O 5G promete ser um dos grandes avanços tecnológicos dos últimos anos. Isso não apenas pela ultra velocidade de conexão que a rede deverá suportar, mas também pela revolução que ela pode trazer para uma das áreas mais promissoras da tecnologia: a Internet das Coisas — IoT.
Apesar de já ser uma realidade em países como Alemanha, Japão, Coreia do Sul, China e Estados Unidos — que já possuem áreas com cobertura 5G —, a implantação da tecnologia ainda não começou oficialmente no Brasil.
Por isso, não é de se espantar que ainda existam muitas dúvidas permeando o assunto. Mas não se preocupe, elaboramos este post para ajudar nessa questão! Nele, você vai conferir a resposta das seguintes perguntas:
- O que é 5G?
- Qual o significado de Mbps, Gbps, MHz e GHz?
- Como funciona a rede 5G?
- Qual a diferença entre o 4G e o 5G?
- Qual a velocidade da internet 5G?
- Para que serve o 5G? Quais as vantagens?
- Quando o 5G estará disponível no Brasil?
- Quanto custará o 5G?
- Vou precisar de um celular novo para usar o 5G?
- A internet fixa será substituída pela tecnologia 5G?
Fique com a gente e tenha uma boa leitura!
O que é 5G?
O 5G é a nova geração da tecnologia de rede de internet móvel. Trata-se de uma evolução da atual rede 4G, que promete elevar consideravelmente os padrões de velocidade da conexão e a capacidade de suportar um grande número de conexões simultâneas.
Estima-se que a tecnologia poderá suportar até cerca de 1 milhão de dispositivos conectados por quilômetro quadrado. Por isso, a grande proposta da rede 5G é conectar tudo, incluindo geladeiras, carros, drones, celulares, câmeras de segurança, lâmpadas, máquinas de lavar, relógios e demais aparelhos.
É verdade que dispositivos variados já podiam ser ligados ao 4G, mas a ideia das redes 5G é fazer isso garantindo conexões mais estáveis, mais velocidade para downloads e uploads, latência reduzida e ampla cobertura.
Qual o significado de Mbps, Gbps, MHz e GHz?
Basicamente, as siglas Mbps, Gbps, MHz e GHz são usadas para representar a velocidade de uma conexão e a velocidade da frequência de ondas. Para que fique mais claro, primeiro precisamos entender o que significam as abreviações bps e Hz:
- bps: significa bits por segundo e é a menor unidade de transmissão de dados por segundo;
- Hz: é uma unidade de medida de frequência de ondas (como as de rádio, por exemplo) chamada Hertz. Ela equivale a um ciclo por segundo.
Assim, podemos entender que:
- Mbps: significa megabits por segundo. Ou seja, 1 megabit equivale a 1 milhão de bits por segundo;
- Gbps: é a sigla para gigabits por segundo. Ela é usada para representar 1 bilhão de bits por segundo.
- MHz: significa megahertz, que equivale a 1 milhão de ciclos por segundo;
- GHz: é a sigla que representa gigahertz e equivale a 1 bilhão de ciclos por segundo.
Como funciona a rede 5G?
A rede 5G funciona por meio das ondas de rádio, da mesma forma que as gerações de internet móvel anteriores. A diferença nesse caso é que ela utiliza faixas de frequência mais altas, que transmitem os dados com muito mais rapidez. Em contrapartida, o alcance dessas ondas é mais curto e por isso elas são chamadas de ondas milimétricas (MMWAVE).
O resultado disso é que essas frequências têm mais dificuldade para transmitir dados por longas distâncias ou em locais com muitos obstáculos físicos. Assim, é necessário que as antenas 5G sejam instaladas próximas umas das outras para que a rede ofereça máxima cobertura e baixa latência.
No mais, outra característica importante do 5G é o fatiamento de rede, que permite que fatias da rede sejam alocadas para aplicações com demandas específicas. Citando um exemplo prático, isso significa que uma rede destinada para transmissão de dados críticos, como os serviços de emergência ou serviços de automação de veículos, não poderá ser usada para outras demandas, como transmissão de dados para fins de entretenimento.
O que são as faixas do 5G?
As faixas do 5G são as frequências que serão usadas para operar a rede no Brasil. Basicamente, são nelas que os dados da internet circulam, sendo transmitidos de um local para o outro.
Na verdade, são essas faixas que serão leiloadas pelo governo brasileiro para que as operadoras possam implantar a quinta geração da rede móvel no país. De acordo com a Anatel, o leilão do 5G oferecerá as seguintes faixas de frequência:
- 700 MHz;
- 2,3 GHz;
- 3,5 GHz;
- 26 GHz.
Qual a diferença entre o 4G e o 5G?
Uma das grandes diferenças entre o 5G e a geração anterior da internet móvel é a frequência das ondas que a nova rede utiliza. Enquanto o 5G traz a possibilidade da exploração das ondas milimétricas para garantir velocidades mais rápidas, o 4G depende de torres de celular de alta potência, que enviam os sinais por longas distâncias.
O problema é que a frequência desses sinais é baixa (abaixo de 6 GHz), o que compromete a velocidade da internet. Para se ter uma ideia, a performance de uma rede 4G com excelente conexão chega a uma média de velocidade de até 100 Mbps e a latência pode ficar entre 50 a 70 milissegundos.
À primeira vista, podemos dizer que é um bom resultado. Entretanto, considerando que o mundo está cada vez mais conectado e que os serviços que dependem de redes móveis não param de aumentar, percebemos que há um problema que o 4G não será capaz de lidar: a sobrecarga.
É aí que vemos a outra grande diferença do 5G: sua capacidade de suportar uma enorme quantidade de dispositivos conectados ao mesmo tempo sem perder velocidade, mantendo a latência baixa e oferecendo um sinal estável.
Qual a velocidade da internet 5G?
Estima-se que a média de velocidade de uma rede 5G pode chegar a um ápice de 10 Gbps. Obviamente, nem sempre essa velocidade será atingida, mas o aumento geral em comparação com a geração anterior é extremamente significativo.
Na prática, se pararmos para avaliar quanto tempo a nova rede gastaria para fazer o download de um filme blu-ray de 25 GB, o resultado seria surpreendente. No 4G, com uma velocidade média de 100 Mbps, seriam necessários cerca de 36 minutos.
Por outro lado, o 5G, com 10 Gbps, levaria 21 segundos para finalizar o download. Fora isso, o tempo de resposta entre dispositivos também cairia drasticamente, chegando a ficar entre 1 a 5 milissegundos.
Para que serve o 5G? Quais as vantagens?
Já falamos bastante sobre o quanto a rede 5G será mais veloz do que as gerações de internet móvel anteriores, mas essa não é a única vantagem que ela pode trazer. Na verdade, o processo de implantação da tecnologia deve seguir alguns critérios que foram definidos pelo GSMA (Associação Global da Indústria Móvel). Entre eles, podemos citar alguns pontos importantes:
- latência de até 5 milissegundos;
- aumento drásticos na duração de baterias dos dispositivos receptores;
- consumo de até 90% de energia a menos que as redes 4G;
- capacidade para suportar aparelhos conectados por área deve ficar entre 50 a 100 vezes maior.
Na prática, esses critérios vão garantir diversas vantagens para quem utiliza as redes 5G. A redução de consumo de energia, por exemplo, tornará essa nova conexão uma opção mais ecológica e barata.
Já o menor tempo de latência possibilitará um melhor uso dos veículos autônomos. Atualmente, as redes 4G podem ser empregadas nessa finalidade, porém elas não são velozes o suficiente para evitar acidentes em situações críticas. Com o 5G, os sistemas de segurança serão mais eficazes.
Além disso, a grande capacidade da rede para suportar diversos aparelhos conectados será um grande avanço para a Internet das Coisas. No futuro, residências, hospitais, ruas e indústrias poderão conectar seus dispositivos à rede móvel, tornando a conexão entre o mundo digital e o físico cada vez mais forte.
Com o tempo menor de resposta, a experiência com jogos mobile também será aprimorada, principalmente os de realidade aumentada e realidade virtual. Já na área da medicina, por exemplo, poderão ser realizadas cirurgias remotas com o auxílio de robôs e a inteligência artificial poderá ser usada para fazer diagnósticos ou elaborar tratamentos.
Quando o 5G estará disponível no Brasil?
A verdade é que a tecnologia 5G ainda deve demorar para ser disponibilizada no Brasil inteiro. Um dos motivos disso é que o leilão das frequências — que é o primeiro passo a ser dado para a implantação da tecnologia —, ainda não foi feito, embora esteja previsto para ocorrer em 2021.
Outro desafio que dificulta a vinda da rede para o Brasil é a infraestrutura. Isso porque as empresas precisam instalar as estruturas adequadas para o 5G. No entanto, os procedimentos burocráticos de muitas cidades atrapalham a obtenção de licenças para a instalação das antenas, gerando um grande empecilho para o processo.
Assim, mesmo após todos esses obstáculos serem superados, a expectativa é que os serviços da rede 5G cheguem em etapas para a população. Segundo o edital do leilão de frequências aprovado pela Anatel, a expectativa é que até julho de 2022 o 5G já esteja funcionando no Distrito Federal e nas capitais do Brasil.
Além disso, é previsto que o processo de instalação da infraestrutura seguirá de forma gradual até julho de 2029, quando todas as cidades com mais 30 mil habitantes já deverão ter uma antena 5G para cada 15 mil habitantes. Afinal, isso é o que garantirá a ampla cobertura da rede.
Quanto custará o 5G?
Ainda não se sabe ao certo quanto a população terá que desembolsar para utilizar pacotes de dados da rede 5G. No entanto, é grande a possibilidade de que haja reajustes de preços em relação aos planos do 4G. Afinal, o investimento feito pelas operadoras para instalar toda a infraestrutura necessária para a nova tecnologia não será barato.
Apesar disso, não se sabe se esses custos extras serão repassados aos clientes. A verdade é que ainda é cedo para falar de preços, já que vão levar meses até que o 5G finalmente comece a ser disponibilizado em algumas áreas do Brasil.
Vou precisar de um celular novo para usar o 5G?
É provável que sim, pois para utilizar o 5G será preciso ter um celular compatível com a nova tecnologia. Atualmente, já existem alguns modelos no Brasil que oferecem compatibilidade com o 5G — como Motorola Edge, Galaxy S21 e iPhone 12 —, mas os preços tendem a ser mais caros.
Com o tempo, a tendência é que ocorra o mesmo processo que aconteceu anos atrás com a chegada do 4G, quando nem todos os celulares suportavam a rede. Assim, é possível que em breve as fabricantes comecem a trazer cada vez mais smartphones compatíveis com o 5G para o Brasil. Consequentemente, os preços também devem diminuir, já que modelos mais baratos poderão ser disponibilizados no mercado.
A internet fixa será substituída pela tecnologia 5G?
Apesar de ser um avanço importante, é pouco provável que o 5G substitua totalmente a internet fixa. Na verdade, no futuro a tendência é que ambas as tecnologias atuem de forma complementar.
É difícil imaginar um cenário em que haja uma migração total para o 5G, pois há casos em que isso não seria vantajoso nem para as operadoras nem para as pessoas usuárias. Esse é o caso, por exemplo, dos grandes centros urbanos, que já contam com uma infraestrutura enorme e consolidada para a internet fixa.
Por outro lado, em regiões suburbanas ou áreas rurais, o 5G pode ser mais vantajoso. Isso porque, nessas localidades, o tempo, esforço e custo para instalar os cabos da rede fixa não são tão atrativos para as operadoras. Nesses cenários, a tecnologia 5G surge como uma possível e interessante substituta.
Como foi possível perceber, o 5G trará diversos benefícios para a população mundial e tem grande potencial para revolucionar o mundo que conhecemos. Trata-se de uma inovação que, sem dúvidas, mudará a forma como lidamos com a transmissão de dados e como nos relacionamos com o ambiente ao nosso redor. Portanto, vale a pena manter a atenção voltada para os próximos passos que levarão à implantação dessa tecnologia no nosso país!
E aí, conseguimos esclarecer suas dúvidas sobre a rede 5G? Então, se este post foi útil para você, aproveite a visita ao nosso blog e saiba o que é e como funciona uma VPN!