O cloud computing surgiu como um dos conceitos líderes para empresas enquanto inovação tecnológica.

Não é à toa que esse tipo de solução tecnológica está em ascensão.

Em um simples passo é possível realizar atividades que, até então, demandavam tempo e procedimentos mais complexos.

Se tanto falam no cloud computing, afinal por que investir nessa tecnologia?

Confira este artigo, nele explicaremos os principais pontos que devemos saber:

O que é cloud computing?

Esquema ilustrando Cloud Computing

A internet foi criada na década 1960, mas foi somente a partir dos anos 90 que empresas passaram a enxergá-la como diferencial competitivo e estratégico. Foi nesse momento que surgiu a ASP (Active Server Pages), um provedor de serviços para otimizar negócios.

Apesar de não ser diretamente a cloud computing (computação em nuvem), a ASP foi o pontapé inicial para as tecnologias que temos hoje. Ela utiliza a internet e os servidores para hospedar e gerenciar todo tipo de informação possível, sendo recursos, softwares e dados.

A ideia da tecnologia em nuvem é que possamos acessar informações em qualquer lugar, afinal, seu conteúdo está em uma malha de comunicação, totalmente virtual. Assim, é possível utilizar ferramentas sem necessidade de instalá-las e compartilhar informações em tempo real, de modo integrado e com maior segurança com diversas pessoas.

Conheça a história e saiba como surgiu o cloud computing!

O conceito de cloud computing tem origem nos anos 1960. Na época, a ideia de uma tecnologia em nuvem foi referenciada pela primeira por John McCarthy, um cientista da computação, durante uma palestra.

No evento, McCarthy explanou sobre a computação por tempo compartilhado (time-sharing). Seu modelo pretendia permitir o uso simultâneo dos recursos de um computador por uma ou mais pessoas. Assim, o tempo de realização de uma tarefa seria reduzido, em virtude da disponibilidade do recurso. 

Algum tempo depois, o conceito seria incorporado pela ARPHANET (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada), órgão responsável pela criação da internet, a rede que possibilitou o compartilhamento de informações entre máquinas situadas em diferentes locais.

Já em meados dos anos 90, o termo “computação em nuvem” passou a ser utilizado oficialmente, pela primeira vez, para se referir ao novo modelo. A origem do nome deriva dos desenhos de nuvens, usados pelas operadoras de telefonia, para se referir a algo fora do alcance de um espaço físico. 

Entretanto, foi apenas nos anos 2000 que a computação em nuvem começou a ganhar maior popularidade e ser difundida comercialmente. Nessa época, empresas como a Amazon e Microsoft passaram a oferecer serviços de armazenamento e aplicações remotas. 

em 2007, a Netflix surge com seu serviço de streaming, trazendo novas perspectivas para a área. Atualmente, a computação em nuvem não só serve para o armazenamento de informações, mas também para análise de dados, implementação de aprendizado de máquina e outros recursos.

Onde fica a nuvem e os arquivos?

Apesar do nome, a computação em nuvem não se trata de dados que ficam suspensos no ar, sobre nossas cabeças. O termo, na verdade, se refere a uma rede de servidores responsáveis por armazenar informações ao redor do mundo.

Uma empresa que oferece serviços em nuvem, como a Amazon, Google e Microsoft, podem ter diversos servidores espalhados pelo globo. Desse modo, quando você envia um arquivo para o Google Drive, por exemplo, os seus dados podem estar armazenados em algum servidor no Japão, EUA ou outro país.

Mas o que determina onde cada servidor será posicionado? Para tomar essa decisão, as empresas levam vários aspectos em consideração. O primeiro deles é o custo com impostos, que pode variar para mais ou para menos dependendo do país. 

Outro ponto importante é o custo com manutenção e refrigeração. Países com temperaturas mais amenas possuem preferência. Por fim, a latência também conta, isto é, a velocidade de resposta com que um dispositivo se conecta a um servidor através da internet. Servidores mais próximos aos dispositivos solicitantes possuem uma resposta mais rápida.

Atualmente, o país que mais possui servidores em seus domínios é a Irlanda, por conta do baixo custo com impostos. Em seguida, estão os EUA, em virtude do grande número de empresas da área no país. O Brasil também possui uma grande quantidade de servidores, servindo como pólo para a América Latina. Já no oriente estão o Japão, Singapura e China.

Com a chegada de leis sobre a proteção de dados das pessoas usuárias, a tendência é que essa distribuição mude com o tempo. Isso se dá em virtude da legislação exigir que empresas locais armazenem os dados dos cidadãos em servidores locais ou em países com leis semelhantes.

Como funciona o cloud computing?

Para algumas pessoas, o cloud computing pode até parecer algo muito distante, ficando restrito apenas ao uso de empresas e organizações. Todavia, na realidade, ele faz parte do nosso cotidiano, estando presente em dispositivos móveis, tablets e notebooks são equipamentos que são baseados nessa tecnologia!

Essa flexibilização proporcionado pela tecnologia, permite que várias pessoas tenham acesso aos dados ao mesmo tempo, desde que tenham liberação para isso.

Quais são os 5 tipos de nuvem?

Atualmente, podemos contar com cinco tipos diferentes de serviços em nuvem: a nuvem pública, privada, híbrida (mistura dos dois tipos iniciais), comunitária e multicloud. Antes de realizar uma escolha, é importante verificar as necessidades tecnológicas do negócio. Vejamos, a seguir, as diferenças entre esses serviços:

Nuvem pública

Além de ser o tipo mais comum e popular, também é a opção para empresas que buscam economizar seus investimentos. Os servidores são fornecidos por terceiros e facilitam o acesso para qualquer pessoa que tenha interesse.

O usuário do servidor será responsável por submeter os arquivos dentro da nuvem. Já os servidores da nuvem ficam com a manutenção dele, garantindo o funcionamento e a segurança do mesmo.

Nuvem privada

Esse cenário já é o oposto do anterior. A solução tecnológica é disponibilizada para pessoas específicas e que terão acesso ao cloud computing. No caso da nuvem privada, o grande benefício é a personalização de acordo com a necessidade.

Na maioria das vezes, o uso da nuvem privada é ocasionado em locais que precisam seguir regras e procedimentos específicos sobre segurança da informação, que é um tema importante quando falamos de cloud computing.

Nuvem híbrida

A nuvem híbrida é quando podemos escolher em determinados momentos o que pode ou não ser compartilhado publicamente. É mais comum que o tipo privado, pois permite flexibilizar a liberação de informação, variando de acordo com a necessidade das pessoas usuárias.

Nuvem Comunitária

A nuvem comunitária, como o nome sugere, é compartilhada por diferentes empresas e organizações. Assim, diversos recursos podem ser reunidos em um único local, a fim de resolver questões comuns a todas as envolvidas.

Multicloud

O multicloud se refere ao uso simultâneo de um ou mais serviços em nuvem, que podem ou não pertencer ao mesmo provedor. Isso permite uma gama de recursos muito maior em relação ao uso de um único serviço. Por outro lado, gerenciar dois serviços diferentes pode ser trabalhoso.

Quais os principais modelos de serviços da cloud computing?

Softwares, plataformas e infraestruturas como serviço se tornaram um conceito popular, principalmente por proporcionar acesso a um maior número de recursos a um custo razoável. Comumente, estes serviços podem ser utilizados de modo complementar, mas cada um possui características próprias. Vejamos, a seguir, quais são elas.

SaaS (Software como serviço)

Os SaaS são softwares executados na nuvem, geralmente acessados através de um navegador de internet ou sistema integrado ao dispositivo. São exemplos de SaaS o Google Docs e Planilhas.

Nesse tipo de serviço, a pessoa usuária paga uma assinatura anual ou de acordo com o uso da aplicação. Além de contar com atualizações automáticas, os SaaS também oferecem sistemas de backup, garantindo maior segurança às informações.

PaaS (Plataforma como serviço)

As plataformas como serviço disponibilizam recursos para o desenvolvimento de software. Em geral, as PaaS oferecem soluções completas de hardware, infraestrutura, ferramentas e bancos de dados, bastando a pessoa usuária selecionar qual deseja implementar.

Nesse tipo de serviço, toda a infraestrutura é construída ao redor de contêineres de virtualização, como Docker e Kubernetes. Assim, o sistema operacional necessário é virtualizado e a aplicação pode ser distribuída para as demais plataformas. 

IaaS (Infraestrutura como serviço)

As IaaS oferecem acesso a computação em nuvem sob demanda. Assim, é possível obter acesso a servidores, redes e armazenamento pagando pelo uso e através da internet. Por se tratar de um serviço sob demanda, é possível visualizar os custos de acordo com os recursos em uso e assim gerenciá-los melhor.

Qual a utilidade do Cloud Computing ?

Segundo Leonardo Araújo, presidente da Dell na América Latina, o principal objetivo da cloud computing é democratizar o acesso de informações e garantir a boa usabilidade das pessoas nos dispositivos tecnológicos. Quando olhamos para os impactos financeiros de servidores físicos e suas manutenções, hardwares e outros equipamentos, essa tecnologia vem para solucionar tais problemas.

Além disso, a cloud computing permite que as empresas sejam mais estratégicas e colaborativas, uma vez que todos têm acesso a informações e ferramentas que são essenciais para tomada de decisões dos negócios.

Quais as diferenças entre cloud computing e virtualização?

A virtualização se trata de uma tecnologia em que se é possível simular diferentes ambientes, como um sistema operacional específico, utilizando um único hardware. Para isso, a virtualização utiliza um software chamado hipervisor, responsável por gerenciar os recursos disponíveis no hardware. O ambiente simulado é denominado de máquina virtual.

Já a computação em nuvem visa reunir, em um único local, diferentes recursos relacionados à infraestrutura e armazenamento sob demanda. Para que a computação em nuvem funcione, é preciso um sistema de gerenciamento e automação, além de uma plataforma onde a pessoa usuária poderá selecionar os recursos que serão utilizados.

Apesar das diferenças, a virtualização pode viabilizar serviços de computação em nuvem, afinal, esse serviço também precisa ser executado em um sistema. Dessa forma, é possível criar máquinas virtuais que executam serviços em nuvem.

O que é armazenamento em nuvem?

O armazenamento em nuvem se trata de um serviço em que se é possível guardar arquivos, sejam eles imagens, vídeos, áudios, documentos e mais, em um servidor remoto. Assim, não há necessidade de adquirir hardwares mais robustos para aumentar o espaço e só é necessário pagar pelo que está sendo utilizado.

A nuvem também permite a flexibilidade de acesso aos dados armazenados. Atualmente, o mercado oferece diferentes serviços, variando entre valor pago pelo espaço armazenado, limite gratuito e integração com outras ferramentas. Vejamos algumas delas:  

Quais são os 5 melhores serviços de armazenamento em nuvem?

iCloud 

Icloud é o sistema de armazenamento da Apple. Além de arquivos, o serviço também permite a sincronia de informações entre dispositivos conectados. O iCloud está disponível para Windows, macOS e iOS. Seu acesso pode ser realizado a partir de um Apple ID, isto é, uma conta cadastrada nos serviços Apple. O iCloud disponibiliza 5 GB de armazenamento grátis, após isso é necessário pagar por mais espaço.

Google drive 

O Google Drive é o sistema de armazenamento de arquivos do Google. Trata-se de um sistema simples, que conta com sincronização em desktops e pode ser acessado tanto em um navegador de internet quanto em dispositivos Android e iOS. 

Para utilizar esse serviço é preciso ter uma conta de gmail válida. Além do armazenamento, o Drive também conta com integração a outros serviços do Google, como Docs, Planilhas, entre outros. No Google Drive, os primeiros 15 GB de armazenamento são gratuitos, após isso é necessário adquirir mais espaço a partir de R$ 6,99 por mês

OneDrive

O OneDrive é o sistema de armazenamento desenvolvido pela Microsoft. Semelhante ao Google Drive, ele pode ser acessado a partir de navegadores, dispositivos móveis e conta com sincronização em desktops. O seu diferencial é a integração com as ferramentas do Office 365. Entretanto, seu espaço de armazenamento gratuito é bastante limitado, sendo de 5 GB, após isso é necessário adquirir um plano.        

DropBox

O DropBox é um serviço independente de armazenamento de arquivos em nuvem. Seu limite gratuito de espaço é de 2 GB e pode ser utilizado tanto em desktops, navegadores e dispositivos móveis. Esse serviço pode ser interessante para quem deseja limite indefinido de espaço por um baixo custo.

Amazon Cloud Drive

O Amazon Drive é o sistema de armazenamento da Amazon. Assim como os anteriores, é possível armazenar diversos arquivos e acessá-los em diferentes plataformas. O limite gratuito de armazenamento é de 5 GB, após isso é possível adquirir até 30 TB de espaço por 59,99 dólares ao ano.  

Como salvar arquivos na nuvem? 

Neste tutorial, vamos demonstrar como armazenar arquivos no Google Drive, o serviço de armazenamento em nuvem do Google. Para fazer isto, basta possuir uma conta de gmail válida. Uma vez logado em sua conta, pesquise no navegador por Google Drive e clique no link para acessar a plataforma.

Estando na página, clique em “Acessar Drive”. Como já estamos logados, a plataforma nos direciona para a página inicial do drive. Nessa página, podemos criar uma pasta para armazenar nossos arquivos, fazer upload de um arquivo ou pasta já existentes, acessar outros recursos do Google, como o Docs e Planilhas, além de compartilhar arquivos com outras pessoas

Página principal do Google Drive armazenamento em nuvem

Em nosso exemplo, vamos realizar o upload de um arquivo. Para isso, basta acessar seu explorador de arquivos, selecionar o arquivo desejado e arrastar até o drive. Logo em seguida, o upload será iniciado e você poderá visualizar o status do procedimento, isto é, quanto tempo levará até que o upload seja finalizado. 

Upload de arquivo Cloud Computing

Após concluído o upload, o arquivo armazenado será listado em seu drive, como a imagem abaixo:

Arquivo armazenado em nuvem

Vantagens e desvantagens da cloud computing?

Assim como qualquer tecnologia, a computação em nuvem tem seus pontos positivos e negativos. Antes de tudo, é fundamental analisar a estratégia da organização e qual será aplicabilidade para alavancar o negócio.

Vantagens

Vejamos, agora, os principais motivos para adotar a computação em nuvem:

  • redução de custos com infraestrutura: os impactos dos investimentos de infraestrutura para garantir que servidores físicos funcionem são altíssimos, principalmente em relação à manutenção. Nesse caso, aqui só será pago o que realmente for utilizado;
  • economia de espaço: com a utilização da cloud computing, abandonamos a necessidade de máquinas com memórias físicas grandes para suportar softwares e dados;
  • compartilhamento de informação: a comunicação interna é um dos grandes desafios das organizações e, nesse sentido, a cloud computing permite democratizar todos os dados e dar fácil acesso.
  • Elasticidade: com a nuvem, é possível aumentar e reduzir a capacidade de armazenamento sem necessidade de aquisição de novos hardwares;
  • Confiabilidade: caso um servidor falhe, outro poderá rapidamente assumir, trazendo a garantia de disponibilidade do serviço. Além disso, a nuvem também conta com ferramentas de backup automatizadas.

Desvantagens

Algumas desvantagens podem colocar em questionamento o uso ou não da cloud computing, como:

  • necessidade de boa conexão: como todos os dados são externos, para ter acesso a eles é fundamental garantir a qualidade da internet. Do contrário, teremos dificuldade para a utilização máxima da ferramenta;
  • investimento em segurança da informação: um dos maiores problemas da internet são os possíveis ataques. Em decorrência desse risco, a Lei 13.709/2018, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados foi uma medida legislativa criada para garantir a segurança de informação de empresas e clientes da mesma. Dessa maneira, hoje, os usuários do cloud computing devem certificar que todos os históricos de seus consumidores estejam resguardados e não corram risco de nenhuma exposição.
  • Falhas ocasionais: caso o servidor esteja saturado ou seus recursos sejam compartilhados por muitas empresas ou organizações, é possível que ocorra falhas de acesso e lentidão.

Quando vale a pena a migração para cloud computing?

A computação em nuvem oferece diversos recursos e vantagens, mas será que a sua implementação é válida diante de qualquer cenário? Vejamos, abaixo, alguns que podem favorecer a implementação desse serviço:

  • Renovação de hardware: servidores possuem um ciclo de vida que eventualmente chegará ao fim. Dessa forma, se o hardware de sua empresa estiver próximo disso, será interessante considerar a migração;
  • Picos de uso: se a empresa conta com servidores físicos cuja capacidade total somente é atingida de tempos em tempos, será interessante considerar a nuvem. Dessa forma, os custos poderão ser reduzidos, uma vez que o pagamento será feito apenas sobre o que foi utilizado;
  • Durante mudanças estratégicas: caso a empresa estiver passando por reestruturações, atualizações de infraestrutura ou trabalhando com modelo home office, será uma grande oportunidade para migrar para a nuvem e se manter competitiva;
  • Segurança: a computação em nuvem também é um fator considerável no quesito segurança, ao utilizá-la, uma camada extra de proteção será adicionada. 

A cloud computing ganhou grande dimensão nos últimos anos, principalmente por seu impacto nas decisões estratégicas baseadas em análise de dados. Além disso, é uma das áreas mais bem desenvolvidas e que profissionais de TI mais atuam no mercado.

Quem deseja trabalhar com essa ferramenta precisa se preparar para o mercado. Aproveite que já está por aqui e descubra quais são as habilidades e o perfil do profissional do futuro!

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