Comprar o melhor notebook para programar é muito mais do que escolher o modelo mais caro ou mais rápido. Para encontrar a máquina perfeita, é preciso saber quais pontos levar em consideração e elencar quais são os aspectos mais importantes para você.

Afinal, é fundamental para profissionais de desenvolvimento ter um equipamento que se adeque às suas necessidades, certo? Neste artigo, confira algumas dicas para escolher o equipamento ideal para você. Os tópicos abaixo serão abordados neste guia: 

  • verifique a mobilidade e a praticidade;
  • escolha uma boa tela;
  • teclado: opte por um prático e confortável;
  • bateria: escolha uma duradoura, dentro da sua necessidade;
  • cheque as informações de processamento;
  • memória RAM: opte por 4,8 ou 16GB;
  • veja o tipo e a quantidade de armazenamento interno;
  • escolha o sistema operacional perfeito para seu uso;
  • placa de vídeo: veja se prefere dedicada ou integrada;
  • confira 3 sugestões de notebook para programar.

Boa leitura! 

Verifique a mobilidade e praticidade

O transporte do notebook pode ser um fator essencial no dia a dia, já que você pode querer levá-lo em sua mochila para casa ou para o trabalho. Para isso, é preciso analisar diversos fatores relacionados à mobilidade.

Um deles é o peso do notebook, que está diretamente relacionado ao tamanho da tela. Tamanhos populares incluem telas de 11 e 12 polegadas, que pesam de 1 a 1.5 kg. Já notebooks com 13 e 14 polegadas permitem uma boa portabilidade, particularmente, se tiverem 1.8 kg.

Por sua vez, o tamanho de tela mais popular entre notebooks é entre 15 e 16 polegadas, com um peso entre 2 e 2.5 kg. Por conta disso, é uma boa escolha quando há a necessidade de uma tela grande, mas sem a necessidade de transporte com muita frequência.

Há também notebooks com telas de até 19 polegadas, mas, são incomuns, e mais utilizados como substitutos de desktops. Além de que, não são muito recomendados para transportes.

Escolha uma boa tela

Telas de notebooks são importantes para programação, pois profissionais dessa área mantém os olhos nelas por horas. No entanto, a escolha da maior tela nem sempre é a melhor opção, uma vez que, dependendo do tamanho, pode diminuir o tempo disponível de bateria.

A resolução também é um fator importante, principalmente para quem trabalha com desenvolvimento, utilizando softwares que necessitam de visualização de imagens e vídeos. Pode ser interessante para quem deseja uma melhor visualização dos elementos da tela a escolha de uma resolução Full HD, em vez de mais populares, como 1366×768.

Teclado: opte por um prático e confortável

O conceito de um bom teclado é muito subjetivo, porém, alguns pontos podem ser considerados em geral. O tamanho do notebook está diretamente relacionado ao tamanho do teclado, e isso pode ser essencial para profissionais de programação, caso prefiram mais espaço para digitar.

Um notebook mais amplo pode ter teclas maiores e mais afastadas entre si, o que cria uma diferenciação entre elas e auxilia no uso da máquina por largos períodos de tempo. Telas de 13 a 16 polegadas são boas sugestões que podem trazer um maior conforto em relação aos fatores citados.

Um ponto importante pode ser a inclusão de um teclado numérico para tarefas específicas. Pode-se verificar, também, o layout do teclado, como o uso de teclados ABNT2, para auxiliar no tempo utilizado durante a digitação. Por fim, é importante observar o ruído gerado ao se pressionar as teclas, pois o som pode incomodar algumas pessoas.

Bateria: escolha uma duradoura, dentro da sua necessidade

A escolha da bateria tem uma grande relação com o perfil da pessoa desenvolvedora. Há casos em que o notebook se mantém na tomada o tempo todo, enquanto em outros, é necessário deixá-lo apenas dependente da bateria.

Fora que, softwares pesados ou de telas de alta resolução podem afetar a velocidade do consumo da bateria. Para tanto, é importante escolher a autonomia mais relacionada às necessidades de uso, verificando número de células, capacidade e estimativa de autonomia da bateria em questão.

Outro fator importante a se verificar é o tempo de vida útil, porque no futuro pode ser necessária a aquisição de uma nova bateria. Além disso, pode ser interessante a compra de uma extra para casos em que o notebook precise ficar muito tempo fora da tomada.

Cheque as informações de processamento

Há diversas opções de processadores para se utilizar em um notebook. Como exemplos, a Intel fornece as linhas Core I3, i5, i7, i9 e Xeon, enquanto a AMD oferece as Ryzen 3, 5, 7 e 9. Alguns dos requisitos mais relevantes ao se escolher um processador são frequência, quantidade de núcleos e memória cache.

Apesar de muitas especificações técnicas diferentes, uma configuração que pode ser útil em um notebook para programar é o uso das linhas Core i5 e i7 com processadores da oitava ou nona geração. Por exemplo, o Intel Core i7 8565U é da oitava geração da linha i7, tem quatro núcleos e até 4.6 GHz, tendo performance similar ao AMD Ryzen 7 2700U.

Memória RAM: opte por 4, 8 ou 16GB

O uso de memória RAM de 4GB nem sempre é suficiente. É interessante ter uma memória RAM de no mínimo 8 GB para conseguir dar conta dos aplicativos utilizados durante o desenvolvimento.

As IDEs Android Studio e Visual Studio, por exemplo, têm como requisitos recomendados essa quantidade de memória RAM. Todavia, para determinados tipos de tarefas, como desenvolvimento de jogos, pode ser recomendado o uso de pelo menos 16 GB.

O modelo da memória RAM também é importante, sendo que ele pode ser desde DDR a DDR4. Prefira memórias DDR4 porque proporcionam aumento de até 50% no desempenho e na largura de banda em relação ao DDR3, além de consumir menos energia e estar disponíveis em frequências mais altas.

Veja o tipo e a quantidade de armazenamento interno

O armazenamento interno dos notebooks pode se dar tanto com HD quanto SSD, ou ambos. Pode-se considerar alguns fatores, como velocidade de leitura e escrita, capacidade de armazenamento, resistência e preço.

A capacidade de armazenamento é geralmente muito maior em um HD quando o comparamos a um SSD. Para HDs, a capacidade vai desde cerca de 128 GB a 2 TB. Por isso, são ideais quando há necessidade de uma grande quantidade de armazenamento interno para fotos e vídeos, por exemplo.

Entretanto, apesar de ter capacidades mais elevadas que os SSDs, não é interessante utilizá-los para armazenar softwares que requerem alta velocidade de acesso de dados, por conta da taxa de leitura e escrita dos arquivos. Os SSDs são muito mais rápidos na escrita e leitura de dados que um HD.

Por exemplo, um HD com 7200 RPM fornece uma velocidade de leitura/escrita de 80-160 MB/s, o que é bem menor, em comparação a alguns dos SSDs disponíveis no mercado. Os valores médios são entre 200 MB/s a 550 MB/s. Os SSDs mais rápidos têm velocidade de leitura de até 3.5 GB/s.

Outro ponto é que o acesso a dados é muito mais veloz em um SSD, ficando na casa de 0,1 ms, em comparação aos 10 ou 15 ms do HD no acesso a um arquivo aleatório.

O preço dos HDs e SSDs está diretamente relacionado a sua capacidade de armazenamento. Dessa forma, é importante avaliar quanto é realmente necessário, porque os preços dos HDs são mais baixos quando comparados com SSDs. Apesar disso, os SSDs são menores e mais resistentes que os HDs, por não terem partes móveis.

Escolha o sistema operacional perfeito para seu uso

Em relação a sistema operacional, pode-se comparar Linux, Windows e MacOS. O Linux é preferível quando o objetivo é ter mais liberdade para interagir com o sistema.

A configuração de um ambiente de desenvolvimento nele pode parecer mais simples, porque o sistema já reconhece nativamente algumas linguagens. Também, fornece uma maior facilidade para instalação de ferramentas por meio de repositórios.

O Windows se destaca por sua interface gráfica mais agradável (embora existam distribuições Linux, como o  Linux Mint, que visam a diminuir essa barreira). Além disso, há certas necessidades que são mais fáceis de ser supridas utilizando Windows, como o uso de C# com Visual Studio.

O principal problema do MacOS é que se fica limitado a produtos como o MacBook, que nem sempre são acessíveis financeiramente.

Placa de vídeo: veja se prefere dedicada ou integrada

A escolha entre uma placa de vídeo integrada (on board) ou dedicada (off board) depende das tarefas que serão realizadas. Um notebook com placa de vídeo integrada não tem capacidade de processamento próprio, realizado pelo próprio processador.

Ademais, uma placa de vídeo integrada utiliza a memória RAM do sistema. Um exemplo desse tipo de placas é a Intel HD Graphics, que fica embutida no mesmo chip de processadores Intel da linha Core.

Por sua vez, uma placa de vídeo dedicada tem sua própria unidade de processamento, conhecida por GPU (Graphics Processing Unit), além de conter memória RAM própria. Assim, mantém a RAM do notebook livre para processos em geral e evita o processamento gráfico que seria realizado pelo processador, no caso de placas de vídeo integradas.

Por ser incorporadas ao processador, as placas de vídeo integradas não são tão potentes quanto as dedicadas. Logo, não são recomendadas em casos em que é necessário trabalhar com softwares gráficos mais pesados.

Porém, por ser integradas, ocupam menos espaço no notebook, deixando-os mais finos e leves. Além disso, por ser menos potentes, o preço delas é mais baixo em comparação com placas dedicadas.

Confira 3 sugestões de notebook para programar

Vamos mostrar sugestões de notebooks em três níveis: o primeiro prioriza o custo-benefício. O segundo tem uma especificação técnica intermediária e o terceiro é recomendado para necessidades mais avançadas.

Custo-benefício

Modelo: Samsung X20 Core i5 8250U | RAM 4 GB | Tela 15″ Full HD |

Preço: R$2.600,00

Esse notebook utiliza o processador Intel Core i5 8250U da oitava geração, que tem um perfil intermediário, com velocidades entre 1.6 e 3.4 GHz e quatro núcleos. Esse processador é um dos grandes destaques do notebook.

Issoporque é até 30% melhor que um Intel Core i7 da sétima geração e permite a execução de processamentos relativamente pesados. Outros pontos relevantes são a memória interna de 1 TB, e a tela Full HD com 15.6 polegadas.

A grande desvantagem desse notebook é a quantidade de memória RAM, que é de 4GB. Essa limitação impede a execução de aplicativos mais pesados.

Além disso, ele não tem placa de vídeo dedicada. Porém, para estudantes que estão iniciando na área de programação ou desejam um notebook mais voltado para estudos, esse pode ser o ideal pelo custo-benefício. 

Intermediário

Modelo: Lenovo Ultrafino Ideapad S145 Core i7 | RAM 8GB | MX110 | Full HD

Preço: R$4.049,00

Esse notebook é um modelo mais avançado da marca Lenovo. Diferentemente do citado anteriormente, tem memória RAM de 8GB do modelo DDR4, o que o torna mais adequado para softwares pesados.

Também usa uma placa de vídeo dedicada NVIDIA GeForce MX110, além do processador Intel Core i7 8565U, que contém 4 núcleos e atinge até 4.6 GHz. Outro ponto positivo é sua tela Full HD de 15.6 polegadas, além de pesar 1.85 kg, o que o torna uma boa opção para mobilidade.

Seu teclado também é confortável e tem uma maior praticidade pela presença de um teclado numérico. Com esse notebook para programar, é possível ter um bom desempenho utilizando ambientes mais pesados, como o Visual Studio e o Android Studio.

Sendo assim, é uma boa alternativa para quem trabalha na área de desenvolvimento em geral, como em desenvolvimento web (utilizando HTML, CSS e JavaScript ou frameworks como React e Angular) e mobile, com diferentes linguagens.

Avançado

Modelo: Acer Aspire Nitro 5

Preço: R$5.000,00

O Acer Aspire Nitro 5 vem com o processador da nona geração Intel Core i7-9750H, com 6 núcleos e frequência de 2.6 GHz à 4.5 GHz, e é excelente para tarefas de alto processamento. Também tem a GPU NVIDIA GeForce GTX 1650.

Sua memória interna HDD é de 1 TB, porém, o que o torna realmente vantajoso é sua memória SSD de 128 GB. Ela permite uma boa velocidade por carregar arquivos e software mais rapidamente e aumentar o desempenho do sistema.

As especificações desse notebook o tornam ideal para profissionais de programação de jogos. Isso porque a GPU ajuda no teste dos jogos e a memória SSD na manipulação dos softwares e arquivos utilizados.

Em geral, profissionais de desenvolvimento de jogos devem ter notebooks que trabalham melhor com vídeos e imagens,além de simplesmente lidar com softwares para programação. Como SSDs e GPUs são caras para aquisição, é natural que profissionais de programação necessitem desembolsar um valor maior na compra do equipamento.

O artigo mostrou importantes dicas para escolha do notebook ideal para cada tipo de desenvolvimento. Com o que foi informado, já é possível ter uma boa noção sobre o que deve ser estudado para uma compra.

Após aprender como escolher o notebook para programar, quer entender mais sobre o mercado da área? Então, veja nosso artigo sobre mercado de TI

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