A terra do Mickey, da Minnie, do Pato Donald e companhia pode se tornar também um grande polo de inovação. A cidade de Orlando, na Flórida, está prestes a ser um novo “Vale do Silício”.

O famoso destino de férias de crianças e adultos do mundo todo tem investido em atrair investimentos e rivalizar com a região sede de inúmeras companhias de tecnologia. A intenção é fazer de Orlando um grande centro de empresas de tecnologia e finanças.

“Há mais empresas saindo da Califórnia e de Nova York”, disse Tim Giuliani, presidente do grupo Orlando Economic Partnership.

O Partnership trabalha para trabalhar para ajudar Orlando a se tornar referência em inovação e, assim, atrair novos negócios. Giuliani afirma que as pessoas desconhecem a importância do lugar para o setor de inovação, uma vez que a cidade foi fundamental na corrida espacial americana.

Até os dias de hoje o local é um centro de investimentos no segmento. A Nasa, por exemplo, realiza operações em Cabo Canaveral há mais de 70 anos. É lá também que fica o Centro Espacial Kennedy e centros do Exército, Força Aérea e Marinha norte-americanos.

Esses são alguns dos fatores que contribuíram para um fluxo migratório de empresas relacionadas à tecnologia, defesa e treinamento.

“Fizemos grandes avanços no crescimento de nossa reputação como uma cidade onde empresas e startups podem não apenas abrir, expandir e prosperar, mas também estar perto de alguns dos líderes mundiais em inovação”, afirmou o prefeito de Orlando, Buddy Dyer.

A região já atraiu diversas startups. Uma delas é a Red 6, que trabalha no desenvolvimento de um sistema de realidade aumentada tática.

Região pode atrair muitos jovens

Os empresários acreditam que Orlando pode atrair mais companhias e pessoas por um conjunto de fatores, entre eles as oportunidades de estudo e pesquisa.

 “Temos faculdades excelentes que estão no nosso quintal”, ressaltou a fundadora da plataforma Stax, Suneera Madhani.

Jason Eichenholz, CTO da Luminar Technologies, pontuou que as opções de ensino oferecem a chance das empresas “explorarem talentos”. A startup tem cerca de 400 funcionários no quadro e 60% deles estão em Orlando.

A empresa Eletronic Arts (EA) tem estúdios na cidade e, Daryl Holt, vice-presidente da companhia, alguns com mais de 850 funcionários. Muitos deles vieram de outros locais para se estabelecer na Flórida.

Essa migração, de acordo com os executivos, foi impulsionada pelo clima quente, impostos reduzidos e baixo custo de vida.

“Quem não gostaria de se mudar para a Flórida?”, questionou Suneera.

Eichenholz destacou que muitos jovens foram para a Califórnia trabalhar em companhias como o Google, Apple e Facebook, mas que, quando eles formam uma família, não é difícil convencê-los a voltar para a Flórida.

Outro ponto positivo da região é o fato de ser um ambiente “pró-negócios”. “É uma ligação entre indústria, educação e governo. Todos caminham na mesma direção”, afirmou Daryl Holt.

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