Caso você já conheça o básico de programação, já sabe que as aplicações web contam com dois lados, o front-end e o back-end, também conhecidos como lado de clientes e lado do servidor. Porém, existe também o programador ou programadora que pode transitar entre esses dois pontos. Esse é o Full Stack.

Muitas empresas precisavam contratar profissionais de programação para o desenvolvimento de soluções, mas não tinham condições de manter grandes equipes. Dessa forma, um tipo de profissional mais versátil acabou surgindo no mercado, sendo capaz de suprir essa demanda.

Ao longo deste post, vamos apresentar essa oportunidade de carreira promissora, mostrando o que é Full Stack, quais as responsabilidades dessa pessoa, como você pode seguir essa carreira e, claro, porque se tornou uma das carreiras mais bem pagas. Continue conosco e boa leitura!

O que é Full Stack?

A tradução literal de Full Stack é “pilha toda” e, com isso, temos uma ideia geral acerca do porquê esse nome se refere a pessoa que trabalha com todas as tecnologias que envolvem o desenvolvimento web.

A Stack de desenvolvimento é o conjunto geral de tecnologias de uma aplicação. Por exemplo, para web, é comum que o front-end seja desenvolvido com HTML, CSS e Javascript, enquanto o back-end pode ser criado com PHP e o banco de dados MySQL.

Por isso, espera-se que a pessoa programadora Full Stack seja capacitada o suficiente para lidar, ao mesmo tempo, com o front-end e o back-end de uma aplicação, mesmo que os dois pontos utilizem tecnologias e linguagens diferentes.

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Voltando ao assunto, algumas empresas ainda denominam Full Stack profissionais que não apenas tratam desses dois lados do sistema, mas que também lidam com o banco de dados e modele tabelas e configuração dos servidores nos quais a aplicação roda.

Também são chamamos de Full Stack quem conseguem trabalhar com back-end e aplicações mobile, que podem ser consideradas como front-end. Essas pessoas vêm sendo cada vez mais requisitado no mercado.

Qual a origem do termo Full Stack?

O termo Full Stack só veio a surgir nos anos 2000, quando a tecnologia estava dando os seus primeiros passos para se tornar algo mais avançado e relevante tanto para a população quanto para as empresas. À época, as operações tinham bem menos complexidade e as opções para seu uso eram poucas.

Eram poucos os servidores que ficavam incumbidos de manter o estado, o frontend e a lógica. As linguagens sofriam constantes modificações, mas o modelo e os seus padrões não tinham alteração alguma. Geralmente, as técnicas desenvolvidas se pareciam muito umas com as outras graças às poucas opções tecnológicas da época.

Os bancos de dados também acabavam seguindo um mesmo modelo relacional, utilizando a linguagem de consulta SQL. Outro ponto muito importante para esse desenvolvimento tecnológico dos anos 2000 é que não havia tantos problemas ao mudar o banco de dados utilizados nas operações.

Por fim, quando o termo Full Stack surgiu e começou a ganhar força, o frontend ainda se utilizava primordialmente do JavaScript, só que em uma versão mais simples. O DOM tinha como base o HTML4/CSS2, seguindo orientações únicas para a exibição de documentos em desktops com telas que deveriam possuir uma mesma definição.

O que é Stack tecnológico?

O Stack tecnológico, também conhecido como tech stack, nada mais é do que um conjunto de softwares que tem como base uma nuvem. Eles trabalham em conjunto a fim de alcançar um mesmo objetivo: rodar um aplicativo da forma correta. Também há outras funções, mas a mais comum foi a mencionada anteriormente.

As ferramentas podem ser integradas de forma direta entre elas ou, também, podem funcionar lado a lado sem a necessidade de integração. Dois exemplos disso são o Microsoft Excel e o Spreadsheet Web.

As empresas também podem optar por utilizar um conjunto que seja bem distinto em relação à tecnologia, como é o caso das pilhas tecnológicas do marketing, em que os processos de marketing, assim como de outros tipos de desenvolvimento de aplicativo, possam respeitar todo um processo de desenvolvimento.

O que faz um profissional Full Stack?

O Full Stack acaba acumulando várias funções dentro de uma empresa, porém, não há nada com que se preocupar. Com o tempo, ele aprende a gerenciar de forma simples suas atividades, uma vez que tudo pode ser feito seguindo uma etapa lógica. A seguir, você confere as principais responsabilidades desse profissional.

Levantamento de requisitos

A figura do analista de negócios não existe, sendo que a responsabilidade de coletar e analisar os requisitos, buscando modelar as funcionalidades, é totalmente do Full Stack.

Quando se trabalha com metodologias ágeis, como o SCRUM, isso é feito diversas vezes ao longo do desenvolvimento. Como o Full Stack tem uma visão macro, já que trabalha em todo o projeto, o levantamento de requisito pode ser bem mais eficiente.

Modelagem de banco de dados

Criar e modelar um banco de dados é fundamental em qualquer aplicação. Além de salvar todos os registros do sistema, uma modelagem ruim pode trazer problemas de desempenho no futuro, além de prejudicar a lógica da programação.

Esse é um dos pontos sensíveis para o Full Stack. Muitas empresas preferem contratar especialistas para realizar a modelagem, deixando que o pessoal da programação apenas lide com os dados posteriormente.

Programação back-end

O desenvolvimento, na maioria das vezes, inicia-se pelo back-end, utilizando uma das mais variadas tecnologias que existem para esse fim, como PHP, Java, Python, entre outras.

Aquele que programa Full Stack pode conhecer mais de uma dessas linguagens, existindo ainda a possibilidade de entendimento acerca do uso de frameworks que agilizam o trabalho de desenvolvimento.

Linguagens de programação back-end

São muitas as linguagens de back-end que podem ser mencionadas. No entanto, é válido ressaltar que cada uma delas poderá ser utilizada para uma finalidade diferente. É exatamente por isso que se torna necessário que a pessoa profissional e as empresas saibam identificar qual o melhor tipo de back-end para seu negócio.

Dentre as principais linguagens, temos:

  1. Python: uma das linguagens de programação mais famosas do mundo e que sempre está em alta;
  2. Rails: framework geralmente utilizado para criar aplicações web;
  3. Java: linguagem orientada por objetos e capaz de rodar em diversas plataformas;
  4. Swift: uma linguagem popular para iOS, entregando rapidez, escalabilidade e facilidade;
  5. C#: utilizada comumente para construir jogos e aplicativos Windows para os smartphones;
  6. JavaScript: capaz de oferecer criações dinâmicas e controlar mídias para tornar algo mais interessante;
  7. C++: uma versão mais completa do C, oferecendo vários recursos para profissionais da área de TI;
  8. Assembly: capaz de trabalhar com recursos primários de um computador, também conhecida como “linguagem de montagem”.

Programação front-end

O front-end é construído com base nas tecnologias web que são HTML, CSS e Javascript. O Full Stack deve sempre buscar melhorar nesse ponto, uma vez que essa stack é uma das que mais evolui, sempre trazendo novidades.

Para que seja possível visualizar informações e interagir com sites ou aplicativos, é necessário que haja uma pessoa desenvolvedora front-end. Tudo que uma pessoa usuária consegue visualizar é de responsabilidade desse profissional.

Por isso, veja, abaixo, quais são as principais linguagens de programação:

  1. HTML: linguagem utilizada para projetar a “linha de frente” das páginas da web, realizando tanto marcação quanto hipertexto;
  2. CSS: essa é uma linguagem de design muito simples, capaz de simplificar todo o processo de fazer a apresentação das páginas da web;
  3. JavaScript: essa linguagem de programação é mais utilizada para promover interação entre as pessoas usuárias e os aplicativos ou sites que eles utilizam.

Programação mobile

Com a inserção de possibilidades de uso de tecnologias como o Javascript para o desenvolvimento de aplicativos mobile, o Full Stack também pode agregar aos seus conhecimentos a criação de apps. O React Native é um dos frameworks mais famosos para isso.

Configuração de servidor

Por fim, temos a configuração de servidor para que a aplicação funcione, sendo que muitas empresas exigem esse conhecimento básico. Lembrando que essa também é uma atividade sensível, pois lida com segurança de dados.

Caso o profissional seja contratado por uma empresa que esteja iniciando o desenvolvimento de uma aplicação, pode ser que ele atue em todas essas funções, dividindo-se conforme a demanda. No entanto, na maioria das vezes, já temos o sistema no ar.

Nesse caso, a responsabilidade do Full Stack pode girar em torno de desenvolver novas funcionalidades ou apenas de garantir a manutenção das funções existentes no sistema. Quanto ele dispensará de tempo entre o back e o front-end dependerá exclusivamente da demanda geral.

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O Full Stack precisa conhecer todas as tecnologias?

Em um primeiro momento, ainda mais se você ainda está estudando programação, pode parecer uma loucura ter de conhecer todas as etapas e as tecnologias utilizadas no desenvolvimento; porém, não se preocupe.

O profissional Full Stack não precisa ser um especialista em todas elas, afinal, isso nem seria possível. Na maioria das vezes, ele apresenta maior conhecimento em uma das tecnologias, que chamamos de origem, como PHP, e detém um entendimento satisfatório do restante da stack.

Ou seja, ele é um especialista em um ponto e também apresenta a capacidade de criar serviços nos outros pontos e corrigir bugs, porém, sem um aprofundamento maior.

Assim, não é preciso ser uma especialista em banco de dados para criar tabelas e manipular registros, salvando, editando e apagando dados. Espera-se que o Full Stack saiba se virar, mas não se exige um conhecimento muito detalhado.

Um entendimento acerca de regras de negócio também é importante, uma vez que o Full Stack pode ter contato direto com o cliente para levantar as suas necessidades e modelar as funcionalidades, entradas e saídas.

Fazendo um resumo rápido, se o profissional consegue levantar os requisitos do negócio, desenvolver o back e front-end da aplicação, construir o banco de dados e pôr tudo isso para rodar em um servidor simples, ele pode ser considerado um Full Stack.

Não é necessário dominar nenhuma das áreas, mas é preciso realizar as atividades básicas em cada uma delas para garantir o resultado final esperado, que é uma aplicação funcional.

Habilidades de um desenvolvedor Full Stack

Os profissionais Full Stack são conhecidos por serem pessoas autodidatas, que buscam obter sozinhas conhecimento na internet.

Da habilidades técnicas o mínimo que se espera de um profissional Full Stack é que ele deve saber programar tanto em front-end como em back-end e idealmente saiba lidar com banco de dados.

Se tratando de habilidades comportamentais, esses profissionais devem ser capazes de trabalhar bem em um ambiente de pressão, facilidade de colaboração para trabalhar em grupo e criatividade para lhe dar com problemas inesperados.

A curiosidade e a vontade de aprender se destacam como soft skills desses profissionais, que precisam sempre está atualizados para os desafios, mudanças e inovações que estão são constantes na area de tecnologia.

Quais as vantagens e desvantagens de ser um desenvolvedor Full Stack?

Da mesma forma que ocorre com várias outras profissões, trabalhar diretamente com o desenvolvimento de um projeto de tecnologia envolve tanto vantagens quanto desvantagens. Abaixo, será possível conhecer quais são os pontos fortes e quais são os pontos fracos dessa relação.

As vantagens de ser uma pessoa desenvolvedora Full Stack são:

  1. encontrar emprego com muito mais facilidade, seja em pequenas empresas ou em startups de tecnologia;
  2. possuir amplo conhecimento tanto sobre front quanto back end;
  3. conseguir resolver todo e qualquer tipo de problema de uma única vez, independentemente de ser da área de front-end ou de back-end.

Por sua vez, as desvantagens são:

  1. acabar recebendo uma recusa em alguma vaga por falta de especialização em algumas das funções solicitadas pela empresa;
  2. receber salário de uma única pessoa desenvolvedora, mesmo realizando mais de uma tarefa;
  3. ter dificuldade para priorizar algum projeto.

Desenvolvedor Front End vs Back End vs Full Stack: quais as diferenças?

Existem, sim, algumas diferenças entre uma pessoa desenvolvedora Front End, uma desenvolvedora Back End e uma desenvolvedora Full Stack. De uma maneira geral, essas diferenças são apontadas no tipo de função que exercem e na demanda de trabalho que é solicitada para cada um.

Para entender melhor, veja abaixo:

  • Uma pessoa desenvolvedora Front-End precisa ter conhecimento sobre desenvolvimento de telas de aplicação que são projetadas previamente por um Arquiteto ou Designer. Dessa forma, precisa conseguir dominar HTML, CSS e, também, JavaScript;
  • Uma pessoa desenvolvedora Back-End precisa lidar, todos os dias, com as requisições diretas de clientes. Ele também deverá conhecer sobre linguagem de programação, assim como programar as regras de um negócio do sistema;
  • Por fim, o desenvolvedor Full-Stack é aquele que realiza o trabalho de ambas as funções acima, o que exige um conhecimento ainda mais amplo e o desenvolvimento de atividades complexas.

Desenvolvedor Full Stack vs Engenheiro de Software: quais as diferenças?

A pessoa desenvolvedora Full Stack e a Engenheira Full Stack possuem funções bastante diferentes, principalmente por causa de sua formação e do tipo de conhecimento que é estendido ao longo de suas atividades. Veja, abaixo, quais são os pontos que divergem entre ambas as profissões:

  • Desenvolvedora Full Stack: este tipo de pessoa desenvolvedora pode atuar no desenvolvimento de interfaces gráficas e, também, lidar diretamente com a programação de um projeto. O Full Stack está voltado tanto para os códigos da programação em si quanto para a parte estética, que envolve a interatividade com a pessoa usuária, seja em um aplicativo ou em uma página da web.
  • Engenheira de Software: enquanto isso, a pessoa engenheira de Software lida com assuntos bem diferentes. Ela é responsável por escrever, testar e depurar os programas, independentemente de quais sejam eles. Na maior parte dos casos, eles também se preocupam em trabalhar com bancos de dados, tornando-os mais seguros para as empresas.

Como se tornar um desenvolvedor Full Stack?

É possível sim tornar-se um profissional full stack por meio de cursos especializados, mas além disso é preciso estar sempre atualizado, esse profissional nunca para de estudar.

O currículo de formação da Trybe prepara os alunos para lidar com uma stack completa de desenvolvimento web, baseada em Javascript, uma das tecnologias em ascensão no mercado hoje.

Não interessa se você está começando a estudar programação agora, ou se já domina alguma área: você pode tornar-se um Full Stack. Basta buscar pela orientação correta e escolher um bom conjunto de tecnologias.

Qual o percentual dos desenvolvedores são full stack, frontend  e backend?

De acordo com a pesquisa StackOverFlow 2021, existe uma divisão bastante significativa entre os desenvolvedores Full Stack, Frontend e Backend. Para se ter uma ideia, cerca de 49.47% dos desenvolvedores se declararam como pessoas desenvolvedoras Full Stack.

Além disso, de todos os entrevistados, a resolução ficou da seguinte maneira:

  • 43.73% dos entrevistados se consideram desenvolvedores Back-end;
  • 49.47% dos entrevistados se consideram desenvolvedores Full Stack;
  • 27.42% dos entrevistados se consideram desenvolvedores Front-end.

Dessa forma, é possível notar algumas disparidades entre os cargos. Como o Full Stack abre muito mais possibilidades no mercado de trabalho, é provável que algumas pessoas profissionais tenham seguido essa área justamente para conseguir maiores oportunidades de emprego, além de ampliar o salário que ganhavam nas empresas.

Como está o mercado de trabalho para um profissional Full Stack?

O mercado para um profissional Full Stack é bastante favorável. No Brasil, e em muitas outras partes do mundo, a área de TI tem ganhado cada vez mais espaço, principalmente nas empresas que precisam de profissionais competentes para levar o seu negócio adiante, mas sem empecilhos.

Uma pessoa profissional Full Stack pode trabalhar tanto em pequenas empresas quanto em multinacionais, desde que apresente as competências necessárias para se manter dentro da carreira. Essa pessoa colaboradora precisará sempre aprender um pouco mais sobre sua própria área a fim de melhorar a qualidade oferecida por seus serviços e manter todos os projetos em ordem.

É preciso que a pessoa profissional tenha versatilidade e eficiência na execução de suas atividades, mas que também saiba como trabalhar em equipe de vez em quando. Conhecer operações conjunturais poderá ser uma boa opção para realizar análises sistêmicas que poderão ser solicitadas a qualquer momento.

Qual o salário de um profissional full stack?

Muitas empresas já estão deixando de contratar especialistas para focar a busca por profissionais Full Stack. Afinal, é melhor trabalhar com quem enxerga o projeto como um todo e busque o apoio de experts apenas quando necessário.

Além disso, esse profissional pode conseguir muitas oportunidades de projetos como freelancer, uma vez que ele tem conhecimento para a construção de uma aplicação totalmente do zero e sem ajuda de outros profissionais.

O salário médio de um Full Stack é de cerca de R$ 5 mil, sendo que os mais experientes podem chegar a ganhar até R$ 9 mil mensais.

Tornar-se um Full Stack pode ser uma grande oportunidade para quem está começando no mundo da programação, abrindo várias portas para o seu crescimento profissional.

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