Você sabe o que é uma API? Entre aqueles pequenos elementos que fazem um software funcionar, as APIs estão entre os mais importantes. Com elas, a pessoa que faz uso de um sistema pode acessar recursos avançados, além de enviar e receber dados com muito mais segurança.

Se você pretende trabalhar na área de tecnologia, conhecer as APIs é um passo básico para a sua formação. Afinal, analistas de dados e pessoas que trabalham com o desenvolvimento de aplicativos precisam das APIs para desemprenharem sua atividade de forma eficaz. Até mesmo quem utiliza bancos de dados conta com o apoio de APIs no seu dia a dia.

Para ajudar a entender mais o papel estratégico das APIs, preparamos o texto a seguir com tópicos como:

  • O que é API?
  • Como funciona uma API?
  • Quais as vantagens de usar a integração API?
  • Quais são os principais exemplos de API na prática?

Continue a leitura e veja como elas podem ser utilizadas!

O que é API?

A sigla API significa Application Programming Interface (ou Interface de Programação de Aplicações, em uma tradução livre). O termo designa todas as interfaces computacionais utilizadas para a coleta, o envio e a troca de informações entre diferentes programas e equipamentos. Por isso, elas são fundamentais para o uso de smartphones, tablets e qualquer outra tecnologia.

Como funciona uma API?

Elas funcionam como pequenas tradutoras dentro de sistemas tecnológicos. Com elas, qualquer pessoa pode criar um programa capaz de pedir ao sistema operacional acesso aos recursos de hardware de um aparelho utilizando o mesmo padrão. Isso torna a vida de pessoas da área de TI muito mais simples.

Quem atua em programação, por exemplo, não precisa ter conhecimentos sobre programação de baixo nível, aquela que é utilizada para criar processadores, para saber o que é necessário para criar comunicação com o hardware do aparelho do usuário ou usuária. Basta ter o comando da API do sistema operacional necessário para fazer essa ação. Assim, o sistema poderá controlar toda a operação e entregar o resultado de um modo simples e prático.

As APIs se dividem em três tipos:

  • as que permitem apenas o envio de dados para um sistema ou aparelho;
  • as que permitem apenas o acesso a um tipo de dado;
  • aquelas que fazem o acesso e o envio de informações conforme a demanda do usuário.

A divisão entre os tipos de APIs também pode ser feita em relação ao seu tipo de acesso:

  • algumas APIs são públicas, ou seja, podem ser acessadas por qualquer pessoa;
  • outras APIs são privadas, o que limita seu uso apenas para pessoas autorizadas.

O Twitter, por exemplo, tem uma API pública. Ela facilitou a criação de um ecossistema de aplicativos em torno da rede social. Hoje, qualquer pessoa pode ler a documentação da API e criar o seu próprio aplicativo para ver, enviar e compartilhar tweets.

Já o Instagram restringe boa parte das suas APIs para uso privado. Isso dá para a rede maior controle sobre como seus dados são utilizados. Justamente por isso não há um ecossistema de apps tão grande quanto o do Twitter.

Quais as vantagens de usar essa integração?

Utilizar uma API pode trazer grandes benefícios para quem trabalha na área. Não é errado afirmar, aliás, que são essenciais para o desenvolvimento de soluções modernas e inovadoras. Vamos tomar como exemplo a criação e a distribuição de sistemas de gestão integrada, os chamados ERPs.

Investindo em APIs, as pessoas responsáveis pela criação do ERP poderão tornar a aplicação muito mais flexível. O sistema será capaz de centralizar um número maior de dados. Além disso, ele poderá ser mais ou menos personalizado conforme as demandas dos usuários.

Se alguém desejar fazer uma análise de informações internas com o apoio do Business Intelligence ou do Big Data, por exemplo, bastará verificar a documentação em busca das APIs de compartilhamento de dados. Assim, o processo de análise será feito com informações mais robustas, precisas e atualizadas.

Personalizar o software com plugins e extensões também será fácil. Basta ler a documentação para identificar como as APIs devem ser configuradas. Dessa maneira, o ERP poderá incorporar novas funcionalidades e atender com mais abrangência as demandas da empresa.

Em outras palavras, as APIs facilitam a criação ágil e rápida de soluções de TI. Elas também tornam a integração dos aplicativos no dia a dia mais flexível e abrangente: muito dificilmente alguém deixará de utilizar uma solução por ela não ser completamente compatível com sua infraestrutura se as APIs forem corretamente documentadas.

Quais são os principais exemplos de API na prática?

Para ajudar a entender melhor como são as APIs, vamos demonstrar como algumas funcionam. Entre os principais exemplos de APIs existentes, podemos apontar as que seguem.

APIs de integração

Permitem que aplicativos trabalhem em conjunto, mesmo que suas bases ou fornecedores sejam diferentes. São elas que possibilitam, por exemplo, que diferentes sistemas de pagamento conversem entre si sem problemas. Como os comandos são padronizados, aplicativos mobile, máquinas de cartão e plataformas de vendas podem processar dados de pagamento com precisão e toda a segurança necessária.

APIs de leitura e modificação de dados

São utilizadas por nós diariamente. Sempre que você abre um arquivo em um editor de texto ou visualiza uma imagem, isso é feito com o apoio desses tipos de APIs. Elas informam ao sistema operacional o desejo do software de ter acesso a um determinado conteúdo e, a depender dos privilégios de leitura e escrita do aplicativo e do usuário ou usuária, a ação é executada.

APIs de integração com hardware

Esse é um tipo de API fundamental para quem trabalha com o desenvolvimento de aplicativos mobile. O acesso a recursos como os sensores de localização e a câmera só é possível porque o iOS e o Android contêm uma API própria para essa funcionalidade. Desse modo, quem produz soluções para tais plataformas pode utilizar um único comando para ter acesso a tais recursos.

Como vimos, as APIs são fundamentais para qualquer pessoa criar soluções tecnológicas funcionais. Graças a elas, profissionais que trabalham com tecnologia podem desenvolver ferramentas mais flexíveis e personalizadas.

Por isso, se você trabalha ou quer trabalhar com tecnologia, não deixe de saber como uma API funciona e os fundamentos de cada uma. Elas não devem ser tratadas como algo que será útil apenas para pessoas que trabalham com desenvolvimento de sistemas, muito pelo contrário: de programadores(as) a analistas de dados, todas as pessoas podem se beneficiar dessas interfaces.

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