Já faz um tempo que a inteligência artificial deixou de ser um conceito futurista para estar cada vez mais presente na rotina, não apenas das empresas, mas do próprio usuário final. À medida que novas aplicações da tecnologia vão sendo testadas e comercializadas, a expectativa é que os investimentos na área também aumentem. 

A International Data Corporation (IDC), especialista em inteligência de mercado, prevê que as organizações dos Estados Unidos vão gastar cerca de US$ 120 bilhões por ano em sistemas de inteligência artificial até o ano de 2025.

Caso o valor estimado esteja realmente correto, isso significa que os investimentos vão crescer a uma taxa composta de 26% ao ano de 2021 até 2025. 

Desde 2019, os EUA ocupam a primeira posição no ranking de países que mais gastam com inteligência artificial, e as previsões do IDC indicam que essa liderança deve permanecer nos próximos anos, contabilizando mais da metade de todo o dinheiro investido mundialmente.

Principais investidores e casos de uso

Em relação às indústrias que vão impulsionar esse crescimento, o relatório do IDC aponta que o varejo concentrará os maiores investimentos em inteligência artificial. 

Aglomerado de prédios de bancos.
O segundo maior investidor será o setor bancário, sendo que as principais aplicações incluem melhorar o atendimento ao consumidor.

Ainda de acordo com o estudo, cerca de 40% dos gastos da indústria na tecnologia serão focados em agentes de serviço ao consumidor ampliados e consultores especialistas em compras e recomendações de produtos.

O segundo maior investidor será o setor bancário, sendo que as principais aplicações incluem melhorar o atendimento ao consumidor, por meio de consultores e sistemas de recomendação, análise e investigações de fraudes, e aprimorar a segurança através de sistemas de prevenção de ameaças alimentados por inteligência artificial. 

Para o estudo, o IDC analisou 30 casos de uso da inteligência artificial, concluindo que os agentes de atendimento ao consumidor ampliados – ou seja, funcionários que trabalham no atendimento ao consumidor e que utilizam IA para aumentar a produtividade – e a recomendação e ampliação de processos de vendas serão responsáveis por 20% de todos os gastos com a tecnologia nos EUA em 2025. 

Outras áreas que devem apostar cada vez mais em inteligência artificial nos próximos anos incluem “segurança pública e respostas a emergências” e “processamento ampliado de solicitações”. A expectativa nesses casos é que a taxa composta anual de crescimento ultrapasse os 30%.

Computação em nuvem

Segundo análise do IDC, o cenário futuro indica que empresas mais antigas podem enfrentar dificuldades em acompanhar essa tendência do mercado, enquanto que os novos negócios poderão se beneficiar de muitas oportunidades, visto que eles são mais receptivos a mudanças e à inovação. 

As previsões vão ao encontro de uma série de fatores que caracterizam o cenário atual, como a digitalização acelerada do varejo devido à pandemia, ataques à cadeia de fornecimento de softwares, um aumento dos incidentes de hackeamento e ransomware apoiados por governos e a migração para nuvem híbrida, que geralmente inclui uma combinação dos serviços da AWS, Azure e Google.

Alguns sinais iniciais das tendências previstas no relatório também já podem ser observadas, sendo que o ano passado registrou um recorde de investimentos em startups de inteligência artificial. 

Além disso, gigantes como Google e Microsoft anunciaram aquisições estratégicas, com o intuito de aprimorar suas capacidades de automação em cibersegurança para clientes multicloud.

Os serviços de computação em nuvem parecem exercer um papel importante. De acordo com um relatório da empresa de consultoria McKinsey, 64% das organizações que obtêm os maiores retornos sobre os investimentos em IA utilizam a tecnologia cloud.

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