A pandemia do novo coronavírus fez profissionais de programação adotarem novas oportunidades para democratizar o desenvolvimento de software para além da Tecnologia da Informação (TI). A low-code e a no-code são algumas dessas ferramentas.

Na prática, elas auxiliam os desenvolvedores a montarem rapidamente componentes de aplicativos pré-construídos para os negócios.  De acordo com a pesquisa “The State of Low-Code 2021”, realizada pela Mendix, quase dois terços (64%) dos profissionais entrevistados concordam que low-code é a solução de desenvolvimento como alternativa de trabalho. 

Além disso, 59% dos projetos que usam a ferramenta são uma colaboração entre grupos de negócios e de TI. Um terço dos entrevistados afirmou também que está acelerando o uso de IA, IoT e big data com low-code. Shiv Ramji, diretor de produto da Auth0, destacou as vantagens competitivas das duas ferramentas.

“Ao encurtar o ciclo de vida de desenvolvimento de software, ele acelera o tempo de colocação no mercado, melhora a flexibilidade e permite que os desenvolvedores se concentrem na inovação principal. Soluções de low-code/no-code também melhoram a agilidade para as equipes de desenvolvedores, pois são capazes de criar rapidamente uma amostra para a equipe de negócios avaliar e fornecer feedback sobre – encurtando os ciclos de revisão e melhorando o produto acabado”, explicou ele.

Rod Fontecilla, vice-presidente sênior, diretor de inovação e cientista-chefe de dados da Dovel Technologies, disse enxergar essa popularidade do low-code como um movimento de “contracultura”.

“O low-code quase representa uma contracultura à programação tradicional”, afirma ele.

“Os desenvolvedores estão em alta demanda e construíram uma comunidade tão grande nas últimas décadas que essa mudança cultural pode ser difícil de se adaptar. Eles devem adotar essas plataformas, obter a certificação, aprender suas linguagens de script e complementar suas habilidades atuais”, acrescenta.

Crescimento de low-code facilitará rotina de TI

Fontecilla acredita que o crescimento do low-code/no-code nas lojas de desenvolvimento criará ambientes híbridos.

 “À medida que essas plataformas de low-code/no-code ganham penetração, os ambientes de software corporativo se tornarão híbridos com uma combinação de codificação customizada para os processos de negócios mais complexos e o uso de plataformas de low-code/no-code para todos os outros”, aposta.

As empresas têm usado a low-code para aplicativos de missão crítica – cerca de 33% do uso é voltado para eles -, mas também adaptou a ferramenta aos usos mais tradicionais, como modelagem e visualização de dados (38%).  Nessas companhias, mais da metade dos funcionários (56%), já usam aplicativos desenvolvidos em plataformas low-code.

Plataformas low-code também liberam equipes de desenvolvimento de software para trabalhar em novos projetos. Na verdade, 51% dos desenvolvedores de software dizem que metade de seu trabalho de desenvolvimento diário poderia ser feito em uma delas.

As ferramentas low-code e no-code estão ajudando os programadores a reduzir o tempo necessário para enfrentar desafios de programação mais simples, pois auxiliam os desenvolvedores a lidarem com tarefas mais complexas.

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