No setor tecnológico, a capacidade de implementar suas ideias é uma das melhores qualidades que você pode oferecer ao mercado. Por isso, criamos um conteúdo sobre esse tema, explicando o que você precisa saber sobre a prototipagem!
Afinal, existirão vários momentos em que você precisará apresentar os frutos da sua criatividade. E aí, como fazer isso? É justamente para isso que serve a prototipagem, que é um processo no qual você cria uma versão inicial daquilo que tem em mente.
Nesta leitura você vai ver:
- O que é prototipagem?
- Qual a importância da prototipagem?
- Quais as variações de fidelidade?
- Quais as variações de contextualidade?
- Quais os tipos de prototipagem?
- Quais as melhores dicas e ferramentas para criar seu protótipo?
Continue com a gente e saiba mais!
O que é prototipagem?
A prototipagem é um termo técnico que explica a prática de prototipar, ou seja, criar um protótipo de algo que deseja produzir. Quer um exemplo? Imagine que você está criando um novo aplicativo. A ideia é fantástica e o conceito é inovador.
Porém, entre outras coisas, você gostaria de elaborar uma versão inicial, um esqueleto por assim dizer, para usá-lo como material de apresentação no pitch da sua ideia para alguém interessado em investir. Bem, é exatamente aqui que entra a prototipagem.
O objetivo dessa etapa é criar um modelo do produto final, que não precisa apresentar a qualidade técnica e o polimento do app finalizado. Na realidade, basta que essa versão transmita a ideia de usabilidade, estilo e propósito da sua solução.
Vale lembrar que a prototipagem não é um conceito exclusivo da engenharia de software. Na realidade, essa técnica é utilizada em diversos setores da produção criativa, estando presente em segmentos como indústria automotiva, arquitetura, construção civil e muito mais.
A criação de protótipos é importante nesses cenários porque ela permite aos criadores testar e validar suas ideias em um contexto real, seja expondo o “app esqueleto” aos feedbacks dos usuários, seja testando a usabilidade de botões ou realizando pesquisas de mercado sobre um estilo de carro, produto ou afins.
Por fim, vale frisar que a prototipagem não deve ser confundida como uma etapa inicial de desenvolvimento, como as versões Alfa ou Beta de um software. O objetivo do protótipo é apenas simular um modelo real da sua ideia, sendo uma ponte entre o que você tem em mente e a representação que você consegue criar disso no seu protótipo.
Qual a importância da prototipagem?
Neste ponto, pode ser que você esteja se perguntando por que deveria criar um protótipo, na medida em que, com isso, talvez gaste mais tempo, certo?
Pois saiba que, na realidade, o que você precisa considerar é que nem todas as nossas ideias são perfeitamente concebidas. E esse é um exemplo que vale para tudo: seja ao imaginar um aplicativo para o seu projeto pessoal, seja na construção de uma funcionalidade para a plataforma de uma startup.
No fim das contas, é importante considerar o tempo e o esforço aplicados no desenvolvimento geral de uma solução. É por isso que a prototipagem é uma forma tão interessante de dar vida às ideias, sem gastar o tempo necessário para fazê-las perfeitamente funcionais.
Com um protótipo, que pode ter diferentes níveis de fidelidade, você já consegue uma boa noção da qualidade e do engajamento gerado pela sua ideia. Nesse sentido, ela pode ser um estilo de interface do usuário, um novo posicionamento de botões, formas de interações ou, até mesmo, o conceito de um jogo, pois, como dissemos, os protótipos valem para quase tudo.
Se o seu protótipo se mostra promissor e você e sua equipe curtirem o potencial da ideia, perfeito, sigam em frente! Por sua vez, se o protótipo indicou que a solução é meio furada e não se comporta da forma que se imaginava, tudo bem também, pois você não gastou tempo no desenvolvimento completo da solução e, portanto, economizou tempo útil.
A seguir, vamos nos aprofundar nessa ideia, demonstrando as principais vantagens desse conceito!
Testes controlados
Mais do que tudo, a prototipagem oferece o cenário perfeito para que você teste tanto a usabilidade como a funcionalidade da sua solução. A usabilidade é um princípio da experiência do usuário, por exemplo, você criou a aplicação, mas o quão prazerosa, fluida e intuitiva é a experiência com a sua interface?
Esse teste examina justamente esses pontos, criando feedbacks valiosos para eliminar redundâncias, excessos e erros. Já a funcionalidade é uma questão de propósito, ou seja, identificar se a solução de fato cumpre com seu objetivo, resolvendo um problema, ou apenas cria uma etapa desnecessária e adicional para algo que já existe.
Feedbacks valiosos
Toda ideia, principalmente as boas, deve se sujeitar ao peso das críticas. Nesse sentido, a pessoa que cria o protótipo deve aproveitar essa oportunidade para absorver os comentários de quem testou a ferramenta, sabendo diferenciar ruídos de sugestões construtivas.
Se adota essa abordagem, a prototipagem oferece uma chance única para que você aprimore a solução, incorporando os direcionamentos para tornar a sua ideia ainda melhor. Novamente, essas sugestões podem existir para tudo o que os protótipos podem abordar, seja um estilo de interface, uma funcionalidade ou um software completo.
Economia de recursos
Por fim, a prototipagem ajuda você e sua equipe a economizar recursos, que podem existir no formato de tempo, dinheiro ou pessoas. Da maneira como percebemos, a criação de protótipos é uma forma muito inteligente de otimizar sua produtividade, aplicando dedicação em doses e momentos necessários para a alavancagem da sua ideia.
Depois que a solução passar pela bateria de testes, a prova de fogo da opinião dos primeiros usuários, aí sim você considera os próximos passos. No longo prazo, essa progressão de desenvolvimento acabará poupando tempo e tornando sua atuação muito mais inteligente e ágil.
Quais as variações de fidelidade?
Agora chega o momento de conhecer os três níveis de fidelidade. Grosso modo, a fidelidade de um protótipo costuma estar diretamente relacionada com o seu objetivo. Existem situações que permitem modelos mais brutos, como na discussão inicial de uma ideia com o seu grupo de colegas.
Em outros casos, o protótipo deve ser sofisticado e, mesmo que não carregue as funcionalidades do produto final, o modelo deve, ao menos, apresentar uma estética e um comportamento semelhante à solução finalizada. Isso pode ser alcançado, por exemplo, ao apresentar sua proposta em um ambiente mais decisivo, como uma apresentação ou vídeo demo para uma campanha de financiamento coletivo.
É isso que se chama de fidelidade, ou seja, o nível de semelhança conceitual, estética e funcional entre a ideia e o produto final. Na sequência, dê uma olhada nos três níveis desse aspecto!
Baixa
Literalmente é um rascunho da ideia. Esse é o tipo de protótipo mais fácil e prático de ser desenhado, bastando uma caneta e um bloco de notas. No exemplo dos apps, o protótipo de baixa fidelidade serve para rabiscar o conceito da solução, tentando reproduzir as principais características da ideia no papel.
Média
Essa é a solução intermediária na prototipagem. Nesse cenário, o mockup não é idêntico ao produto final, mas também não é tão rudimentar como o primeiro rabisco. O modelo já pode ser produzido em um software, replicando algumas funcionalidades fundamentais da ideia.
Alta
Por fim, temos o formato mais custoso na prototipagem em termos de tempo e demais recursos. O objetivo de um modelo de alta fidelidade é replicar o comportamento da solução final com fluidez, apresentando os elementos de design do produto final, bem como as funcionalidades esperadas na versão que será lançada no mercado.
Em certos casos, o modelo produzido nesse formato até pode incluir algum nível de programação em seus bastidores, justamente para dar vida funcional aos recursos a serem apresentados. No entanto, o objetivo do protótipo é apenas passar uma experiência superficial de uso do produto finalizado.
Quais as variações de contextualidade?
Assim como existem as rotinas de testes na programação, a prototipagem também conta com alguns detalhes nessa área. Na realidade, essas variáveis estão relacionadas ao perfil dos usuários do seu protótipo, ou seja, as pessoas que serão as testers.
A configuração desses grupos é chamada de contextualidade, pois descreve os cenários de teste que segmentam os feedbacks potenciais. Abaixo, conheça suas quatro variações!
Restrita
A prototipagem restrita é realizada em ambiente controlado, o que significa que a exposição ao protótipo é absolutamente limitada. Esse é o contexto utilizado por muitas desenvolvedoras de software e hardware em uma fase absolutamente confidencial de seus projetos.
Nesse sentido, apenas as pessoas envolvidas na criação tendem a participar da testagem do protótipo. Com isso, a emissão de opinião em torno da criação é controlada, coibindo vazamentos e oferecendo a oportunidade necessária para que a equipe identifique as vulnerabilidades e siga em frente.
Total
Já aqui, temos a abordagem contrária. Nesse cenário, as pessoas que desenvolvem a solução convocam pessoas consideradas como o usuário final para experienciar esse protótipo em seu ambiente final. Na indústria automotiva, isso equivale a convidar integrantes do público-alvo de um veículo para pilotar, em regime de confidencialidade e com a devida camuflagem, um novo lançamento da marca.
No campo da tecnologia, a contextualidade total é um pouco mais flexível, pois, diferentemente de um carro, você não precisa estar no lugar certo, basta contar com o dispositivo necessário. O mesmo conceito também é aplicável quando empresas desenvolvedoras convocam participantes para testar novas soluções para o mercado.
Geral
A prototipagem geral pega uma abordagem ainda mais aberta, convocando usuários de todas as faixas, que não são necessariamente o público-alvo da solução, e em qualquer ambiente, não necessariamente o controlado pela empresa que desenvolve. Como exemplo podemos citar montadoras que convidam integrantes da imprensa para rodar com um lançamento no parque industrial da marca.
Parcial
No formato parcial, a testagem do protótipo é realizada com o usuário final ou no ambiente final. O objetivo dessa variação é identificar alguma flutuação de opinião entre esses dois cenários para identificar a percepção em torno do produto em situações privilegiadas.
Quais os tipos de prototipagem?
Por último, mas nem por isso menos importante, temos os três principais tipos de prototipagem: papel, volume e encenação. A seguir, explicamos cada um deles!
Papel
O bom e velho rascunho de papel e caneta. Embora seja um modelo mais simples, geralmente de baixa fidelidade, os protótipos de papel são excelentes na estruturação de uma ideia, justamente por serem tão práticos de elaborar. Esse é um modelo usado com frequência em software houses, durante a discussão de novas funcionalidades, interfaces e designs.
Volume
O protótipo de volume é criado para ser apresentado e compartilhado. Portanto, já são modelos digitais, normalmente com alta fidelidade estética, pois servem para replicar a identidade visual da solução final, mesmo que não ofereça nenhuma funcionalidade real do produto finalizado.
Encenação
Esse é um formato de prototipagem que aprimora as qualidades do modelo de volume, criando uma sequência de cenas que induzem o usuário à experiência de utilização do produto final. Um exemplo histórico dessa prototipagem é a keynote que lançou o primeiro iPhone ao mundo, apresentada por Steve Jobs em 2007.
Como referenciado mais tarde, todas as ações realizadas na apresentação com o inédito aparelho eram resultado de um protótipo cirurgicamente criado. Todos os passos, toques, botões e animações derivaram de uma sequência delicadamente planejada – e que deu muito certo!
Quais as melhores dicas e ferramentas para criar seu protótipo?
Enfim chega o momento de dar vida às ideias, trazendo o seu protótipo para o plano material, seja como um rabisco no caderno ou uma manifestação sofisticada da sua criatividade artística.
Para tanto, reunimos algumas dicas práticas para ajudar você nessa jornada. Veja!
Conheça e escolha a ferramenta adequada
A prototipagem é um conceito antigo na instrumentalização das nossas ideias. Por isso que, felizmente, existem dezenas de plataformas e ferramentas úteis para transferir o que está na sua mente para um dispositivo eletrônico.
De maneira geral, um dos softwares mais consagrados para a criação de interfaces de usuário é o Adobe XD, que é uma ferramenta lendária para quem busca canalizar suas ideias para as telas. Como todo software Adobe, ele exige uma boa dose de familiaridade para que você aproveite todos os recursos.
Ainda para o desenvolvimento de software, destacamos algumas soluções como Axure, Framer, InVision, Justinmind, Marvel, Origami Studio e Sketch.
Prototipe antes de mergulhar no código
Simplesmente porque é uma forma mais funcional e prática de testar a sua ideia. Afinal de contas, não é sempre que você poderá garantir a usabilidade do que tem em mente. Além disso, caso decida programar antes de prototipar, poderá gastar um tempo considerável se a implementação frustrar as suas expectativas.
Ainda assim, programar nunca é demais, sobretudo para quem quer continuar se desenvolvendo nessa área, pois, quanto maior a prática, maior a familiaridade.
E aí, gostou deste conteúdo exclusivo sobre a prototipagem? Então, aproveite o momento para seguir navegando por temas relacionados e entenda a importância de definir seus objetivos profissionais!