Um estudo publicado pela Economist Impact em parceria com a NTT revelou que muitas empresas já estão implementando ou considerando implementar redes privadas 5G. Um dos motivos é o fato de ela permitir maior controle da rede e dos dados, além de poder ser restrita a determinados locais, oferecendo cobertura em ambientes internos e externos.
Além disso, uma das principais motivações é o fato de a tecnologia permitir que as organizações possam controlar e personalizar as configurações de segurança, políticas e outros aspectos dessa comunicação sem fio.
O estudo foi conduzido com 216 profissionais C-level e tomadores de decisões sênior da área de TI que trabalham em organizações que apresentam receita entre US$ 250 mil a mais de US$ 1 bilhão.
Os entrevistados atuam em indústrias variadas, como automotiva e de manufatura, energia, saúde, farmacêutica, varejo e logística, na Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos.
Segundo os dados levantados, 94% dos participantes responderam que estão implementando melhorias em suas organizações, incluindo Wi-Fi 6, 4G ou 5G. Cerca de 24% estão testando redes privadas 5G, enquanto 6% já contam com pelo menos uma rede privada 5G operacional.
Entre os que já possuem uma rede operacional, a maioria está situada nos Estados Unidos (9,3%), estando a Alemanha em segundo lugar (7%). No entanto, em relação aos testes da nova tecnologia, a Alemanha lidera o ranking com 33%.
Fase de testes
Ao analisar os resultados por tipo de indústria, o relatório revelou que o interesse em utilizar redes privadas 5G em fábricas é motivado pela manufatura inteligente, ou seja, para conectar robôs e outras máquinas autônomas.
Já as indústrias de energia (39%) e transportes (33%) são as mais propensas a realizarem testes com redes 5G, enquanto que as companhias de transportes (41%) têm maior probabilidade de já contarem com uma rede privada 5G.
No caso das indústrias automotivas e de manufatura, 25% das empresas afirmam que estão testando uma rede privada 5G, e 5% utilizam uma rede operacional. No setor de saúde e farmácia, 18% das organizações estão na fase de testes, e 5% estão na fase operacional.
Não é de se surpreender que essas indústrias sejam as mais interessadas no 5G, considerando a natureza das suas operações. O Wi-Fi apresenta muitas instabilidades que, embora não tenham um impacto muito significativo em um escritório, podem ser cruciais em uma fábrica, por exemplo.
Cibersegurança
Outro fator crucial que tem motivado as empresas a adotar as redes privadas 5G é a cibersegurança. Cerca de 69% dos entrevistados afirmaram que as plataformas atuais de conectividade e comunicação não são capazes de garantir a proteção da rede, sendo esta uma das maiores preocupações entre as diversas indústrias e países.
Para 75% das organizações de saúde e farmacêuticas que participaram da pesquisa, as ameaças cibernéticas são o maior problema enfrentado por elas atualmente, considerando a natureza sensível dos dados que são manipulados.
Outros inconvenientes citados pelos entrevistados incluem controle de dados (48%), cobertura e velocidade (43%), e tempo de resposta do seu atual fornecedor de serviço (40%).
Ainda de acordo com o levantamento, 87% dos participantes acreditam que as redes Wi-Fi não oferecem um nível de segurança suficiente para as empresas, com 86% afirmando que consideram as redes privadas 5G como substitutas do Wi-Fi.
Além de permitir a personalização de recursos de segurança e proteção de dados, algumas das vantagens das redes privadas 5G citadas pelos entrevistados incluem privacidade de dados (83%), maior velocidade de conexão com baixa latência (81%) e estabilidade (80%).