A startup Light Field Lab promete levar a tecnologia de realidade aumentada a outro nível com seu novo produto Solid Light. Ele foi desenvolvido para produzir hologramas no mundo real, mas sem a necessidade de óculos específicos

Essa é uma das principais vantagens em relação às soluções existentes. Os aplicativos de realidade aumentada, por exemplo, limitam a visualização a uma pequena tela de celular ou tablet. 

As tecnologias que produzem hologramas em tamanho real e no próprio ambiente, como o Microsoft HoloLens, se aproximam mais da proposta do Solid Light. No caso da Microsoft, entretanto, só é possível ver o objeto projetado utilizando óculos que pesam mais de 500 gramas.

A proposta da Light Field Lab é eliminar essas barreiras, permitindo que todas as pessoas em um mesmo ambiente possam visualizar uma projeção holográfica ao seu redor, sem precisar utilizar qualquer dispositivo.

Como funciona o Solid Light

A solução apresentada pela Light Field Lab corresponde à definição mais comum de um holograma: recriar objetos no mundo real com luzes. Apesar do conceito parecer simples, sua execução envolve processos complexos.

A técnica de realidade aumentada desenvolvida pela startup consiste em fazer com que ondas de luz interajam em um ponto específico. Essa interação, visível aos olhos humanos, é o que cria a ilusão de um objeto feito de luz. 

Para isso, o painel de 28 polegadas diagonais utilizado na projeção conta com 2,5 bilhões de pixels. Para se ter uma ideia dessa dimensão, uma TV 4K possui apenas 8,2 milhões. A ideia da Light Field Lab é criar paredes holográficas a partir desses pequenos painéis, chegando a 245 bilhões de pixels

Realidade aumentada.

A diferença dos pixels em TVs comuns é que no caso de telas LCD ou OLED, eles precisam criar apenas as cores vermelha, verde e azul. Já os pixels do Solid Light são capazes de manipular a fase das ondas de luz de forma precisa, criando uma variedade de cores em pontos específicos para garantir o efeito holográfico de realidade aumentada. 

Promessas e limitações do Solid Light

Se, por um lado, o Solid Light dispensa o uso de um dispositivo wearable, a desvantagem é que isso limita a mobilidade do usuário. Ou seja, ele só poderá ver a projeção se o display estiver em seu campo de visão.

Caso a tela esteja a 180 graus da visão do usuário, por exemplo, ele não enxergará o holograma. Isso não significa que só é possível ver o objeto projetado se a pessoa estiver exatamente de frente para a tela; ainda é possível visualizar de determinados ângulos.

O fato de a tecnologia ser escalável oferece a possibilidade de combinar várias dessas telas para criar hologramas das mais variadas dimensões, construindo salas com os displays do Solid Light em todas as paredes, além do chão e do teto, por exemplo. 

Por enquanto, a empresa está focada apenas em displays holográficos do tamanho de uma tela de computador até dimensões que ocupam uma parede inteira. 

A Light Field Lab já recebeu investimentos de empresas como Samsung, Comcast e Verizon, sendo que a pré-venda do Solid Light já está esgotada. 
Ainda deve levar um tempo até que essa tecnologia de realidade aumentada se torne um produto amplamente difundido e acessível a todos. Porém, considerando que o Solid Light já está em fase de pré-produção, é possível que ele comece a ser comercializado no ano que vem.

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