Independentemente de qual seja o tamanho do seu projeto, o webpack pode ser uma ótima ferramenta para a otimização de processos. Por ser um empacotador de códigos direcionado aos projetos encontrados na web, ele oferece uma proposta diferente, saindo do padrão do foco em módulos de aplicação.
A área de programação impõe muitos desafios para as pessoas profissionais. Sendo assim, quando um novo programa surge, oferecendo facilidades, a resposta mais inteligente é investir nele. Dessa maneira, os projetos podem ser finalizados com mais velocidade, mas sem perder a qualidade.
É por isso que o webpack acaba sendo uma alternativa muito procurada pelos profissionais da área de TI. Por meio dele, haverá uma facilitação do desenvolvimento independente, permitindo que uma determinada equipe trabalhe em um módulo enquanto a outra trabalha em uma zona diferente.
Neste artigo, você vai ver:
- O que é webpack e para que serve;
- O que são gráficos de dependências?;
- Por que usar o Webpack?
- Quais os principais conceitos do Webpack?
- NPM vs Webpack: quais as diferenças?
- Webpack, Browserify, Grunt, Gulp: quais as semelhanças e diferenças?
- Quais as vantagens e desvantagens do Webpack?
- Configuração, instalação e uso do Webpack!
O que é Webpack e para que serve?
Para poder começar a seguir um webpack tutorial, é necessário saber o que é essa ferramenta e quais as suas funções para que as pessoas programadoras possam trabalhá-la da melhor maneira possível. Ela representa um empacotador de códigos voltados para projetos da web, focando em módulos de sua aplicação.
Os módulos apresentados pelo programa são estáticos e se voltam para JavaScript moderno. Assim que todas as aplicações são processadas, será possível gerar um gráfico capaz de mapear cada um dos módulos, bem como suas dependências. Isso faz com que um ou mais pacotes sejam gerados.
De uma maneira geral, o webpack pode ser visto como uma ferramenta responsável pela construção, onde todos os seus ativos, o que inclui JavaScript, imagens, fontes e CSS, são direcionados para um gráfico de dependência. Sendo assim, você poderá usar o seu código-fonte para selecionar arquivos locais e decidir a forma com a qual serão devidamente processados.
O que são gráficos de dependências?
É possível definir os gráficos de dependência como ferramentas visuais utilizadas para o controle e gerência do cronograma de um determinado projeto. Assim como mencionado anteriormente, o webpack ajuda a estabelecer um maior controle e divisão entre as funções de pessoas programadoras envolvidas em um determinado projeto.
Por meio desse tipo de gráfico, é possível colocar em lista tudo o que ainda precisa ser feito para que as atividades sejam levadas adiante. Além disso, também se torna possível estimar qual o tempo preciso para colocá-las em prática. Assim, a organização vem em primeiro lugar e garante o sucesso do projeto.
Esses gráficos têm uma grande serventia, visto que são capazes de dividir as atividades, oferecendo muito espaço para controlar inúmeras delas ao mesmo tempo. Além disso, facilitam o controle de atividades menores, não as deixando de lado, o que poderia acabar atrapalhando no decorrer de um projeto.
Outra vantagem dentro do webpack para esse tipo de gráfico é a possibilidade de compreender a relação entre as atividades. Há algumas tarefas que acabarão dependendo umas das outras. Por isso, a ferramenta de gráfico é utilizada para deixar as relações bem explícitas e facilitar o prosseguimento das atividades.
Por que usar o Webpack?
Existem muitos motivos viáveis para que uma pessoa programadora use esse tipo de ferramenta. Um dos principais é a possibilidade de incluir um script para cada tipo de funcionalidade dentro de um projeto. Quando isso é feito de maneira individual, é bem provável que um gargalo acabe surgindo no site.
Além disso, o webpack pode ser utilizado para facilitar a utilização e troca de informações de um arquivo grande .js. Se todo o código do seu projeto está dentro desse arquivo, será difícil transmitir as suas informações sem enfrentar problemas de legibilidade, tamanho, escopo e facilidade de manutenção.
Para aquelas pessoas que desejam facilitar o andamento de um projeto, a utilização do programa é extremamente viável. Ele permite a combinação de arquivos com completa segurança, além de fazer com que o programador ou programadora não precise se preocupar com a colisão de escopo ou qualquer outro erro de legibilidade.
Por meio do webpack, alguns problemas são deixados completamente de lado. Geralmente, para alterar um arquivo, é necessário reconstruir todo o projeto do zero. A partir da concatenação, a reutilização de scripts de arquivos fica ainda mais simples. O programa pode ser executado no Node.js em qualquer computador ou servidor fora de um ambiente de navegador.
Quais os principais conceitos do Webpack?
Depois de conhecer um pouco mais acerca do webpack e do que ele pode fazer pelas pessoas programadoras e seus projetos, é válido compreender a respeito de seus principais conceitos. Isso fará com que a utilização da ferramenta seja ainda mais fácil e problemas sejam evitados no percurso da programação.
Entry
O webpack entry é o ponto de partida, capaz de indicar qual o módulo que deverá ser usado para dar início à construção do gráfico interno de dependência. Quando um ponto de entrada é definido, o programa será capaz de encontrar todas as dependências e realizar uma importação.
Levando em consideração o padrão do ponto de entrada, é possível defini-lo no arquivo ./scr/index.js. No entanto, ainda há a possibilidade de definir um arquivo diferente ou, até mesmo, mais de um ponto de entrada no arquivo de configuração webpack.config.js. Veja, abaixo, um exemplo:
- module.exports = { entry: ‘./path/to/my/entry/file.js’}
Output
O Output está presente no webpack para definir o nome e o local onde um pacote gerado ficará localizado. Na maior parte dos casos, o seu diretório padrão pode ser definido como o ./dist e o arquivo como ./dist/main.js. Para que a configuração seja feita, é necessário definir um objeto output com suas propriedades path e filename.
Por meio dessas configurações, será possível gerar um diretório dist bem na raiz do seu projeto, utilizando o arquivo webpack.bundle.js dentro do diretório dist. Cada variável do nodejs __dirname tem o nome do diretório onde o módulo atual se encontra. A propriedade Output tem muitas configurações.
Loaders
Levando em consideração um padrão estabelecido para o webpack, só é possível compreender arquivos JavaScript. Para que ele possa ler outros tipos de arquivos, é preciso utilizar os Loaders. Esses módulos poderão ser instalados separadamente, facilitando a conversão de arquivos com módulos válidos, adicionando-os ao gráfico de dependência.
É válido lembrar que os Loaders também poderão ser utilizados para converter JavaScript de uma versão para outra. Para que eles sejam incluídos, será preciso criar uma nova seção module no arquivo de configuração. Nesse mesmo local, é necessário definir uma ou mais rules.
Por meio dessa regra simples, é possível dizer ao compilador do webpack quando será encontrado um arquivo ‘.txt’ em uma declaração require ou import. Para isso, será necessário utilizar o raw-loader para que seja possível transformá-lo antes de adicioná-lo a um pacote. Cada regra terá duas propriedades obrigatórias:
- test: definirá quais são os arquivos filtrados;
- use: definirá qual módulo precisará ser usado.
Ao acessarmos a propriedade test, o mais comum é utilizar a expressão regular para localizar os arquivos css. As barras / e / indicam que, o que está entre elas, é uma expressão regular. Logo depois, temos \., usando a barra invertida para definir o ponto. Sem a barra de escape, a correspondência poderia ser com qualquer outro caractere.
Plugins Mode (Webpack 4)
Os modes foram introduzidos no webpack 4. Eles são de extrema relevância para definir a abordagem de configuração do zero. É possível realizar a configuração desses módulos por meio de development ou production. Ao configurar o modo para production, é possível realizar otimizações internas. Em development, o plugin padrão será executado, chamado de ModulesPluginActivated.
Esse plugin mencionado anteriormente fará com que o caminho relativo apresentado pelos módulos seja adicionado dentro de um pacote emitido. Ele se mostra bastante útil para alguns fins de depuração ao longo das etapas de desenvolvimento.
No caso do development, sua execução se dá por três plugins:
- UglifyJsPlugin, utilizado para minificação de pacote de saída;
- ModuleConcatenationPlugin, utilizado para levantamento de escopo para uma execução ágil;
- NoEmitOnErrorsPlugin, capaz de ignorar o pacote emissor caso haja erros ao longo da compilação.
NPM vs Webpack: quais as diferenças?
É muito comum que algumas pessoas desenvolvedoras descrevam o NPM como um gerenciador de pacote do JavaScript. No entanto, ele se mostra uma interface de linha de comando para gerir o ecossistema NPM. Ele é muito flexível e utilizado por milhares de pessoas desenvolvedoras todos os dias.
Quando falamos sobre webpack, ele se mostra como um bundler para JavaScript e aplicativos feitos sob demanda. Por meio de módulos “carregadores”, é possível verificar arquivos como Commonjs, AMD, CSS, Imagens, LESS e outros materiais que passaram por alguma fase de personalização.
As principais diferenças entre NPM e Webpack estão em suas funções. Enquanto o primeiro é um sistema de gerenciamento de pacotes para o JavaScript, com código aberto, o segundo é um bundler poderoso, mostrando-se um excelente servidor de desenvolvimento integrado a um livereload, capaz de lidar com qualquer tipo de ativo.
Webpack, Browserify, Grunt, Gulp: quais as semelhanças e diferenças?
O webpack, Browserify, Grunt e Gulp possuem, sim, algumas semelhanças. No entanto, Grunt e Gulp já apresentam algumas divergências em relação aos outros, visto que são ferramentas destinadas, unicamente, para trabalhar com arquivos, não tendo qualquer conceito de gráfico de dependência.
Já o Browserify se assemelha mais ao webpack, visto que é uma ferramenta voltada para transformar um require () em chamadas que funcionarão para um navegador. Ele possui um gráfico de dependência unicamente em seu código-fonte. De uma maneira geral, todos eles funcionam de maneira semelhante, mas o webpack oferece recursos mais completos.
Quais as vantagens e desvantagens do Webpack?
Assim como toda ferramenta, esta não poderia fugir de uma análise sobre o que é positivo e o que é negativo. Os pontos fortes são:
- Eliminação de ativos mortos;
- Controle total de como os ativos serão processados;
- Divisão de código mais simples;
- Benefícios de velocidade de processamento;
- Implementação de produção estável.
Além disso, o webpack tem muitas pessoas usuárias, o que pode facilitar a acessar uma comunidade para tirar dúvidas. No entanto, ele também possui alguns pontos negativos como, por exemplo:
- Tem uma péssima documentação;
- Configuração complexa para os novatos;
- Código-fonte difícil;
- Manutenção feita por uma única pessoa;
- Mini Linguagem desagradável.
Ainda assim, para os programadores e programadoras, as vantagens podem estar muito à frente das desvantagens.
Configuração, instalação e uso do Webpack!
Não é mais segredo para os programadores e programadoras que o webpack tem se mostrado um grande facilitador para modularizar as partes mais relevantes de um projeto. Assim, o desenvolvimento independente se torna viável e faz com que os resultados sejam vistos mais rapidamente.
Conheça, abaixo, como configurar, instalar e usar a ferramenta.
Instalando o Webpack
Para que seja possível instalar o webpack, não há nenhum segredo. Ele já está disponível no pacote do NodeJs. Caso ainda tenha dificuldades com o pacote, basta pesquisar por NPM. Depois desse pequeno momento de estudo, será possível escolher entre globalmente ou somente um projeto:
- npm install webpack -g
- npm install webpack –save-dev
Criando a pasta/diretório
Para que o projeto seja iniciado, é necessário criar uma pasta. É possível dar a ela qualquer nome que deseje, sendo mais fácil identificá-la no futuro. Dentro dessa pasta recentemente criada, é preciso criar um arquivo package.json com o comando npm init -y. Depois disso, é necessário usar o NPM para instalar as primeiras dependências.
O ideal é começar pelo próprio webpack e, também, pelo webpack-cli (command line interface). Depois, basta passá-lo para a flag ─save-dev. O comando final deverá ser o “npm install ─save-dev webpack webpack-cli”.
É importante ressaltar que o webpack não será uma alternativa para os tasks managers, como é o caso do Gulp ou do Grunt. No entanto, continua sendo uma ferramenta poderosa para quem deseja realizar produções independentes, aplicando-a aos projetos de pequeno ou grande porte. Além disso, a possibilidade de dividir seu código em vários módulos também pode ser muito útil!
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