Afinal de contas, o que é o trabalho freelancer? Essa é a pergunta do momento, pois vivemos em um período de grandes transformações no mercado. Para ajudar a responder essa pergunta, criamos este conteúdo especial sobre o tema, explicando como funciona essa modalidade de atuação. 

Mas não pense que para por aí! Além de esclarecer essa dúvida, compilamos as áreas de maior destaque com o objetivo de demonstrar como você pode acessar essas oportunidades e ganhar dinheiro com as competências que já tem. Agora, veja o que descobrirá nesta leitura:

  • O que é o trabalho freelancer?
  • Quais as áreas com maior demanda para freelancers?
  • Em quais sites posso trabalhar como freelancer?
  • Quais os prós e contras de ser freelancer?

O que é freelancer?

O termo freelancer surgiu de uma forma bastante inusitada. A sua primeira aparição foi na literatura medieval, em que cavaleiros disponibilizavam seus serviços de guerra a quem estivesse disposto a pagar.

Daí o nome freelance — lanceiro livre —, em que as pessoas mercenárias se colocavam à disposição da nobreza que decidisse pagar pelos seus serviços. O tempo passou, a inovação tecnológica chegou e o termo continua mais atual do que nunca —, sobretudo em tempos de trabalho remoto e digital.

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Tecnicamente, o trabalho freelancer é uma modalidade de prestação de serviços autônoma. Isso quer dizer que a sua realização não implica em vínculo empregatício entre quem presta o serviço e quem o contrata. Inicialmente, a ideia pode gerar um “pé-atrás”, mas ela tem suas vantagens.

A maior bandeira da modalidade está pautada na flexibilidade dessa categoria de trabalho. Sendo freela — como são informalmente chamadas as pessoas que trabalham com isso — , a pessoa ganha maior controle sobre sua atuação no mercado, pois está isenta de uma série de convenções normais de um emprego tradicional.

Nessa modalidade, a pessoa não precisa bater ponto, seguir horários restritos , estabelecer um relacionamento patronal, nem nada do tipo. A relação é unilateral, apenas entre quem presta o serviço e quem está contratando. É justamente essa simplificação que alavanca a categoria ao sucesso dos tempos atuais.

Essa esburocratização provoca uma grande redução de custos. Para as empresas, a contratação de freelas é muito mais vantajosa economicamente, pois não é necessário custear etapas de recrutamento e entrevista e nem arcar com as garantias trabalhistas da modalidade CLT.

Já quem é freelancer está lançado a um mercado que tende a remunerar melhor e em que não existem obrigações tão estritas para a realização do seu trabalho. Sendo assim, a modalidade vem ganhando uma popularidade consistente nos últimos anos, sobretudo entre as startups.

Mas claro, tudo tem seus prós e contras, pois esse excesso de liberdade e autonomia tem seu custo. Sem vínculo empregatício, a pessoa freelancer não conta com a mesma estabilidade do regime CLT, que, por apresentar uma série de garantias, desestimula a demissão injustificada. Mas esse será um detalhe que explicaremos melhor mais à frente.

Como é a modalidade freelancer?

Na modalidade freelancer, cada serviço prestado é um minicontrato. Isso significa que a sua relação com esse contratante pode acabar após essa oportunidade ou continuar permanentemente. Isso dependerá, quase exclusivamente, da qualidade do seu serviço e da disposição de quem contrata.

Por isso, quem decide “disponibilizar sua lança” ao mercado, deve entender a importância de um bom networking. Quanto maior e mais fiel a sua rede de contatos, mais consistente será o fluxo de serviços, mantendo sua agenda ocupada e o seu orçamento abastecido.

Quais as áreas com maior demanda para freelancers?

Inovação, economia, flexibilidade e autonomia: com esse DNA característico, a modalidade freelancer prospera no mercado da tecnologia. Afinal, esse é um setor que tende a se beneficiar de muitos serviços que podem ser realizados no campo digital, eliminando o fator presencial da equação.

Por esse motivo, oportunidades relacionadas à programação são figurinhas carimbadas nas plataformas de freelas. Quer um exemplo disso? Utilizaremos como parâmetro o Fast 50 da Freelancer.com, uma das plataformas mais notáveis na comunidade internacional.

O Fast 50 é um relatório que apresenta o crescimento na demanda por determinadas áreas em relação a um período anterior. O último foi publicado em maio de 2020, considerando o primeiro trimestre desse ano.

Inclusive, a plataforma aferiu um aumento de 21,21% no número de jobs publicados entre o primeiro trimestre de 2019 e o de 2020, refletindo o impacto da pandemia de COVID-19 sobre o mercado de trabalho.

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Na área de tecnologia

Agora, conheça os jobs que mais aumentaram em demanda na área da tecnologia, comparando o último trimestre de 2019 com o primeiro de 2020:

  • 18,12% — programação;
  • 16,91% — YouTube;
  • 15,50% — desenvolvimento de jogos;
  • 10,74% — implementação de blogs;
  • 10,61% — marketing de Instagram;
  • 10,45% — PDF;
  • 8,86% — Unity 3D;
  • 8,78% — desenvolvimento web;
  • 7,97% — design de sites;
  • 7,06% — desenvolvimento apps mobile;
  • 6,78% — desenvolvimento apps iOS;
  • 6,61% — React.js;
  • 6,54% — APIs;
  • 6,35% — PHP;
  • 6,21% — Microsoft SQL Server.

Como pôde ver, a engenharia de software, bem como outras competências da área, dominaram a alavancagem de vagas entre 2019 e 2020. Aliás, você sabia que a Trybe pode ajudar você nesse sentido? Dizemos isso porque somos uma referência na educação para o setor da tecnologia digital. Além disso, somos pioneiros na introdução do modelo win-win no Brasil. Então, caso não nos conheça, aproveite para conferir o nosso currículo e modelo de negócio!

Fora da área de tecnologia

Agora, para além da tecnologia, vale frisar algumas áreas de destaque que também tiveram aumento na procura e que podem aproveitar alguma competência prévia sua:

  • 17,91% — serviços de arquitetura;
  • 17,53% — consultoria legais;
  • 17,17% — design de imóveis;
  • 17,02% — escrita jurídica;
  • 13,95% — tradução para Hindi;
  • 17,02% — escrita jurídica;
  • 12,48% — design de interiores;
  • 10,94% — serviços de áudio;
  • 8,00% — MetaTrader.

Além disso, recomendamos que dê uma olhada no relatório. Além de apresentar um panorama do impacto da pandemia sobre o mercado, você poderá descobrir as áreas com maior queda no número de jobs publicados, reconhecendo quais setores estão desaquecendo nessa modalidade.

Por fim, é importante destacar que, embora a Freelancer.com seja uma única plataforma em uma imensidão de alternativas, o campo de amostragem desse portal já oferece um termômetro fiel para que se possa compreender o mercado. Até porque o Fast 50 já é visto como uma referência sólida sobre o tema.

Por onde começar a atuar como freelancer?

Gostou da ideia de se tornar freelancer mais não sabe por onde começar? Inicie refletindo sobre os pontos abaixo:

  1. Área de atuação: Primeiro você precisa encontrar uma área para atuar. Comece com um exercício de autoconhecimento: o que você adora fazer? quais seus hobbies? o que você é bom fazendo? A ideia é identificar áreas que você é bom e gostaria de atuar.
  2. Se organize: Se você trabalha como CLT é preciso se preparar: Você vai começar os trabalhos de Freela aos finais de semana e a noite ou já vai deixar o CLT ? Na segunda opção é preciso um preparo financeiro para a transição de carreira, na primeira uma organização de tempo.
  3. Defina seu preço: Quanto você vai cobrar pelos seus serviços? O ideal é você definir no mínimo um valor por hora para iniciar.
  4. Ambiente e ferramentas: Você tem todas as ferramentas necessárias? Se for trabalhar de casa, você tem um ambiente para home office?

Além das dicas acima, você vai precisar começar oferecer seu trabalho em algum lugar, o tópico abaixo vai ajudar você com isso!

Sites de freelancer: Alguns sites que você pode oferecer seus serviços de freela!

Chega o momento de conhecer as principais plataformas nas quais você pode oferecer o seu trabalho. Mas antes, vale destacar um comentário: os sites que mostraremos não representam a totalidade das alternativas disponíveis.

Com a ascensão da popularidade do trabalho freelancer, é cada vez mais comum que novas plataformas cheguem ao mercado, oferecendo alguma novidade pontual na interação, pagamento ou coisas afins. Por isso, é interessante que você complemente esta lista com mais uma pesquisa de mercado. Agora, conheça os portais!

Freelancer.com

A maior do mundo — a plataforma ocupa a posição de líder global na área, oferecendo serviços para mais de 45 milhões de freelas em mais de 240 países. A Freelancer.com permite que você disponibilize trabalhos dentro de 1.350 categorias, sendo absolutamente ampla quanto ao que você pode fazer.

Além disso, o acesso é democrático, já que tanto para se cadastrar como concorrer às vagas é uma prática gratuita. Além disso, é possível receber em dólar pegando trabalhos internacionais, o que pode ser interessante caso você utilize o real, devido ao câmbio. 

Upwork

Já em um segundo momento, destacamos a Upwork. A plataforma facilita que empresas possam encontrar talentos nas mais variadas áreas e expertises, sobretudo em campos relacionados à tecnologia, marketing, design, banco de dados e data science.

A interface da plataforma é bastante intuitiva, oferece recurso nativo para emissão de notas fiscais e é destaque por ser absolutamente transparente no processo seletivo dos talentos às vagas publicadas. Assim como a Freelancer.com, a Upwork conta com clientes de peso, como Microsoft, General Eletric, AirBnB e afins.

FlexJobs

Em uma abordagem diferente, a FlexJobs oferece um serviço pago, que vasculha a internet para agregar todas as vagas publicadas ao redor do mundo. Além disso, oferece recursos exclusivos, como insights, pesquisas e oportunidades em todas as áreas.

Entre os principais contratantes, a plataforma destaca gigantes como Apple, Dell e Xerox, além de organizações socialmente relevantes, como a American Red Cross.

Outras plataformas de freelancer:

As alternativas acima são apenas a pontinha do iceberg. Vivemos em uma era oportuna para o trabalho freelancer. Por isso, existem várias outras plataformas que merecem a sua atenção e cadastro, tal como Designhill, Fiverr, SkyWork, Toptal, PeoplePerHour, 99Designs, Guru, GetNinjas e muito mais!     

Especialmente no campo da tecnologia, também vale a pena conhecer plataformas como 99 Freelas, Workana, Prolancer e WeDoLogos, este último voltado exclusivamente ao público designer. Inclusive, se você ainda não está com um inglês muito afiado, pode começar pelas nacionais — a GetNinjas e a 99 Freelas.

Quais os prós e contras do trabalho freelancer?

Aquela velha história: todo bônus tem seu ônus. A modalidade freelancer é uma excelente alternativa para quem quer alavancar sua remuneração, sobretudo com o avanço das rotinas de trabalho remoto. No entanto, você precisa conhecer os pontos baixos dessa alternativa e como eles interagem com o seu objetivo profissional.

Mas é justamente por isso que devemos frisar uma questão: todos os prós e contras são relativos! “Como assim? O que você quer dizer com isso?” Basicamente, nós queremos que você entenda que até mesmo as desvantagens do trabalho freelancer podem ser interessantes no seu caso.

No fim das contas, tudo dependerá do seu estilo de vida, rotina e expectativa profissional. Então, vamos para a explicação!

Prós

Remuneração, autonomia, tempo e qualidade de vida. Como perceberá, todas essas vantagens estão, de certa forma, correlacionadas. A remuneração é um ponto positivo por dois fatores: o valor e a agilidade. Enquanto freela, você recebe mais rápido, pois os pagamentos são realizados por trabalho realizado. Isso implica em maior agilidade no seu orçamento.

Já sobre o valor, você pode ganhar substancialmente melhor se operar em uma plataforma internacional, recebendo a remuneração em dólar e convertendo para o seu padrão de consumo no Brasil. Já a autonomia reflete a sua flexibilidade de decisão.

Não quer pegar um trabalho? Não pegue. Logicamente, isso exige um comportamento disciplinado na conduta da pessoa freela, caso contrário, você acabará procrastinando para sempre. Por isso, a técnica Pomodoro é uma aliada frequente dessa modalidade profissional.

Por último e não menos importante, tempo e qualidade de vida. Esses são os fatores mais correlacionados. Se você conseguir gerenciar seu tempo útil de maneira eficiente, acabará levando uma vida mais tranquila, organizada e livre para fazer o que você gosta, seja para trabalhar em projetos pessoais, seja para interagir com colegas ou até mesmo dar uma jogada.

Contras

Você não é chefiado por nenhuma supervisão, não tem horário de trabalho, não precisa se deslocar ou obedecer a um dress code. No entanto, a sua remuneração depende exclusivamente do esforço aplicado.

Por essa razão, os maiores desafios da modalidade freela são exigir grande capacidade de autocontrole, não oferecer nenhuma garantia legal, não ser necessariamente previsível e nem estável. Agora, vamos começar pela questão do autocontrole, um tema disciplinar.

  • a jornada freela exige muito mais controle do que o regime convencional de trabalho, pois toda a eficiência depende da sua autodisciplina;
  • essa modalidade não oferece nenhuma garantia legal, pois não há vínculo trabalhista entre você e quem contrata os seus serviços;
  • a jornada pode ser financeiramente imprevisível, pois como a demanda depende da sua aplicação e da oferta no mercado, a remuneração pode variar drasticamente de um mês para o outro.

No fim das contas, essa é uma modalidade fantástica, mas que tende a funcionar melhor com as pessoas de perfil mais controlado, principalmente em termos de organização financeira. Enquanto freela, é fundamental manter as suas finanças bem supervisionadas, alocando parte dos recursos em uma reserva de emergência para, assim, evitar prejuízos na sua estabilidade e qualidade de vida.

E aí, você gostou deste mega guia sobre o trabalho freelancer? Então, aproveite o momento para se aprofundar no tema, sabendo a remuneração média de quem programa nessa modalidade!

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