Quando falamos sobre software livre, estamos falando sobre ter a liberdade de customizar um software para que ele possa atender suas necessidades.
Abaixo, vamos abordar algumas informações principais sobre o software livre, suas diferenças com o software proprietário, seus limites e você conhecerá alguns que provavelmente você já usou.
Confira, abaixo, o material disponibilizado:
- O que é software livre?
- Conheça a história do software livre!
- O que é software proprietário?
- Quais as diferenças entre open source, software livre e software proprietário?
- Software livre é o mesmo que software gratuito?
- Quais as vantagens e desvantagens de usar softwares livres?
- 4 softwares livres que você provavelmente já usou!
- 4 dúvidas comuns sobre softwares livres!
Então, fique com a gente e aproveite a leitura!
O que é software livre?
O software livre é aquele software que pode ser baixado, copiado, executado e até mesmo modificado por pessoas usuárias sem que seja necessário solicitar a quem ele pertence.
Esse tipo de software geralmente vem acompanhado de seu código-fonte ou seu arquivo executável mais uma licença garantindo os direitos autorais da pessoa criadora do software.
É válido destacar que o software livre também é diferente de um software de domínio público.
O termo em inglês para software livre é free software, que em algumas traduções pode ser interpretado como “software gratuito”. No entanto, isso se trata de uma confusão bastante comum, já que não necessariamente um software que é gratuito é também livre e disponibilizado para todas as pessoas customizarem.
Quais as 4 liberdades essenciais de um software livre?
Para o software ser considerado livre, ele tem algumas liberdades que devem ser atendidas, sendo elas:
- Liberdade 1: Permitir que a pessoa usuária execute o software para qualquer propósito;
- Liberdade 2: Permitir que a pessoa usuária tenha livre acesso para que possa estudar e até mesmo customizar de acordo com sua preferência, atendendo às suas necessidades;
- Liberdade 3: Permitir que a pessoa usuária possa compartilhar o software para outras pessoas para que elas utilizem também;
- Liberdade 4: Permitir que a pessoa usuária possa realizar uma melhoria no software para depois entregar para outras pessoas com o intuito de que elas possam se beneficiar da melhor forma;
O que é Copyleft?
O copyleft é uma extensão das liberdades citadas acima, fazendo uma alusão e, ao mesmo tempo, uma sátira à lei de direitos autorais, o copyright. Assim como o software livre, ela permite que as pessoas tenham acesso ao conteúdo, porém citando a fonte desenvolvedora sempre que utilizarem.
O termo foi desenvolvido pelo Richard Stallman, que é o próprio ativista que criou o movimento software livre.
O que é GPL?
GPL, que significa General Public Licenses, trata-se de uma licença de software livre. É uma das maiores licenças utilizadas em projetos de softwares, tendo como propósito garantir que todos os softwares livres possam ser copiados, modificados e redistribuídos.
Além disso, a GPL também fornece às pessoas que desenvolveram o software um determinado crédito, porém modificações feitas por outras pessoas acabam não sendo da sua responsabilidade.
O que é FSF?
A FSF significa Free Software Foundation. É uma organização sem nenhum tipo de fins lucrativos que, segundo ela mesmo, se posiciona contra a existência de softwares restritos por empresas e grandes corporações, que utilizam desse poder para controlar e monitorar a atividade de pessoas usuárias. O objetivo principal é fornecer liberdade para pessoas usuárias, incentivando o desenvolvimento e o uso de softwares livres.
Um software livre pode ser comercial?
A resposta para essa pergunta é sim! Richard Matthew Stallman, criador da primeira licença copyleft, defende a regra que você pode vender um software livre!
A única diferença com a dos softwares que são vendidos por grandes corporações é que, quando ocorrer a venda de um software livre, o código não pode ser fechado.
Isso significa que a pessoa que pagou por ele deve ter direito a acessar seu código-fonte e utilizá-lo como quiser. Logo, ele defende que o software deve ser entregue com sua licença e com o código aberto, sendo assim possível realizar alterações, caso seja a intenção.
Conheça a história do software livre!
O software livre surgiu através de uma necessidade. Richard Stallman, o criador do movimento, passou por uma experiência não muito boa em relação a um produto. Ao utilizar um software de impressora, acabou encontrando uma falha. Logo, ele pensou em realizar um reparo no software para que ele pudesse continuar utilizando-o depois. Infelizmente a empresa não liberou o código-fonte.
Antes mesmo de todo esse ocorrido, Richard Stallman já não apoiava softwares proprietários (restritos somente a quem criou). Após essa sua dificuldade com o software da impressora, ele resolveu então colocar a mão na massa e criar uma forma na qual as pessoas pudessem usufruir de um software ao máximo, criando, modificando e até mesmo redistribuindo para outras pessoas.
E a partir de tudo isso surgiu a licença GPL que é uma das principais licenças voltadas para softwares livres e veio para regulamentar tal projeto.
O que é software proprietário?
Um software proprietário, inverso do software livre, não pode ser copiado, modificado e até mesmo redistribuído. Essas opções acabam sendo bloqueadas por quem criou.
Na maioria das vezes, para realizar uma customização e preparar o software para que ele possa ser usado para atender a todas nossas necessidades, é necessário realizar algumas alterações no código-fonte, porém isso não é possível realizar em um software proprietário.
Uma das maiores razões para a existência de software proprietário é a venda. Ao realizar alguma atualização, o código antigo não é disponibilizado e, na maioria das vezes, as versões com atualizações acabam não sendo compatíveis com as anteriores.
Isso força às pessoas usuárias a realizar uma nova compra do software com a versão mais recente caso queiram continuar utilizando o Software.
Quais as diferenças entre open source, software livre e software proprietário?
A definição de open source e software livre podem ser bastante parecidas, sem contar suas características, mas não, são coisas distintas. Agora vamos falar um pouco sobre cada um deles, confira abaixo:
Software Open Source
O software open source, bastante conhecido no mundo do desenvolvimento, tem como objetivo ser aberto (ou conhecido) para que outras pessoas desenvolvedoras possam contribuir para que fique cada vez melhor. No entanto, isso não significa que elas possam alterá-lo diretamente.
Por se tratar de um código aberto que está em constante evolução, muitas empresas começaram a enxergar essa prática com um olhar positivo de crescimento, pois softwares com falhas poderiam se tornar um novo produto.
Bastante importante dizer que todo software livre é considerado um open source, porém o inverso não é verdadeiro, ou seja, existem ainda alguns códigos que são abertos para visualizar porém não podem ser alterados de forma alguma.
Software livre
O Software livre, por seu termo inglês “free”, tem como objetivo proporcionar às pessoas usuárias a liberdade de copiar, de executar, de redistribuir e até mesmo modificar porém mantendo sua licença.
Assim como dito, o software livre é também open source, já que é possível visualizar o código. No entanto, ele pode ser ainda mais livre por conta da possibilidade de alteração do código-fonte e da redistribuição.
Software proprietário
O software proprietário é o inverso dos demais citados acima. São todos aqueles softwares que não disponibilizam o código fonte adquiridos por empresas e pessoas.
Sendo assim, ao obter um “software proprietário” você pode apenas utilizá-lo, ou seja, ele é criado por uma empresa ou uma pessoa, porém é apenas entregue o arquivo “fechado” executável.
Essa forma de software é bastante utilizada por algumas empresas para que possam lucrar em cima do produto. Logo, você não tem o direito de realizar nenhuma alteração no software, apenas utilizar. Alguns softwares proprietários são: Internet Explorer, Microsoft, Adobe entre outros.
Software livre é o mesmo que software gratuito?
A resposta é não! Essa pergunta pode induzir muitas pessoas a dizerem que sim por ambos se tratarem de um código aberto, mas a verdade é que softwares livres ainda podem ser comercializados.
A grande diferença é que o software livre disponibiliza seu código-fonte para que outras pessoas possam usufruir deles em seu máximo potencial. Então, você paga por ele uma vez e recebe tanto o executável quanto o código-fonte, caso você queira usá-lo para outros fins.
Os softwares gratuitos não necessariamente podem ser modificados, por exemplo, você pode baixar um software de maneira gratuita e ele vir sem acesso ao código-fonte.
Quais as vantagens e desvantagens de usar softwares livres?
O principal objetivo do software livre é deixar que os usuários realizem cópias, alterações, executá-los e até mesmo customizá-los da maneira que desejarem, sendo assim, ele também possui sua vantagem e desvantagem que vamos falar abaixo, confira algumas delas.
Algumas vantagens em utilizar os softwares livres são:
- Customização: você tem total liberdade para realizar customizações. ao utilizar a programação é possível deixar o software da maneira que desejar, além disso adicionar novas funcionalidades fazendo com que você possa ganhar mais agilidade em seu dia a dia. Um bom exemplo é o Android, que se trata de um software livre, porém as grandes empresas pegam esse código e customizam cada um para a sua marca.
- Custo-benefício: Boa parte dos software livres também são gratuitos. Uma pequena parte é paga, porém, por dar acesso ao código-fonte, ainda pode valer mais a pena que um proprietário.
- Segurança: As pessoas que adquirem esses softwares estão focadas em aperfeiçoar cada vez mais e customizar como desejam. Como se trata de um código aberto, isso permite que possamos ver cada item que está sendo instalado na máquina. As licenças estão sempre sendo verificadas e testadas pela equipe de segurança.
- Não depender de fornecedores: muitas vezes, quando adquirimos um software, ficamos dependendo de novas atualizações de softwares. Com o software livre, é possível adicionar novas funcionalidades quando desejar, além de ser possível implementar apenas as que atendem às suas necessidades.
Algumas desvantagem em utilizar os softwares livres são:
- Algumas responsabilidades legais: Por se tratar de um código em que podemos customizar do jeito que desejamos, ao passar para outras pessoas, muitas vezes gostaríamos que algumas regras, seja ela de distribuição ou de funcionalidades dentro do software, fossem atendidas. Infelizmente, nem sempre elas são seguidas como deveriam.
- Os softwares nem sempre são gratuitos: Por se tratar de um tipo de software livre é também permitido a comercialização dele.
- Manutenção de software: Por se tratar de um código no qual podem ser feitas diversas alterações, sua licença não possui um suporte técnico específico. Sendo assim, caso haja necessidade de manutenção após a customização, você não tem a quem recorrer, dependendo da ajuda de outras pessoas usuárias.
4 softwares livres que você provavelmente já usou!
Existe uma grande variedade de softwares que muitas vezes acabamos utilizando sem mesmo saber que ele é livre, muitas vezes não sabemos que temos uma certa liberdade para realizar alterações no código e até mesmo deixar ele para atender às nossas necessidades. Confira abaixo alguns softwares livres bastante utilizados.
Linux
Um dos principais softwares livres é o Linux, um sistema operacional bastante utilizado por pessoas desenvolvedoras. Ele pode ser livremente modificado e conta com uma grande comunidade que está trabalhando ativamente para constantemente melhorá-lo.
MySQL
É um software de código aberto de gerenciamento de banco de dados, também bastante utilizado por pessoas desenvolvedoras da linguagem SQL. Diferentemente dos demais, o MySQL possui uma licença paga, ou seja, para utilizá-lo é necessário antes adquirir a licença pagando um valor.
Apache
Considerado um software livre também, é um servidor de HTTP dos mais famosos do mundo com ótimas funcionalidades. A organização sem fins lucrativos, Apache Software Foundation, é proprietária da plataforma. É dito que 46% dos sites na internet são alimentados por esse servidor.
Android
Um sistema operacional para dispositivos móveis desenvolvido pela Google, bastante conhecido e utilizado pelas empresas, que padronizam o software de acordo com a marca para utilização do usuário final.
Mozilla Firefox
Um navegador bastante utilizado de código livre criado por uma comunidade de pessoas de vários lugares do mundo. Ele pode ser copiado, distribuído e até mesmo alterado sob a licença da Mozilla Public Licenses.
4 dúvidas comuns sobre softwares livres!
Software livre quer dizer que ele é grátis também?
A resposta é não! Os softwares livres podem ou não ser gratuitos. Existem softwares que mesmo com seu código aberto ainda é necessário pagar uma taxa para seu uso.
Um software livre tem e mantém seus direitos autorais?
Sim, todos os softwares livres precisam ter um copyright. No momento em que alguém vai desenvolver um software livre, a primeira coisa que deve ser feita é submetê-lo a uma licença para que seus direitos autorais possam ficar resguardados.
O que é necessário para que um software seja considerado livre?
Para que um software seja considerado livre é necessário que ele atenda algumas liberdades, como poder ser customizado, copiado, modificado e passado para outras pessoas já com a melhoria.
Um software livre pode ser vendido?
Sim, mesmo o software tendo uma licença e a maior parte deles não são cobrados, eles podem ser vendidos de forma legal. Porém, nesses casos, sua licença deve sempre ser mantida.
Além de tudo isso que apresentamos, é importante destacar que um software livre também se trata de uma grande oportunidade para os desenvolvedores e desenvolvedoras, que através de suas habilidades técnicas, podem realizar grandes modificações e até mesmo estudar pelo código-fonte do software.
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