Usuários de internet que buscam por segurança ao navegar às vezes encontram nos VPNs uma solução para suas aflições, afinal um VPN pode apagar seus rastros e dificultar que invasores cheguem até você.

A sigla, que traduzida (do inglês) significa Rede Privada Virtual, cria uma conexão privada e criptografada, prezando pela privacidade de quem usa.

Um meio tradicional de adquirir o tal VPN é por assinatura de um serviço dedicado. Porém, com o passar do tempo, a confiabilidade destes VPNs começou a cair e outras metodologias foram adotadas por quem estava mais interessado. É aí que entra a criação do seu próprio VPN.

Os problemas com VPNs convencionais

O Nord VPN, por exemplo, um dos populares do segmento (e um dos que mais possui parcerias com influenciadores digitais e youtubers) foi hackeado em 2018 e escondeu esta informação de seus assinantes até ser descoberto no ano seguinte. 

Já o LimeVPN, serviço que hoje custa um dólar ao mês, teve em julho deste ano um vazamento gigantesco de informações e 69 mil de seus assinantes tiveram seus dados vendidos na deep web.

Existe inclusive o caso de aplicativos de VPN falsos na Google Play Store, que na verdade eram hackers iranianos camuflados. Por estes e outros motivos, chegou a conhecimento público que nem mesmo os donos de um VPN pago estariam salvos de invasores. Logo, certas pessoas optam por criar o próprio VPN.

Como funciona a criação de um VPN?

Uma publicação do The New York Times explica, com base na ferramenta Algo VPN, que o trabalho pode ser bem simples e, melhor, sem pesar no bolso: é automático e gratuito.

extensos tutoriais (em inglês) de como o Algo funciona, mas resolvemos poupar seu tempo, caso você só queira entender o básico: em suma, a ferramenta cria um VPN na nuvem e é como se existisse um túnel virtual entre servidores externos e o usuário. 

Um mão segurando um smartphone com a tela de um VPN.
Com o seu VPN você pode ter seus dados criptografados de quem não deveria ter acesso a isso, como invasores que interceptem você e seu provedor de internet.

O serviço de VPN então é localizado em um serviço online, como o provedor da Amazon (respeitado e, ao que o NYT informa, “confiável”) e basta inserir comandos, instalando certos arquivos no computador. O processo leva cerca de uma hora e o seu VPN já é gerado. 

O que é possível fazer com meu VPN?

Com o seu VPN você pode ter seus dados criptografados de quem não deveria ter acesso a isso, como invasores que interceptem você e seu provedor de internet, ou alguém que tenha acesso à internet da sua casa, em uma conexão Wi-Fi insegura.

Outro cenário de usos de um VPN é para acessar conteúdo multimídia de outros países, como os serviços de streaming Disney Plus e a Netflix, com o catálogo internacional à sua disposição. Certos streamings propositalmente bloqueiam que isso aconteça, mas a depender da plataforma em questão, basta acessar sua conta do Brasil e ativar o VPN dos EUA, por exemplo.

Eu preciso de um VPN?

Se você for um usuário “seguro” comum de internet, que acessa redes sociais populares, não clica em e-mails/links suspeitos, joga videogames não-pirateados e paga por seus serviços de streaming, a resposta é provavelmente não

De acordo com o W3Techs, compilador de dados sobre tecnologias da internet, cerca de 95% dos 1.000 sites mais acessados possuem criptografia HTTPS, que é aquele símbolo de cadeado pequeno ao lado da sua barra de pesquisa. Quando o cadeado está aberto, é porque ele não é seguro – em termos bem diretos.

Por isso, ter um VPN não é tão essencial, nem dentre quem acessa a internet dentro de redes compartilhadas, como uma cafeteria, restaurante, shopping ou aeroporto. Mesmo assim, todo cuidado é pouco. Para remediar, vale a pena testar um dos VPNs disponíveis, ou criar o seu próprio.

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