendo responsável por 40% (ou mais) visitas mensais, desde março.

 Estes dados mostram onde a maioria dos usuários NFT estão localizados no mundo. A empresa constatou que uma forte combinação de visitas da web veio do centro e sul da Ásia, a América do Norte, Europa Ocidental e a América Latina. 

Do outro lado, vemos que a negociação de NFT foi mais voltada para o varejo do que para a negociação de criptomoedas, em geral. A maioria das transações (de varejo) correspondeu a menos de 10 mil dólares em criptomoedas.

Porém, as transações entre 10 mil e 100 mil dólares em criptomoedas passaram a representar 19% de todas as transações NFT. As transações institucionais, ou seja, aquelas acima de 100 mil dólares, representaram 26% da atividade, enquanto as transações de varejo chegaram a somente 11%. 

Como conclusão, temos o lado dos investidores. Conforme indicam dados do OpenSea, apenas 28,5% dos NFTs comprados durante o mint vendidos na plataforma resultam em lucro. Desta forma, os NFTs comprados no mercado secundário (de outros usuários) resulta em lucro 65,1% das vezes.

 A maior lição é termos um pouco mais de atenção voltada ao mercado de NFTs sob esta ótica do mercado, pois sabemos que os investidores só “apostam” alto quando vêem retorno sobre o investimento, comprando NFTs – seja durante o processo de mint, ou na compra secundária. Este fator irá pesar quando tivermos novos NFTs em 2022. Resta aguardar apenas por mais uma coleção bombástica de primatas ou seres pixelizados.

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