Deseja entrar no mundo da programação como uma pessoa desenvolvedora back-end?

Então conte conosco nessa jornada, pois neste artigo abordaremos o que é uma linguagem back-end, quais as mais usadas, o que faz uma pessoa desenvolvedora na área e saberá a diferença entre o back-end e o front-end.

Fique com a gente.

Tabela de conteúdo:

O que é uma linguagem back-end?

Linguagem backend

Uma linguagem back-end permite a codificação da lógica de funcionamento de aplicações back-end ou seja que ocorre nos bastidores de um programa. É, na prática, o processamento que ocorre que o usuário não consegue ver.

Essas aplicações são pontes que conectam as ações visíveis na interface do sistema com um servidor, que permite o acesso ao banco de dados.

Desse modo, é possível listar, editar, deletar e registar novas informações. As linguagens ainda permitem criar mecanismos de segurança, que validam o acesso da pessoa usuária e verificam se ela possui permissão para efetuar as ações que deseja. 

Qual a importância da linguagem back-end para a tecnologia?

As linguagens back-end permitem a construção de códigos para realizar a comunicação cliente-servidor, através da criação de APIs. Nesse sentido, o cliente poderia ser uma aplicação web, mobile ou desktop.

Já o servidor seria o responsável por armazenar o banco de dados com as informações do sistema. A grande vantagem de se construir APIs é o reuso do código e a facilidade de manutenção, uma vez que back-end e front-end estão separados.   

O que faz um desenvolvedor back-end?

Uma pessoa desenvolvedora back-end é responsável por implementar as regras de negócio de uma aplicação. Isto é, criar as funcionalidades necessárias para que a interface do sistema possa se comunicar com uma base de dados. Isso é possível através de uma linguagem back-end, que permite codificar a lógica.  

Nesse cenário, é realizada uma conexão entre a aplicação e um servidor. Assim, o sistema poderá se comunicar com o banco de dados. Cabe também à pessoa desenvolvedora back-end zelar pela segurança da aplicação e de seus dados

Quais as 7 linguagens back-end mais usadas para programar?

Linguagens de baixo nível

As linguagens de baixo nível são aquelas interpretadas por máquinas. Nesse sentido, todas as instruções estão no formato binário, ou seja, zeros e uns

1. Linguagem Assembly

Assembly linguagem backend

Assembly é uma linguagem que se comunica diretamente com a máquina por meio de zeros e uns. Para que o entendimento humano e a programação nesta linguagem sejam possíveis, é utilizado um conjunto de símbolos, chamados de mnemônicos, como “ADD” de adicionar e “MOV” de mover. 

Características e vantagens
  • Performance: a linguagem possui tamanho reduzido por utilizar bits em sua construção. Além disso, é recomendável para a construção de ações em que o tempo é um fator impactante, pois a execução da linguagem é rápida;
  • Criação de funções complexas: Assembly pode ser utilizado para desenvolver funcionalidades complexas, que dificilmente seriam possíveis em linguagens de alto nível.
Limitações de uso

Assembly não é uma linguagem simples. Por isso, programar com ela pode demandar tempo. Além disso, como ela interage diretamente com a máquina, é necessário ter conhecimento dos componentes de hardware que o computador possui e suas limitações.

Principais aplicações

Assembly ainda é utilizado para fazer com que aplicações se comuniquem com o hardware e para executar funcionalidades específicas em uma máquina.

Linguagens de nível intermediário

São linguagens que possuem afinidade com o hardware, mas que também facilitam o entendimento do código por parte da pessoa programadora. 

2. Linguagem C

Exemplo de código C

C é uma linguagem usada na criação de sistemas operacionais e aplicações back-end.

Características e vantagens
  • Portabilidade: C é uma linguagem portátil, isso significa que pode ser executada em vários sistemas operacionais;
  • Proximidade ao hardware: por ser uma linguagem back-end de nível intermediário, o C permite o acesso a recursos da máquina, como o processador;
  • Modular: a linguagem utiliza módulos, o que significa que o que você escrever em uma determinada função não afetará outro bloco do programa.
Limitações de uso

A linguagem C não oferece muito suporte a conexão com redes e não apresenta recursos avançados de segurança.

Principais aplicações

A linguagem está presente em diversos sistemas, principalmente sistemas operacionais e softwares desktop. 

3. Linguagem C++

Exemplo de código C++

Trata-se de uma linguagem back-end que tem como base o C, mas com recursos aprimorados. Além de ser orientada a objetos, é uma linguagem que permite acesso ao hardware e é utilizada na construção de sistemas back-end, sistemas operacionais, bancos de dados, jogos e outros.

Características e vantagens
  • Portabilidade: assim como o C, o C++ pode ser executado em diferentes plataformas;
  • Gerenciamento de memória: é uma linguagem mais eficiente, pois permite o gerenciamento de alocação de memória da máquina;
  • Orientação a objetos: este aspecto permite a construção de código padronizado e conciso.
Limitações de uso

Apesar de conceder acesso ao hardware e este ser um ponto positivo do C++, este aspecto também pode ser explorado por agentes maliciosos, abrindo brechas de segurança na máquina. 

Principais aplicações

A linguagem C++ é usada para a construção de sistemas operacionais, jogos, aplicações back-end e mais.

Linguagens de alto nível

São linguagens mais próximas do entendimento humano. Para que uma máquina possa compreender essas linguagens é necessário fazer uso de um compilador, que traduzirá a linguagem de alto nível para a de baixo nível. 

4. Linguagem JavaScript

Exemplo JavaScript

O JavaScript surgiu com a função de trazer interatividade aos elementos de uma página web. Entretanto, com o passar do tempo e com o ganho de popularidade, a linguagem adquiriu novas funções. 

Assim, o JavaScript passou a atuar não só do lado do cliente, em navegadores, mas também do servidor. Graças ao Node Js e Express Js é possível criar código back-end, permitindo a consulta de bancos de dados e a criação de APIs.

Características e vantagens
  • Rapidez: o JavaScript é uma linguagem que pode ser usada no front-end e no back-end, permitindo um desenvolvimento mais rápido de aplicações;
  • Aplicações híbridas: a linguagem permite que não só o back-end seja construído com JS, mas também aplicações web e mobile;
  • Redução de custos: graças à flexibilidade da linguagem, os custos com a contratação de pessoas é reduzido, uma vez que não é necessário conhecer linguagens diferentes para trabalhar na construção das interfaces e implementação das regras de negócio;
Limitações de uso

O JavaScript oferece muita flexibilidade na construção do código. Desse modo, o padrão de desenvolvimento da aplicação pode se tornar confuso. 

Principais aplicações

O JavaScript pode ser aplicado na construção de aplicações back-end, web e mobile híbrida. Para isso existem diversos frameworks e bibliotecas, como o React JS, Angular, Vue e React Native. 

5. Linguagem PHP

Exemplo PHP linguagem back-end

Trata-se de uma linguagem com tempo de mercado. Além de ser orientada a objetos, ela também permite uma fácil conexão com diversos banco de dados e ainda possibilita a integração com HTML e CSS.

Características e vantagens
  • Suporte: o PHP possui uma grande comunidade de pessoas usuárias, além de fóruns e sites que ajudam a sanar dúvidas;
  • MVC: model-view-controller (MVC) é uma arquitetura que auxilia no desenvolvimento, separando as responsabilidades do código em interface, controlador (intermediário entre a view e o model) e modelo (objeto ou dado); 
Limitações de uso

O PHP não conta com recursos mais modernos e infraestrutura de segurança se comparado a linguagens mais modernas, como o Ruby. Além disso, o mal uso da linguagem pode induzir a erros no código.

Principais aplicações

O PHP é utilizado principalmente para a criação de aplicações back-end, mas também permite a incorporação de HTML e CSS, para a criação de sistemas web. 

6. Linguagem Ruby

Ruby linguagem back-end

Ruby é uma linguagem que surgiu na década de 90. Ela é utilizada para o desenvolvimento de aplicações back-end e web

Características e vantagens
  • Bibliotecas: Ruby é uma linguagem que possui muitos recursos nativos e também uma vasta biblioteca de terceiros para ser utilizada;
  • Recursos para testes: o Ruby possui afinidade com recursos para a criação de testes automatizados;
  • Facilidade de uso: é uma linguagem com uma sintaxe de aprendizado rápido, isso faz com que o Ruby seja muito utilizado para a criação de protótipos, mais simplificados e rápidos de se desenvolver.
Limitações de uso

O Ruby, se comparado a outra linguagem back-end, é novo no mercado. Isso faz com que a comunidade de pessoas envolvidas na resolução de problemas e dúvidas seja menor, não havendo assim tanto suporte.

Principais aplicações

Ruby pode ser usado na construção de aplicações back-end e web, com o auxílio do framework Ruby on Rails.

7. Linguagem Python

Exemplo Python linguagem back-end

Python é uma linguagem moderna e vem ganhando o gosto do mercado. Além de ser utilizada no back-end, ela também pode ser aplicada na análise de dados, aprendizado de máquina e desenvolvimento web.

Características e vantagens
  • Fácil de aprender: Python é uma linguagem que possui uma sintaxe bastante legível. Isso faz com que seja simples de aprender e recomendável para pessoas iniciantes;
  • Bibliotecas: trata-se de uma linguagem com vários recursos de terceiros disponíveis para serem utilizados;
  • Recursos de Internet das Coisas (IoT): o Python permite também a construção de hardwares.
Limitações de uso

Apesar da vasta quantidade de bibliotecas para serem utilizadas, o Python também é um grande dependente delas. Por isso, para um uso mais avançado da linguagem, será necessário ficar à mercê delas.

Principais aplicações

O Python pode ser implementado em aplicações back-end, web, análise de dados, aprendizado de máquina e internet das coisas.

Quais as diferenças entre as linguagens front-end e back-end?

O front-end é a área responsável pela construção da parte visual do sistema. Isto é, das telas e elementos que a pessoa usuária utilizará para navegar e interagir com a aplicação. É também responsabilidade do front-end zelar por uma boa experiência de uso e por recursos de acessibilidade.

O back-end, por sua vez, cuida da interação entre a aplicação e o servidor. Nesse cenário, estão as consultas a banco de dados, listagem de informações, registro e atualização de novos dados e implementação das demais regras de negócio que envolvem o funcionamento do sistema.

Vale a pena aprender a programar em back-end?

Ao aprender uma linguagem back-end você não só terá contato com a área de programação, mas também vai adquirir conhecimento sobre segurança da informação, banco de dados e entendimento sobre o contexto do negócio que envolve o sistema. 

Isso se deve ao fato de estar em contato direto com as regras de negócio que serão implementadas para que o sistema funcione. Outro ponto positivo é que você poderá atuar não só como pessoa desenvolvedora back-end, mas também como full-stack se possuir noções de front-end.   

Neste artigo, aprendemos mais sobre as linguagens back-end, que nada mais são do que diversas linguagens que podem ser usadas para a construção de aplicações back-end. 

Também vimos as responsabilidades de uma pessoa desenvolvedora back-end, que se trata da implementação das regras de negócio que farão o sistema funcionar e realizar a comunicação entre a interface e um servidor. Outro ponto citado foi a diferença entre front-end e back-end. 

Se você quiser aprender mais sobre o que faz uma pessoa da área de TI, confira este artigo da Trybe sobre o assunto.

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