Imagine a seguinte situação: você está em casa e decide socializar com alguns amigos e amigas. Para isso, você coloca seus equipamentos de realidade aumentada (como óculos, luvas, etc.) e realiza login em um novo mundo fantástico, onde você pode ser quem quiser e ter diversas experiências reais, tudo sem sair de casa. Parece papo de filme de ficção científica, não é? Pois saiba que isso pode não estar muito distante de acontecer. Estamos falando do conceito de metaverso.
O Metaverso é a próxima aposta para a evolução da internet. Muitos acreditam que, nos próximos anos, esse conceito será o que vai definir as tendências econômicas e sociais do mundo todo. Afinal, as possibilidades são infinitas quando se trata dessa tecnologia.
Quer conhecer mais sobre o conceito de Metaverso, como ele funciona, qual a relação dele com o Facebook e muito mais? Então, não deixe de conferir o artigo que preparamos especialmente para explicar tudo que você precisa saber sobre o assunto!
- O que é Metaverso?
- Como funciona o Metaverso?
- Por que o Mark Zuckerberg alterou o nome do Facebook para Meta?
- 4 empresas que já estão com projetos no Metaverso
- Por que está todo mundo interessado em Metaverso?
- Quais são as controvérsias envolvendo o Metaverso?
- Qual a relação entre o Metaverso, criptomoedas e NFT?
- Quando o metaverso será lançado?
- Conclusão
Boa leitura!
O que é Metaverso?
O metaverso é um conceito que pretende apresentar uma evolução da internet como conhecemos hoje. Esse conceito envolve aspectos de redes sociais, jogos online, realidade virtual e criptomoedas para conseguir estabelecer uma experiência e interatividade virtual que se assemelha à experienciada na vida real.
Por meio de equipamentos de realidade aumentada, será possível mesclar elementos visuais, sonoros e sensoriais para fazer com que a experiência seja cada vez mais imersiva. Dessa forma, será possível a criação de espaços de interação social e econômica mais multidimensionais do que os existentes no momento, já que, ao invés de experienciar tudo através de uma tela, a pessoa usuária estará imersa em uma nova realidade.
Em síntese, o metaverso é uma nova realidade aumentada e virtual em que o digital e o físico convergem para se tornar apenas um.
A pandemia resultante da disseminação do COVID-19 no final dos anos 2010 incentivou e acelerou a criação de projetos de metaverso, uma vez que as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa, desempenhando atividades que anteriormente teriam que realizar fora de casa, como trabalhar e estudar. Acredita-se que o metaverso fará essa transição do modelo de estudo e trabalho — que já se iniciou — ser ainda mais fácil.
Qual a origem do termo Metaverso?
Apesar de ser algo que soa como extremamente novo e revolucionário, esse tema já é antigo nas artes e na ficção. Neal Stephenson — escritor norte americano de romances de ficção distópica, cyberpunk e ficção científica — foi o responsável por utilizar o termo pela primeira vez em 1992.
a palavra “metaverso” aparece como uma forma de descrever uma realidade virtual que sucede a internet no romance Snow Crash, em que humanos se convertem em avatares para interagir entre si e com entidades virtuais em um ambiente tridimensional virtual que é utilizada como uma analogia do mundo físico real.
Como funciona o Metaverso?
Já sabemos que o metaverso é um projeto de uma dimensão virtual que vai abranger seres humanos como avatares, permitindo que haja interação, comércio e socialização. Mas, o que de fato, na prática, seremos capazes de fazer no metaverso?
O que vai ser possível realizar no metaverso?
Vamos considerar uma situação de exemplo:
Vamos supor que você é uma pessoa que gosta muito de aventuras e gostaria de conhecer os lugares mais inóspitos da Terra. Talvez você queira escalar o monte Everest, explorar as florestas tropicais, descobrir os mistérios do triângulo das bermudas, ou até mesmo dar uma volta por dentro do Titanic naufragado há mais de um século! Se fôssemos contar com a realidade, nunca seríamos capazes de realizar tais feitos, concorda? Com o metaverso, isso poderá ser possível, uma vez que a imaginação é o limite!
É evidente que há outros usos para o metaverso. Com ele, você poderá ir a concertos e shows ao redor do mundo sem sair de casa, realizar compras, provar roupas, entrar em salas de reuniões e de aula online com outras pessoas… Enfim!
Com seu avatar, você será capaz de teletransportar de uma experiência a outra em um piscar de olhos.
Como eu consigo entrar no metaverso?
Tudo indica que o acesso ao metaverso será similar ao processo de login já existente em diversas redes sociais. Você poderá contar com um cadastro e a criação de um avatar para apresentar-se no ambiente de imersão virtual.
Entretanto, alguns requisitos adicionais serão necessários, para além de um computador e acesso à internet. Equipamentos como óculos de realidade virtual e aumentada, luvas e outros deverão ser utilizados para que a imersão seja completa.
Qual a diferença entre realidade aumentada, realidade virtual e o metaverso?
Para início, vamos falar sobre Realidade Aumentada. Esse conceito diz respeito à melhoria das condições de visualização e representação da realidade por meio de equipamentos. Tal tecnologia utiliza elementos digitais que são visuais, sonoros e sensoriais que, com determinados dispositivos, complementam o mundo real.
Já a realidade virtual diz respeito à criação de um ambiente totalmente virtual que nem sempre tem uma conexão fidedigna com a realidade. A ideia é utilizar modelagem 3D e imagens com percepção em 360º para criar a sensação de vivenciar um ambiente distinto do mundo físico.
Desse modo, enquanto a realidade aumentada conta com essa sobreposição de elementos à realidade física, criando uma experiência digital pautada na realidade e controladas com base no mundo real, a realidade virtual é completamente independente da realidade e conta com headsets e controle do software.
O metaverso, como já explicado anteriormente, é um espaço virtual cuja proposta é ampliar os usos da internet, criando uma experiência que seja semelhante à real, porém em ambiente completamente virtual. Com isso em mente, é essencial que o metaverso utilize tanto as tecnologias propostas pela realidade aumentada quanto os conceitos da realidade virtual para desenvolver esse novo modelo de interação social.
Por que o Mark Zuckerberg alterou o nome do Facebook para Meta?
O Facebook é uma das redes sociais mais utilizadas no mundo todo com mais de 3 bilhões de pessoas usuárias ativas. No dia 28 de Outubro de 2021, a companhia Facebook — que conta com plataformas como Instagram, Facebook e WhatsApp — mudou o nome da franquia para Meta, em um processo similar ao feito pelo Google em 2015, alterando o nome do conglomerado para Alphabet Inc.
O motivo para isso ainda não ficou explicitamente evidente, mas já é possível arriscar alguns palpites. O principal deles é que a empresa anteriormente conhecida como Facebook quer desvincular sua imagem do conceito de rede social, para que assim seja possível construir uma nova imagem relacionada a outras tecnologias.
Algumas pessoas especialistas arriscam dizer que, outro grandioso motivo para isso, é que a atual Meta quer antecipar-se em algo que considera ser o futuro da Internet, dando um passo adiante de seus rivais, fazendo com que seja a marca reconhecidamente responsável por implementar o metaverso.
Isso fará com que esse conceito seja diretamente ligado à Zuckerberg e sua equipe, o que confere à empresa autoridade no assunto, apesar da afirmação realizada no anúncio da mudança da marca de que a intenção é evitar que outras empresas restrinjam a atividade e cobrem altas taxas por isso.
Porém, a empresa já deixou explícito que não pretende criar tudo sozinha. Apesar de querer demonstrar tal pioneirismo no projeto, Zuckerberg pretende aliar-se a outras companhias para garantir que não haja uma concentração e controle do metaverso por uma marca só.
É evidente que esse grande passo é um risco que poderá custar muito caro para a marca no futuro, ainda mais se o conceito de metaverso não emplacar como esperado, uma vez que grande parte da premissa do projeto é pautada em considerações utópicas e suposições sobre o estilo de vida das pessoas usuárias.
A empresa está tão séria em relação ao assunto que anunciou planos para a criação de mais de 10.000 vagas de trabalho na União Europeia para garantir a realização do projeto do Metaverso.
Metaverso é um projeto do Facebook?
Não. O metaverso é um conceito que vem de uma ideia de como será o próximo passo rumo à evolução da internet.
Desse modo, podemos seguramente fazer uma analogia à World Wide Web, a rede mundial de computadores. Essa ferramenta, inventada em 1989, é uma forma de transmitir diversos formatos de mídia pela internet e apresentá-los na tela da pessoa usuária utilizando a internet. Atualmente, nenhuma empresa é dona da rede mundial de computadores, por conta do fato de ela ter se consolidado como um fluxo aberto de informações para que todas as pessoas utilizem.
Depois, as empresas podem criar seus espaços dentro da rede mundial de computadores, seus portais, serviços, plataformas, etc, decidindo como querem lucrar com isso. É dessa forma que funciona o Facebook, o Instagram, o Google, etc.
O metaverso será semelhante. O esforço do Facebook/Meta em correr o risco de antecipar-se nesse projeto um pouco utópico ainda é de garantir que nenhuma outra corporação reivindique o metaverso para si, cobrando altas taxas por sua utilização. Entretanto, esse movimento certamente fará com que o metaverso se associe à imagem da empresa de Zuckerberg, uma vez que até mesmo seu novo nome, Meta, faz uma alusão direta ao projeto.
Há outras empresas de tecnologia, como Microsoft, e de games, como a Epic, que estão interessadas em fazer parte da construção do metaverso. A ideia é que o projeto seja aberto, assim você pode “teletransportar” de um espaço para outro da mesma forma que você troca de sites apenas mudando a url.
4 empresas que já estão com projetos no Metaverso
Como já apontado em tópicos anteriores, a construção do metaverso é um esforço coletivo de diversas empresas. Muitas já têm projetos na área e algumas já investem bastante dinheiro para que, um dia, ele se torne realidade. Vamos conferir quais são as 4 empresas já estão de olho em dar esse próximo passo:
Meta
Não é surpresa nenhuma que a empresa de Zuckerberg — anteriormente conhecida como Facebook — não poderia faltar nessa lista, uma vez que ela já está fazendo investimentos significativos na área, além de afirmar que há interesse na contratação de 10.000 funcionários da União Europeia. A ideia da empresa é desenvolver um espaço virtual em que pessoas possam interagir por meio de avatares e desempenharem papéis de trabalho, estudo e acessarem entretenimento.
Zuckerberg está confiante de que esse pode ser o próximo grande passo para a evolução da internet. Ele afirma que a ideia principal é ser capaz de experienciar a internet de uma forma imersiva, sem somente ter que olhar para ela por meio de uma tela.
Os planos do Meta incluem diversas frentes, como ligações em realidade virtual utilizando o Messenger, jogos, projetos para melhorar o trabalho, hardwares de realidade virtual e o Horizon Home, que é uma espécie de lounge de entrada no metaverso, que será parte da Horizon, uma nova rede social.
Microsoft
A Microsoft é uma empresa que também está interessada em desenvolver o metaverso, uma vez que ela já faz experimentações com a mistura de realidade aumentada e virtual em sua plataforma Microsoft Mesh. A partir dela, seus planos incluem trazer para seu serviço de Teams em 2022 a possibilidade de interação por meio de Hologramas e avatares.
Além disso, a Microsoft planeja a criação de ambientes 3D virtuais exploráveis, além de trabalhar em conjunto com o exército norte americano para a criação de um novo headset chamado Hololens 2, que ajudará no treinamento de militares.
A Microsoft enxerga com bons olhos a existência do metaverso, uma vez que ele seria uma boa ferramenta para potencializar o já bastante popular Xbox Live, que conecta jogadores e jogadoras no mundo todo.
A companhia também é dona do título de sucesso Minecraft, que já é um ambiente virtual imersivo que simula uma realidade em que pessoas jogadoras podem construir o que quiserem. Essa é outra funcionalidade que, com a adição do metaverso, alavancaria a Microsoft, uma vez que ela é extremamente popular e conta com mais de 140 milhões de pessoas usuárias ativas mensalmente.
Roblox
Roblox é uma plataforma fundada em 2004 no formato de um MMORPG de mundo aberto que permite que usuários e usuárias criem seus próprios mundos virtuais. Cada mundo pode ser jogado como um jogo, disponibilizado gratuitamente na plataforma. Adicionalmente, cada pessoa pode criar seu avatar.
Diversas marcas fecham parcerias com a plataforma, incluindo a marca de sapatos Vans, para criar sua própria linha de sapatos para avatares, e a Gucci, com uma linha de acessórios e roupas únicas. Esse funcionamento é algo semelhante ao proposto pelo metaverso. O próprio CEO já afirmou, em um tweet de agradecimento, que a plataforma está um passo mais próxima de conseguir concretizar sua visão do metaverso.
Epic Games
Epic Games é uma das grandes plataformas de jogos atualmente. Ela é responsável por desenvolver o fenômeno Fortnite. Segundo o CEO da empresa, Tim Sweeney, não é segredo para ninguém que a Epic está investindo na construção do Metaverso.
A companhia já realizou shows de Travis Scott e Ariana Grande dentro do jogo, além de reconstruir uma versão imersiva do famoso discurso de Martin Luther King Jr. de 1963. Ela também está desenvolvendo uma plataforma de criação de MetaHumans, que são cópias digitais de pessoas usuárias. Tal tecnologia poderá ser utilizada para a criação de avatares realistas em jogos do futuro.
Por que está todo mundo interessado em Metaverso?
Apesar de o metaverso sempre ter estado por aí, no formato de games e outros serviços online — porém nem sempre com esse nome —, desta vez, parece que o interesse nesse tipo de tecnologia está cada vez mais maior.
Os motivos para isso são porque, dia após dia, os equipamentos de realidade aumentada e de realidade virtual estão mais tecnológicos e acessíveis, assim como há mais recursos para que esse plano tenha mais credibilidade no momento.
Com a aposta de que a internet pode ficar rapidamente obsoleta, começa a corrida entre as companhias para ver quem finca a bandeira primeiro nesse solo fértil, vasto e inexplorado, uma vez que isso ainda poderá movimentar grande parte da economia mundial, caso aconteça.
Desse modo, ninguém quer estar de fora dessa nova tendência. Apesar de algumas pessoas ainda estarem receosas e um pouco incrédulas, é melhor garantir seu espaço em meio às novas tecnologias do que desaparecer por tornar-se obsoleto no mercado.
Quais são as controvérsias envolvendo o metaverso?
Você, pessoa leitora, é capaz que esteja sentindo-se animada com a possibilidade da existência do metaverso. Porém, é bastante capaz que esse fascínio venha com um pouco de desconfiança e medo. E, isso é natural, afinal, muitas pessoas também são resistentes a essa ideia.
Caso ele ocorra, o metaverso pode representar uma mudança estrutural enorme na economia, na sociedade e nos meios de comunicação. Isso porque a sociedade humana já se adaptou à essa nova realidade imposta pela internet. Porém, o metaverso pode acabar com tudo isso, apresentando um novo conceito de imersão e de virtualidade.
Vamos conhecer algumas das controvérsias que foram levantadas com as hipóteses do desenvolvimento do metaverso. Confira:
A ficção é um aviso
Como já apontamos, o termo metaverso nasceu em um livro de ficção científica. A coisa é: livros de ficção científica muitas vezes têm como característica o hiper exagero de uma realidade a partir de uma tecnologia imposta. Tanto o livro que deu origem ao termo metaverso, quanto outras obras como Jogador Número 1, de Spielberg, e a famosa saga Matrix apontam alguns dos riscos que esse tipo de realidade pode trazer.
Em linhas gerais, o que todas as obras apontam é o desequilíbrio entre a realidade e o virtual, que, por começarem a se parecer demasiadamente, acabam por confundir-se na cabeça das pessoas usuárias, trazendo impactos para a vida real.
John Hanke, CEO da empresa que desenvolveu Pokémon GO e que explora a realidade aumentada, Niantic, escreveu em um texto pessoal que acredita que há muito interesse, inclusive de grandes corporações, em trazer à luz uma visão acerca do futuro da realidade virtual, mas que muitas ignoram que a ficção pode conter um aviso sobre os perigos de se utilizar erroneamente uma tecnologia desse calibre.
Hanke ainda diz acreditar que a tecnologia deve ser pensada mais para o lado da realidade aumentada, com foco na palavra realidade, incentivando as pessoas a sair de casa e conectar-se com as pessoas e o mundo à nossa volta. Desse modo, em sua opinião, a tecnologia deveria ser utilizada para fazer com que a experiência humana seja melhor, e não substituída.
O metaverso é um hype?
A proposta de algo assim definitivamente não é nova. Em 2003, houve um grande alvoroço ao redor de uma plataforma social chamada Second Life, que prometia revolucionar os meios de comunicação. A plataforma era um simulador de vida real 3D, em que pessoas podiam fazer avatares e interagirem, vender e comprar coisas — assim como o metaverso!
Entretanto, uma série de fatores envolvendo a excessiva monetização, polêmicas e ausência de propostas novas dentro do jogo fez com que rapidamente essa hype passasse, fazendo com que a plataforma caísse no esquecimento.
Muitas pessoas afirmam que a mesma coisa pode acontecer com o metaverso. Afinal, já aconteceu uma vez! As pessoas que estão confiantes no projeto justificam que, com o avanço das tecnologias de realidade virtual e aumentada e com a popularização das moedas virtuais, esse projeto tem mais estrutura para se estabilizar.
Porém, ainda é cedo para dizer se trata-se somente de uma tendência ou se isso se ditará de fato o futuro da internet. Teremos que esperar para ver quais serão os próximos passos do desenvolvimento dessa tecnologia!
Desafios para integração do metaverso
Uma resposta que as pessoas desenvolvedoras ainda não têm é como integrar os diferentes mundos no metaverso. Você concorda que, caso você tenha um avatar no metaverso, com itens, objetos, acessórios, etc., você precisará que eles existam em todos os espaços do metaverso? Isso é algo que não é tão simples de ser feito. Afinal, cada espaço é uma estrutura que faz parte de um sistema diferente.
Algumas das soluções propostas até então não resolvem totalmente o problema. A primeira delas é criar apenas uma estrutura que engloba todas. Porém, isso cai por terra quando pensamos que cada mundo ou espaço poderá apresentar uma estética diferente, como Minecraft é quadrado, por exemplo.
Pessoas desenvolvedoras consideram criar uma versão de cada item para cada espaço. Porém, isso não é prática e muitas vezes não é barato também, afinal, cada pequena inserção de item em um determinado espaço deverá acontecer em todos os outros espaços também.
Outra opção seria fazer com que cada pessoa fizesse upload de seus itens em cada espaço que desejasse acessar. Entretanto, para uma tecnologia que quer ter alcance global, isso exigiria conhecimentos técnicos que muitas pessoas ao redor do mundo poderiam não ter.
Então, como podemos ver, ainda existem algumas questões básicas porém problemáticas acerca do funcionamento coeso do metaverso que ainda não têm solução. Com sorte, aos poucos essas questões serão solucionadas.
Qual a relação entre o Metaverso, criptomoedas e NFT?
A tecnologia blockchain permitiu que um novo modelo de economia pudesse surgir, pautado 100% em conceitos virtuais. Estamos falando das criptomoedas e dos tokens não fungíveis, os NFTs.
Tokens não fungíveis são mídias e objetos virtuais que contam com tecnologia de criptografia que faz com que seu valor seja único. Ou seja, nenhum NFT tem o mesmo valor que outro. Ela se difere das criptomoedas, que funcionam como as moedas que já conhecemos. Cada 1 criptomoeda de determinado tipo tem o mesmo valor que outra de seu mesmo tipo, mas pode ser trocada e convertida para outras moedas com diferentes valores e conversões.
O fato de que essas formas de economia descentralizadas virtuais estão cada vez mais populares e tomando espaço faz com que a ideia do metaverso se torne ainda mais forte, uma vez que elas oferecem uma possibilidade de comércio em ambientes virtuais que se assemelha ao do mundo físico.
Então, com essas formas de pagamento se difundindo, ficará ainda mais fácil estabelecer o metaverso como próximo grande passo da história da evolução da Tecnologia da Informação. Um exemplo já existente da relação entre esses itens é a companhia Polygonal Minds que está desenvolvendo um sistema que permite que pessoas comprem avatares 3D como NFTs, chamado de CryptoAvatars.
Quando o metaverso será lançado?
Ainda é muito cedo para definir datas ou prazos para o lançamento dessa tecnologia.
O projeto do metaverso já tem tudo que precisa para ser iniciado. Os aparelhos de realidade aumentada e realidade virtual já se encontram em estágios avançados de desenvolvimento, e já existe um modelo econômico descentralizado que se encaixa perfeitamente nesse plano, garantindo que não haja monopólio por parte de uma companhia ou moeda específica.
Entretanto, ainda há muitas questões a serem resolvidas e muitos problemas estruturais para serem ajustados antes de que isso possa se tornar realidade. Assim, essa tecnologia ainda está em suas etapas iniciais. Se ela conseguir sobreviver após o “hype” ir embora, as grandes corporações terão que se esforçar para desenvolvê-la ao longo da próxima década — podendo levar até mais tempo do que isso.
Conclusão: o Metaverso será a nova internet?
Até aqui, ficamos por dentro sobre o metaverso, essa tecnologia que promete abalar as estruturas do que conhecemos até hoje. Porém, será que ela será capaz de tornar a internet, um elemento tão importante para os dias de hoje, uma tecnologia obsoleta?
Para Zuckerberg, o metaverso será como uma evolução da internet. Afinal, você será capaz de fazer tudo que já fazia antes, porém como uma melhor interação e imersão, o que não era possível através da tela 2D do computador.
Dessa forma, parece que o metaverso complementará o que já conhecemos da internet, assim como a navegação mobile fez, não substituindo nossa experiência em dispositivos desktop.
No momento tudo isso é muito novo. Em breve, poderemos saber com maior certeza quais serão os rumos que serão tomados e quais serão os planos reservados para a utilização do metaverso. E você, o que pensa sobre o assunto? É fascinante? Assustador? Ou os dois?
Não pare por aqui! Continue aprendendo mais em nosso blog, conhecendo outras novas tecnologias que poderão estar presentes em nosso futuro!